Em meio à guerra na Ucrânia, a participação de cidadãos brasileiros como voluntários nas forças de defesa do país foi vetada pelas autoridades locais.
De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, um grupo de 35 brasileiros já estava de malas prontas para lutar pela Ucrânia, mas teve que cancelar a viagem após serem informados que não são bem-vindos.
Eles tomaram conhecimento do veto ao trocar e-mails com representantes ucranianos para combinar um encontro na Polônia. Na ocasião, segundo a coluna, o grupo foi informado de que o Brasil está incluído em uma lista de países cujos cidadãos não são aceitos na legião de voluntários.
Apesar da exclusão, não foram expostos os motivos para o Brasil figurar entre países como a própria Rússia, Belarus e todo o continente africano.
Segundo a publicação, um dos coordenadores do grupo de voluntários, Bruno Bastos, avalia que o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre o conflito poderia ser a razão. “Nem como voluntários para médico e socorrista eles estão aceitando. É vergonhoso. Que aperto de mão foi aquele entre Bolsonaro e Putin? Por que Bolsonaro não se pronuncia, não fala? O que está havendo?”, questionou.
A posição oficial do Brasil com relação à guerra é mesmo dúbia. Enquanto o Itamaraty condenou a invasão russa na ONU, Bolsonaro se absteve. Antes disso, em encontro com Vladimir Putin, quando a guerra ainda não havia sido instaurada, o mandatário disse ser “solidário à Rússia”.
*Bahia.ba