Ele demonstrou mágoa pela forma como se deu sua saída, com o que ele classificou como um “pontapé na bunda”. “Construímos aquela coisa e demos para eles (a família Marinho) de presente. Eu merecia um ‘carinhozinho’, um afago. Não precisava ser um jantar de 400 pessoas, mas precisava que passasse a mão na minha cabeça ou que desse um tapinha nas minhas costas e me dissesse um ‘obrigado’, mas eu não recebi tapinha nas costas, recebi um pontapé na bunda”.
O pai de Boninho também disse que não preparou um sucesso porque não encontrou alguém capaz de substituí-lo. “Sem modéstia nenhuma, por motivos acidentais, não tinha outro Boni. Todo o planejamento de toda a estrutura da eletrônica sempre passou pela minha mão. Eu tinha uma cultura geral dos ingredientes necessários para se fazer televisão que outras pessoas não tinham. Eu conversava com engenheiros, conversava com jornalistas, conversava com cenógrafos, autores, de igual para igual. Não tinha como eu montar um cara para substituir isso aí”.
Boni saiu da Globo em 1997, mas mantém laços com a emissora. Seu filho mais famoso, Boninho, é um dos principais nomes da empresa atualmente. Além disso, Boni é sócio da TV Vanguarda, afiliada da Globo no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.
Informações UOL