Um dia depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, expor um forte embate no governo entre sua política de austeridade fiscal e defensores dentro do governo de mais gastos públicos, ainda que isso provocasse “furar o teto de gastos”, o presidente Jair Bolsonaro reuniu ministros e líderes.
Ao final, em declaração à imprensa, reafirmou seu compromisso com o teto de gastos e a retomada das reformas no Congresso, em um claro apoio ao ministro Guedes.
A maior surpresa para os líderes do governo que estrearam em reuniões no Palácio da Alvorada foi o tom pacificador utilizado pelo presidente para unificar a equipe.
“Todo mundo reclama que o presidente é intempestivo. Mas ele conduziu a reunião buscando a pacificação . O novo normal é ser normal”, brincou um líder.
Na reunião que precedeu a declaração à imprensa, Paulo Guedes defendeu o controle nos gastos públicos e Rogério Marinho, que vinha defendendo a retomada de obras públicas, disse que não defendia a mudança na política econômica e nem o fim do teto de gastos.
A mesma opinião foi compartilhada pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Para atender ainda que parcialmente a área de infraestrutura, o ministro Guedes se comprometeu a buscar mais alguns recursos orçamentários para obras públicas este ano, para o que foi chamado ali de “transição” até o ano que vem, onde a área de infraestrutura receberá mais recursos.
Informações G1