Governo Putin aponta “ações hostis sem precedentes” da Inglaterra contra Moscou
A Rússia proibiu neste sábado (16) a entrada no país do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e outros 12 altos funcionários daquele país por “ações hostis sem precedentes” tomadas contra Moscou pelo governo britânico.
– Este passo foi dado como resposta à desenfreada campanha político-informativa desencadeada por Londres, que visa o isolamento internacional da Rússia, a criação de condições para conter nosso país e estrangular a economia nacional – disse o Ministério das Relações Exteriores russo ao anunciar a medida.
A declaração da diplomacia russa destaca que o governo britânico “agrava propositalmente a situação em torno da Ucrânia ao colocar armas letais no regime de Kiev e coordenar esforços semelhantes por parte da Otan”.
– A política russofóbica das autoridades britânicas, que fez da sua principal tarefa promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e congelar os laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha – afirmou a Chancelaria russa.
De acordo com Moscou, quaisquer ataques punitivos “serão inevitavelmente voltados contra seus promotores e resolutamente rejeitados”.
Além de Johnson, a proibição afeta nove membros de seu gabinete, o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, os ministros das Relações Exteriores, Elizabeth Truss; Defesa, Ben Wallace; Transporte; Grant Shapps; Interior; Priti Patel; Economia; Rishi Sunak; Negócios, Energia e Estratégia Industrial, Kwasi Kwarteng, e Cultura, Nadine Dorries, além do secretário de Estado das Forças Armadas, James Heappey.
A lista dos sancionados é completada pela primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon; a procuradora-geral da Inglaterra e País de Gales, Suella Braverman, e a ex-primeira-ministra e parlamentar conservadora Theresa May.
*EFE