Racha ocorre após prisão do empresário Marcos Moura, que integra a cúpula do partido, apontado como um dos operadores de um esquema de corrupção
O União Brasil voltou a ter brigas internas nas últimas semanas após a deflagração da Operação Overclean, que apura fraudes em licitações e desvios de recursos públicos. A informação é do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
Um dos motivos do racha foi a prisão do empresário Marcos Moura, conhecido como Rei do lixo, apontado como um dos operadores do esquema. Moura faz parte do diretório nacional da sigla e amigo de lideranças do partido, como o presidente e o vice, Antonio Rueda e ACM Neto, respectivamente.
Segundo interlocutores do União Brasil, há divergências na sigla sobre como lidar com a crise. Nos bastidores, os próprios integrantes da legenda têm questionado outros colegas do partido por causa da proximidade com o empresário conhecido como o “Rei do Lixo” da Bahia.
De acordo com parlamentares, a operação teria sido um dos motivos que provocaram o adiamento da escolha do novo líder do partido na Câmara em 2025. O cargo, hoje ocupado pelo deputado federal Elmar Nascimento (BA), só deve ser trocado no começo do mês de fevereiro.
Disputam a liderança do União Brasil na Câmara os deputados Mendonça Filho (PE), Damião Feliciano (PB) e Pedro Lucas Fernandes (MA). Este último é o candidato apoiado pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda. Já Mendonça é mais alinhado ao grupo de Elmar.
O avanço da operação Overclean, como a coluna do Metrópoles já havia noticiado, também tem provocado pânico na Prefeitura de Salvador. O maior receio da cúpula da gestão municipal soteropolitana é de que a investigação chegue ao prefeito da capital baiana, Bruno Reis, que é filiado ao União Brasil.
Informações Bahia.ba