Mural de protesto contra o atual presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, em Lagos, em 24 de fevereiro de 2023 — Foto: Ben Curtis/AP
Neste sábado (25), os eleitores da Nigéria, o país mais populoso e a maior economia da África, vão votar no primeiro turno das eleições presidenciais.
Há 18 candidatos no páreo para suceder o atual presidente, Muhammadu Buhari, que está terminando seu segundo mandato (o número máximo permitido).
Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo da África, a Nigéria atravessa uma crise econômica. O governo está alterando a moeda do país, e muitas famílias não estão conseguindo sacar dinheiro.
Uma parte significativa dos nigerianos mais jovens deixa o país para tentar a vida em algum outro lugar.
As filas para o cadastro de eleitor estavam muito longas, e a comissão eleitoral do país aumentou o prazo.
A Nigéria tem mais de 210 milhões de pessoas (uma população de um tamanho semelhante ao da população brasileira), e há 93 milhões de eleitores registrados.
Cerca de 40% dos eleitores têm menos de 35.
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No total, são 18 candidatos, mas três deles são os favoritos no primeiro turno
Alguns candidatos são considerados mais competitivos:
As pesquisas mais recentes apontam que Obi deve ser o candidato mais votado. No entanto, uma parte dos entrevistados se recusou a dizer em quem vai votar ou afirmou que está indecisa.
No começo da campanha, Obi parecia não ter muitas chances. No entanto, ele avançou nas pesquisas de intenção de voto.
Obi é o candidato de um partido com pouca estrutura, o Partido Trabalhista, que teve menos de 1% dos votos nas eleições presidenciais de 2019.
Na campanha, ele falou principalmente para os nigerianos mais jovens. Ele disse que vai tentar estabelecer políticas econômicas que aumentem os emprego.
O norte da Nigéria concentra mais muçulmanos, que são a maioria no país. O sul do país é dominado por cristãos.
Os candidatos presidenciais geralmente equilibram suas chapas, escolhendo um companheiro de chapa que seja de uma religião diferente da sua.
Tinubu, um dos outros candidatos, não fez isso: ele é muçulmano e escolheu um vice muçulmano.
Essa estratégia pode aprofundar as divisões religiosas do país, disse Hassan Idayat, que lidera o Centro para Democracia e Desenvolvimento, o maior grupo focado na democracia da Nigéria.
Uma das questões mais importantes do primeiro turno é o comparecimento.
Nas eleições mais recentes, a participação dos eleitores foi baixa. Em 2019, por exemplo, 34% dos eleitores registrados votaram.
No entanto, há indicações que desta vez isso pode ser diferente. Nas redes sociais e nos comícios há um entusiasmo com a votação, e nos pontos de registro da Justiça eleitoral houve filas.
A participação dos jovens pode ser ainda mais impulsionada pela decisão de fechar as universidades do país por duas semanas antes da eleição. As autoridades citaram preocupações de segurança como o principal motivo da mudança, mas também significa que muitos jovens estarão em casa para votar.
Informações G1