O professor da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo Ronald Sergio Pallotta Filho é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular uma conversa com um paciente pobre.
A prática considerada racista é conhecida como “blackface“, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros. A faculdade abriu uma sindicância para apurar os fatos.
O episódio ocorreu durante aula nessa terça-feira (6/10). “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o professor, ao simular a conversa.
O professor da faculdade de medicina da Santa Casa de São Paulo Ronald Sergio Pallotta Filho é acusado de racismo após usar uma máscara com rosto negro durante uma aula virtual para simular uma conversa com um paciente pobre.
A prática considerada racista é conhecida como “blackface“, que consiste na caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas atribuídos aos negros. A faculdade abriu uma sindicância para apurar os fatos.
O episódio ocorreu durante aula nessa terça-feira (6/10). “Eu não como essas comidas de fraco daqui do SUS não, sabe? Não como, não. Eu como comida de macho. Você está entendendo?”, disse o professor, ao simular a conversa.
Procurada, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo informou que repudia veementemente qualquer ação de cunho sexista, racista ou preconceituosa e disse ter sido instaurada uma sindicância interna.
Após apuração dos fatos, o procedimento pode resultar, de acordo com o regimento interno da faculdade, no afastamento do médico envolvido.
“A sindicância, que assegura ao médico o exercício da ampla defesa e do contraditório, tem a duração máxima de 60 dias. Durante a sua duração, o professor está suspenso de suas atividades didáticas”, completou.
Além disso, a Direção da Faculdade também comunicou o Núcleo de Direitos Humanos e Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) da instituição para as providências que essa instância julgar necessárias.
O professor Ronald Sergio Pallotta Filho foi procurado pelo Metrópoles, mas ainda não retornou o contato da reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Em nota enviada ao portal G1, no entanto, o médico disse que não tinha intenção de “expor conteúdo racista” e que o uso da máscara foi uma escolha “inocente e infeliz”.
“Jamais tive a intenção de desrespeitar quem quer que fosse em razão da raça, nível social ou por qualquer outra característica com utilização da máscara na representação que tentei fazer”, disse o médico da Santa Casa.