Richard Branson, de 72 anos, é um dos empresários mais conhecidos do planeta. Ele tem sido o protagonista de manchetes por décadas devido a suas aventuras comerciais, pessoais ou pela combinação das duas. Como quando voou até os confins da atmosfera com sua própria empresa aeroespacial, ficando à frente de personagens como Jeff Bezos ou Elon Musk.
O magnata britânico venceu a corrida dos bilionários para chegar ao espaço, apesar de sua fortuna, avaliada em cerca de € 2,7 milhões pela Forbes, estar atrás da dos seus concorrentes. No Brasil, com a atual cotação do euro, o montante seria o equivalente a aproximadamente R$ 14,5 bilhões.
— Em 50 anos, acho que as pessoas ainda estarão procurando por áreas selvagens. E como o mundo infelizmente será mais construído, o grande desafio é garantir que seja semelhante ao que é agora — relatou em entrevista ao EL PAÍS sobre turismo, setor ao qual pertence a maioria de suas empresas e para o qual vê futuro e desafios.
A semente do negócio de Branson foi a gravadora Virgin Records., que fundou em 1972 e vendeu no início dos anos 1990. Mas manteve-se a marca que dá nome a um grupo com negócios diversificados, dos ginásios à telefonia, onde se destacam os ligados ao turismo. Entre outros, duas companhias aéreas, uma empresa de cruzeiros e vários hotéis.
Os resultados consolidados do grupo em 2021, os últimos que divulgou em seu site, refletem uma receita de £ 116 milhões —quase R$ 725 milhões, no câmbio atual— dos quais £ 16,3 milhões (R$ 101,8 milhões) vieram da parte hoteleira. O resultado consolidado final apresentou prejuízos de £ 10,5 milhões (R$ 65,6 milhões).
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— O Virgin Group é uma empresa global. Nós circulamos o mundo e tentamos resolver alguns dos grandes problemas.
Branson nunca foi um empresário discreto. A sua imagem pública está mais próxima da de uma estrela musical ou de uma personalidade política, terreno de que não se esquiva. Desde o início da guerra ucraniana, ele se encontrou duas vezes com o presidente Volodymyr Zelensky.
O último marco da Virgin. A, em 29 de junho, inaugurou as suas viagens comerciais ao espaço, embora com um voo para onde iam apenas astronautas.
— Sinto que daqui a 50 anos haverá viagens à Lua e que haverá um hotel lá, talvez um da Virgin — diz o fundador.
Ele sabe o que é estar longe da Terra, embora duvide que esta tenha sido sua aventura mais extrema.
— O espaço era um sonho e foram 25 anos tentando torná-lo realidade. Mas voar ao redor do mundo foi uma loucura, foi muito emocionante e tive muita sorte de sobreviver a isso.
Branson, que sempre faz uma pausa para pensar no que dizer a seguir, pondera ainda mais sobre sua resposta.
— Estou igualmente orgulhoso de ambos.
Créditos: O Globo.