© Alexei Druzhinin/Russian Presidential Press and Information Office/TASS
O líder russo, Vladimir Putin, fez uma declaração que acendeu um alerta global. Durante um evento em São Petersburgo, Putin ameaçou reiniciar a produção de armas nucleares de médio alcance se os Estados Unidos confirmarem planos para instalar mísseis na Alemanha ou em outros locais da Europa.
A cúpula da Otan em Washington revelou que os EUA e seus aliados pretendem começar o envio gradual de armamentos de longo alcance para o território alemão a partir de 2026. Essa movimentação inquietou Moscou, levando Putin a considerar a moratória unilateral sobre capacidades de ataque de médio e curto alcance como potencialmente inválida.
Em suas declarações, Putin foi enfático ao afirmar que o desenvolvimento de sistemas de armamento está em “fase final” em Moscou. Esta pode ser uma resposta direta a qualquer ação militar dos Estados Unidos em solo europeu, especialmente na Alemanha. O líder russo destacou que a Rússia está preparada para retomar a produção de armas nucleares de médio alcance.
Os armamentos de médio alcance mencionados por Putin eram regulamentados pelo Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário, assinado entre os Estados Unidos e a então União Soviética. No entanto, ambos países abandonaram o acordo em 2019, deixando uma lacuna perigosa na regulação de tais armamentos.
A ameaça de Putin deve ser levada a sério não só pelos Estados Unidos, mas por toda a comunidade internacional. A retomada da produção de armas nucleares de médio alcance pode resultar em uma nova corrida armamentista, colocando a Europa novamente no epicentro de uma possível escalada militar.
Com a moratória unilateral sendo considerada nula pelo Kremlin, isso também pode levar a um aumento nas tensões diplomáticas e militares, não apenas entre Rússia e EUA, mas com todos os países membros da Otan.
Para entender a magnitude das declarações de Vladimir Putin, é essencial conhecer o Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário. Assinado em 1987 pelos Estados Unidos e a União Soviética, o tratado buscava eliminar os mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
O fim do tratado em 2019 trouxe incerteza e renovou as preocupações com uma possível reemergência de armas nucleares de médio alcance na Europa.
A relação entre Rússia e Estados Unidos já vinha sendo testada por uma série de questões, incluindo disputas cibernéticas e intervenções em conflitos regionais. A ameaça de Putin adiciona um novo nível de complexidade a essa dinâmica, reintroduzindo o medo de um confronto nuclear direto.
Aqui estão alguns pontos a serem observados no futuro próximo:
À medida que 2026 se aproxima, o mundo estará atento aos desenvolvimentos, esperando que prevaleça a diplomacia em vez da escalada militar.
É evidente que as declarações de Vladimir Putin colocam o mundo em um estado de vigília quanto ao futuro das armas nucleares. A reativação da produção de armamentos de médio alcance pela Rússia poderia levar a uma nova era de incerteza global, relembrando os temores da Guerra Fria.
Informações TBN