O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta terça-feira (30) que não reconhecerá os resultados das eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, destacando que isso não implica na falta de reconhecimento do governo de Nicolás Maduro.
“Não é que não reconheçamos [o governo], não concordamos que não haja eleições livres na Venezuela, mas, neste momento, não é que não reconheçamos o governo de Maduro. Não reconheceremos o resultado das próximas eleições porque não serão eleições livres”, ressaltou o chefe de Estado em entrevista à Ecuavisa.
Essas declarações de Noboa surgem após a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela, divulgada na sexta-feira (26), que desqualifica a candidatura à Presidência da líder da oposição, María Corina Machado. As eleições na Venezuela, marcadas para este ano, ainda não têm data definida.
A reação do presidente do Equador se soma ao anúncio dos Estados Unidos de que retomarão as sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela em resposta à decisão do tribunal venezuelano, interpretada como um claro desafio aos pontos do acordo de Barbados. A Casa Branca também anunciou que revogará a licença da Companhia Geral da Venezuela a partir de 13 de fevereiro.
Por sua vez, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criticou na segunda-feira (29) o que considera ser interferência estrangeira. “Apesar das ameaças e chantagens do império dos EUA, as instituições da Venezuela funcionaram. E eu digo, acordo de Barbados, Suprema Corte de Justiça, isso é coisa julgada e uma decisão definitiva”, afirmou.
Com informações CNN