Durante sua tradicional live pelo Facebook de quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro comentou a questão do desemprego no Brasil e lamentou o estrago causado pela pandemia de coronavírus. Ele voltou a lembrar, nesta quinta (6), que sempre teve preocupação com a questão econômica e apontou uma responsabilidade de governadores e prefeitos no resultado.
– Tivemos a notícia. Quase nove milhões de pessoas perderam emprego no segundo trimestre, durante o pico da pandemia (…) Eu já vinha falando lá atrás tínhamos no mínimo duas ondas. E tem uma terceira também, a questão da vida, tem que se preocupar com ela sim. E depois tem a questão da recessão. Muito gente diz, e eu também digo, que esse efeito colateral é mais grave do que o do próprio vírus. Alguns falando ali “economia se recupera, saúde não”. Eu sei disso, mas é preciso fazer uma conta de chegada. Não pode ser “fecha tudo” – explicou.
O presidente então deu o exemplo do Rio Grande do Sul que teve sua economia afetada.
Olha o Rio Grande do Sul. Agora que o vírus está batendo lá. Agora está há quatro meses fechado. Vai fechar mais quatro meses? Já complicou a economia toda do Rio Grande do Sul. Vai comprometer. E hoje ouvi um áudio, não sei se é verdadeiro. Tem muitos prefeitos querendo abrir, mas o governador não quer. Então está havendo um certo embate lá no Rio Grande do Sul entre alguns prefeitos e o governador sobre a política do lockdown. Vamos fechar tudo – ressaltou.
Por fim, Bolsonaro voltou a criticar o exagero nas medidas de restrição e lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) “decidiu que as medidas restritivas eram de competência exclusiva de governadores e prefeitos”.
– Eu fui para o segundo turno com outro cara [Fernando Haddad] disputando a Presidência. Imagina se aquele outro cara tivesse ganho? Você acha que ele estaria apoiando essas medidas de “fecha tudo, fique em casa, multa quem está na rua, algema quem está na praia ou seria uma política semelhante à nossa? Se bem que com todo respeito, o STF decidiu que as medidas restritivas eram de competência exclusiva de governadores e prefeitos. Então desemprego, em grande parte alguns governadores e prefeito tem essa responsabilidade – apontou.