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Passar protetor solar, aplicar fórmulas de skincare, evitar a exposição ao sol, ter boas noites de sono e beber muita água. Quando combinados de forma rotineira, esses hábitos podem ser quase perfeitos para prevenir o envelhecimento da pele. Contudo, um detalhe pode colocar quase tudo a perder: a alimentação.
De acordo com o médico gastroenterologista Saurabh Sethi, da Universidade de Harvard, há um alimento que deveria ser eliminado do prato por servir como uma bomba pró-envelhecimento. Consumida “geladinha” para acompanhar as refeições, essa opção atende pelo nome de refrigerante.
Para entender como o consumo de refrigerante afeta a saúde da pele e acentua o envelhecimento, conversamos com a dermatologista Ana Carolina Sumam, do Rio de Janeiro. Segundo a médica, membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD), o refrigerante prejudica a cútis devido ao seu alto índice glicêmico, pelo teor de açúcares contidos na bebida.
Os carboidratos presentes no refrigerante contribuem para um processo chamado glicação, que é a destruição das fibras colágenas e elásticas. “É como se essas fibras fossem ficando mais enrijecidas e, consequentemente, perdem a sua função”, explica a médica. Em um copo de 200 ml de refrigerante, há entre 10 gramas e 22 gramas de açúcar.
O consumo de produtos industrializados no Brasil é surpreendentemente alto, gerando sérios prejuízos à saúde, principalmente entre os adolescentes. A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que o refrigerante é a bebida mais consumida no país, o que gera muitas preocupações.
De acordo com o estudo realizado em 2017/2018, os refrigerantes lideram o consumo diário per capita no Brasil, com uma média de 67,1 gramas por dia. Esta bebida aparece junto a alimentos como café, feijão, arroz e sucos em termos de consumo diário pelos brasileiros.
Os dados do IBGE são ainda mais alarmantes quando se observa a distribuição geográfica do consumo de refrigerantes. Na região Sul do Brasil, o consumo é o dobro do verificado nas regiões Norte e Nordeste. E os maiores consumidores são os adolescentes, superando adultos e idosos.
Ana Carolina acrescenta que “qualquer alimento com alto índice glicêmico ocasiona esse processo de glicação”. Esse efeito provoca um impacto negativo na qualidade da pele, principalmente na matriz extracelular, por conta da destruição das fibras colágenas e elásticas.
Tanto a elastina quanto o colágeno oferecem firmeza, elasticidade e jovialidade para a pele. Outras condições negativas tendem a surgir na cútis devido à composição da bebida. “Alimentos com alto índice glicêmico também podem contribuir para o aumento da oleosidade da pele e da acne. Esses são os principais efeitos negativos do refrigerante na pele”, aponta a médica.
Portanto, por mais que manter uma rotina de cuidados com a pele seja essencial, prestar atenção à alimentação é uma peça crucial para garantir uma pele saudável e jovem. Evitar o consumo de refrigerantes e alimentos com alto índice glicêmico pode fazer uma grande diferença na aparência e na saúde da sua pele a longo prazo
Informações TBN