O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) decidiu manter as investigações contra o líder espiritual Jair Tércio Cunha Costa em sigilo para preservar os depoimentos das vítimas e respeitar a Lei de Abuso da Autoridade. De acordo com o órgão, assim que as oitivas forem finalizadas, será concedida uma coletiva à imprensa com todos os detalhes sobre o caso.
Até agora, o que se sabe é que o criador da Fundação Ocidemnte (Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais), sediada em Salvador, foi acusado de ter cometido abuso sexual contra 14 mulheres.
O depoimento das vítimas foi encaminhado ao MP-BA e, ao que tudo indica, parte dos crimes teria acontecido no bairro de Stella Maris, onde fica a sede da fundação. Inicialmente, as denúncias foram recebidas pela Ouvidoria das Mulheres, órgão do CNMP e ao Projeto Justiceiras, que acolhe mulheres durante a pandemia do novo coronavírus.
O líder espiritual já foi acusado de estupro, importunação sexual e assédio, devido à posição hierárquica dele em relação às mulheres. Uma das promotoras responsáveis pelo caso, Sara Gama, afirmou que as demais testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana.
Após a análise das denúncias iniciais, Sara Gama observou semelhanças nos relatos e destacou que, caso o crime seja comprovado, não é um ato da “instituição”, mas sim “da pessoa”, ou seja, os crimes não parecem ter relação com a Fundação Ocidemnte.
Informações Bocão News
Foto: BN/arquivo