Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (7), membros da diretoria da Organização Mundial de Saúde (OMS) se posicionaram contra a obrigatoriedade de vacinação para Covid-19. Segundo a médica brasileira Mariângela Simão, que é diretora-assistente da entidade, a melhor decisão é conversar com a sociedade.
– Precisamos trazer as pessoas nessa jornada, conversar, convencer e dialogar – explica Simão.
Já a diretora de vacinas da OMS, Kate O’Brien, destacou que não é viável que as pessoas acabem por não se interessar pelo uso do imunizante e que ele fique “preso na geladeira”. Assim como a colega de entidade, O’Brien pediu que os governos informem as pessoas sobre as evidências das vacinas.
– Uma vacina presa na geladeira não tem benefício. As questões são legítimas e queremos que as pessoas estejam bem informadas sobre a ciência e as evidências. Uma das ações para isso é que a fonte da notícia seja confiável – completou.
O posicionamento adotado pela entidade nesta segunda se aproxima da postura que vem sendo adotada pelo presidente Jair Bolsonaro que, desde o início do desenvolvimento das vacinas, defende a desobrigação da aplicação da vacina no país e destaca que os imunizantes precisarão ter a eficácia comprovada antes da aprovação.