A VoePass Linhas Aéreas informou, por meio de nota divulgada na noite dessa quarta-feira (25/6), série de mudanças no comando e na diretoria da empresa, com a demissão dos responsáveis pela manutenção, segurança operacional e operações.
As alterações ocorrem após o desastre aéreo do voo 2283, que matou 62 pessoas a bordo de uma aeronave ATR-72, em agosto, em Vinhedo (SP).
De acordo com o informe, o atual presidente e cofundador, José Luiz Felício Filho, assume a liderança executiva e a gestão direta das operações, mantendo o cargo de presidente e acumulando funções. Felício, que é piloto há mais de 30 anos, é o comandante mais antigo da empresa e está na presidência da companhia desde 2004.
O CEO, Eduardo Busch, passa a liderar a frente de questões jurídicas da Voepass.
Eric Cônsoli, que estava à frente da chefia de Manutenção, David Faria, da Diretoria de Segurança Operacional, e Marcel Moura, da Diretoria de Operações, deixam a companhia. “A Voepass reconhece e agradece as importantes contribuições que os executivos desempenharam na trajetória da empresa”, detalha a nota.
Carlos Alberto Costa, o comandante Diego Hangai, há 13 anos na VoePass, e o comandante Raphael Limongi assumem, respectivamente, os cargos deixados na diretorias de Manutenção, de Segurança Operacional e de Operações.
Todas as indicações para os cargos de liderança estão sob aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conforme regulação vigente, segundo a VoePass.
Em 9 de agosto, um avião do modelo ATR-72, da companhia VoePass, antiga Passaredo, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, e matou todas as 62 pessoas a bordo, sendo quatro tripulantes e 58 passageiros.
A aeronave partiu, em 9 de agosto, de Cascavel (PR), às 11h46 e tinha como destino o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com pouso previsto às 13h40, mas perdeu sustentação em voo e colidiu com o solo às 13h22.
Segundo a Polícia Técnico-Científica de São Paulo, todas as 62 vítimas da queda do avião em Vinhedo, no interior do estado, morreram de politraumatismo quando a aeronave despencou de uma altura de cerca de 4 mil metros e atingiu o solo.
A empresa afirma que a aeronave decolou do Paraná com todas as condições operacionais para cumprir a programação, informação confirmada pelo Cenipa no dia da divulgação do relatório preliminar.
Segundo o órgão, a última revisão da aeronave ocorreu em 24 de junho de 2023. No dia do acidente, foi realizado um “check diário”, que constatou que a aeronave estava apta para voar, conforme normas previstas.
Informações Metrópoles