O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta segunda-feira que o cargo do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) tem prazo de validade. Declaração foi feita em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Lira explicou que no cargo de ministro da Relações Institucionais “muita gente entra e sai rapidamente”.
Lira ponderou que, apesar do desgaste, a relação com Padilha tem melhorado. “A relação tem melhorado bastante, e todos nós sabemos que o cargo que o minsitro Padilha ocupa tem muito prazo de validade”.
Ele declarou que Padilha, em muitas ocasiões, não conseguia promover a articulação do governo. “Dificultou muito a vida do ministro Padilha, ele é um bom cara, um bom companheiro, mas as coisas não estavam andando, não estavam acontecendo,e aí vai desgastando a finalidade para qual o cargo dele se dispõe”, argumentou.
Para ele, quem ocupa o cargo precisa adotar a rotina do “senta, conversa, resolve e cumpre”. “É Isso é o que tem que existir em uma secretaria de Relações Institucionais e em uma secretaria de governo que trata dos interesses do Executivo com a base no Congresso”.
O presidente da Câmara alegou que as dificuldades enfrentadas por Padilha se deram pela falta de capacidade do ministro em cumprir acordos e citou o loteamento de ministérios. “E o ministro Padilha, assim como todos, sofreu muito dificuldade. Por que sofreu dificuldade? Vamos voltar para o velho problema? Loteamento de ministérios. Cada partido é dono do seu quinhão. Cada ministro ou responde a um partido ou alguma liderança nacional que o indicou. Muitas vezes, o ministro acertava determinada situação com determino partido ou parlamentar e não cumpria”, lamentou.
O presidente Lula teve que fazer uma reunião que durou mais de 10 horas com todos os ministros, onde ele cacifou a parte de organização do governo, do ministro Rui Costa, dizendo que nenhum projeto ou vontade própria de ministério poderia nascer sem passar pela Casa Civil e que o ministro Padilha era o autorizado do presidente da República para tratar dos assuntos do Congresso e que se determinada pasta não o atendesse, o presidente faria por cima do ministro.
Arthur Lira, presidente da Câmara
Informações UOL