Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro, apoiadores do atual governo confirmaram a adesão de ao menos 50 cidades do interior à motocarreata marcada para esta sexta-feira, em Salvador, feriado de Dois de Julho. O ato terá concentração a partir das 9h, na região do Dique do Tororó, próximo à Arena Fonte Nova.
Segundo os organizadores, motos, jipes e carros antigos se reunirão em uma manifestação a favor da “liberdade” e do “voto impresso e auditável”, bandeiras defendidas por Bolsonaro.
Havia a expectativa de que o presidente viesse à capital baiana prestigiar o evento. Procurada pelo Metro1, a assessoria de Bolsonaro informou, no entanto, que não há previsão dessa agenda.
Mais cedo, em entrevista ao site Metro1, o prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou que, embora não tenha poder de polícia, agirá para coibir eventuais transtornos por ocasião da motocarreata bolsonarista.
O gestor, que recentemente criticou atos a favor do impeachment do presidente, citou que a manifestaação é “inoportuna” diante do cenário de descontrole da pandemia de Covid-19 — crise saniatária que continua a provocar elevado número de mortes no país.
Realizadas em outras cidades do país, as motociatas promovidas pelo chefe do Executivo federal têm sido marcadas por ataques às políticas de isolamento, pedidos de intervenção militar e fechamento do STF.
Além das investidas contra as instituições democráticas, Bolsonaro atambém infringiu regras de trânsito. Durante um ato em São Paulo, por exemplo, o presidente cobriu a placa de sua motocicleta e utilizou um capacete do tipo “coquinho”, sem viseira e proteção para o maxilar, o que é proibido para motociclistas e pode render multa grave.