Vitória da mulher transgênero sobre as mulheres biológicas gerou críticas nas redes sociais
A mulher trans Austin Killips, 27 anos, ganhou uma competição de ciclismo feminino no Novo México, nos Estados Unidos. O jornal The Telegraph publicou a informação nesta terça-feira, 2.
Austin é a primeira mulher trans a vencer o Tour of the Gila, corrida que tem a chancela do órgão regulador mundial do ciclismo, o Union Cycliste Internationale (UCI).
“Foi o resultado mais significativo até agora para Killips, um homem biológico de Chicago, que também ganhou uma medalha no ciclocrossfeminino no Campeonato Nacional dos Estados Unidos e que agora está cotado para disputar uma vaga no Tour de France Femmes e nas Olimpíadas de Paris no próximo verão”, detalhou o The Telegraph.
A vitória de Austin sobre as mulheres gerou críticas nas redes sociais. “Se os homens forem excluídos da classificação feminina, Marcela Prieto é a vencedora feminina”, disse um usuário do Twitter, referindo-se à mulher que ficou em segundo lugar na competição.
O surgimento da trans Austin Killips nas competições foi a razão para Hannah Arensman, 35 vezes campeã no circuito nacional de ciclocross, ter se aposentado completamente do esporte, segundo a Fox News.
“Nasci em uma família de atletas”, contou Hannah. “Incentivada por meus pais e irmãos, competi no esporte desde muito jovem e segui os passos de minha irmã, subindo na classificação para me tornar uma ciclista de ciclocross de elite.”
E continuou. “Nos últimos anos, tive de competir diretamente com ciclistas masculinos em eventos femininos. À medida que isso se tornou mais uma realidade, ficou cada vez mais desanimador treinar tanto quanto eu apenas para perder para um homem com a vantagem injusta de um corpo androgenizado que intrinsecamente dá a ele uma vantagem óbvia sobre mim, não importa quanto eu treine.”
Informações Revista Oeste