A empresa de lançamento de foguetes espaciais SpaceX decidiu retirar seus funcionários do Brasil e aconselhou seus colaboradores a não viajarem ao país nem por trabalho nem por lazer. A SpaceX é de propriedade do bilionário norte-americano Elon Musk, o mesmo dono do X, antigo Twitter, e da Starlink.
A informação sobre a retirada dos funcionários da SpaceX foi divulgada nesta quarta-feira, 4, pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal.
Segundo o jornal, a decisão da SpaceX foi motivada pela disputa em andamento entre Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que na última sexta-feira, 30, decidiu suspender as atividades do X no Brasil.
Em um e-mail enviado no final da semana passada, a presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell, alertou seus funcionários sobre os riscos de visitar o Brasil.
A decisão de Moraes de congelar as conta da Starlink, uma subsidiária da SpaceX, para forçar o pagamento das multas impostas ao X foi um sinal de alerta para a empresa.
Por causa desse bloqueio muitos investidores estrangeiros decidiram entrar em modalidade de espera.
O megainvestidor Bill Ackman, da gestora Pershing Square, criticou o que chamou de suspensão ilegal do X no Brasil e alertou para o risco de o país perder investimentos.
“O fechamento ilegal do @X e o congelamento de contas na Starlink no Brasil colocaram o Brasil em um caminho rápido para se tornar um mercado não investível”, escreveu o bilionário em seu perfil na rede social, no último sábado, 31.
O megainvestidor também comparou o Brasil à China. “A China cometeu atos semelhantes, levando à fuga de capital e ao colapso nas avaliações. O mesmo acontecerá com o Brasil, a menos que eles recuem rapidamente desses atos ilegais”, alertou.
Na terça-feira, a Starlink informou que estava fazendo o possível para manter os clientes brasileiros conectados.
A empresa anunciou ter iniciado recursos legais perante o Supremo Tribunal Federal, chamando a decisão de Moraes de congelar as contas de ilegal. Ao mesmo tempo, a Starlink disse que cumpriria uma decisão que a obrigava a bloquear o acesso ao X.
Informações Revista Oeste