O presidente Jair Bolsonaro indicou, nesta segunda-feira (29), o embaixador Carlos Alberto Franco França como o novo ministro das Relações Exteriores. O diplomata será o substituto do chanceler Ernesto Araújo, que entregou o cargo após forte pressão dentro e fora do governo e em choque com o Congresso.
Assim como o antecessor, França assume a chancelaria sem ter chefiado previamente nenhum posto no serviço exterior. Ele foi promovido a ministro de primeira-classe, o topo da carreira, já no fim de 2019 e, segundo diplomatas ouvidos pela reportagem, fez quase toda a carreira na área de cerimonial.
Já no primeiro ano do governo Bolsonaro, foi cedido pelo agora ex-ministro Ernesto Araújo para assumir a chefia do Cerimonial da Presidência da República. Atualmente, era assessor-chefe na Assessoria Especial do Presidente.
No Itamaraty, o novo chanceler é descrito como uma pessoa “executiva” e “discreta” pelos colegas. E que, sobretudo, tem familiaridade com o poder. França trabalhou no Planalto nos governos Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Michel Temer, sempre na área do Cerimonial.
Antes de Bolsonaro assumir, ele era adjunto do chefe do Cerimonial de Temer, o embaixador Pompeu Andreucci, atualmente em Madri, na Espanha, onde faz defesa sistemática do governo. França assumiu o cargo de chefe em outubro de 2018 e foi mantido por Bolsonaro até o ano passado, quando foi trocado para a Assessoria Especial da Presidência.
Em outros cargos, ele passou pelas embaixadas brasileiras em Washington (Estados Unidos), Assunção (Paraguai) e La Paz (Bolívia), onde se dedicou a estudar temas ligados à energia, uma de suas especialidades. Ele tem livros sobre a exploração do potencial hidrelétrico do Rio Madeira e as relações entre Brasil e Bolívia. Foi chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia no Itamaraty, em Brasília.
O novo ministro tem 56 anos, é natural de Goiânia (GO) e tem dois filhos. É formado em Direito e Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB).
Informações Pleno News