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O libertário Javier Milei, vitorioso nas eleições presidenciais na Argentina toma posse neste domingo (10.dez.2023) na Casa Rosada. Ele assumirá o governo do país com inflação em expansão e alto nível de pobreza.
Milei venceu o governista peronista Sergio Massa no 2º turno em 19 de novembro. Terá que encontrar soluções para evitar que a inflação suba ainda mais. A taxa anual foi de 142,7% no acumulado de 12 meses até outubro. Subiu 50,3 pontos percentuais em 2023 e está acima de 3 dígitos há 9 meses.
O próximo resultado de inflação será divulgado na 4ª feira (13.dez.2023) com a taxa acumulada em 12 meses até novembro. O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, disse que o país sofre consequências de “soluções fáceis” do passado que provocaram problemas no médio e longo prazo. Ele disse ter conversado com o futuro ministro da Economia do país, Luis Caputo, sobre o ajuste fiscal.
“A Argentina é um exemplo de que abandonou meta fiscal e meta monetária. […] Retomar essa credibilidade é muito difícil porque vão ter uma parte [de ajuste] fiscal muito apertada e vai encostar na inviabilidade política em algum momento”, disse.
Milei enviará ao Congresso da Argentina um texto para fazer uma reforma do Estado. Terá “todas as ações a serem realizadas, incluindo reformas profundas em diversos âmbitos: econômico, financeiro e político-laboral”.
Milei prometeu durante a campanha eleitoral fechar o Banco Central, que é responsável pelo controle do poder de consumo das famílias. Apesar disso, ele indicou um presidente para assumir a autoridade monetária. Será Santiago Bausili.
A perda do poder de compra levou o país a ter 40,1% da população em situação de pobreza. No 2º semestre, havia 11,8 milhões de pessoas que não tinham dinheiro suficiente para custear as próprias despesas.
Para tentar controlar a trajetória explosiva de inflação, o Banco Central da Argentina aumentou a taxa de juros para 133% ao ano em 13 de outubro. Está acima de 3 dígitos desde agosto deste ano.
DÍVIDA BRUTA E RESERVAS
A dívida bruta do país foi de 88,4% do PIB no 2º trimestre de 2023, sendo que 57 pontos percentuais é em moeda estrangeira e 31,2 p.p. é doméstica. Era de 85,2% em 2022 (57 p.p. externa e 28,2 p.p. interna).
O estoque baixo das reservas internacionais agrava ainda mais a situação. Há mais de 4 anos e meio (9 de abril de 2019), era de US$ 77,5,7 bilhões. Caiu para US$ 21,2 bilhões em novembro de 2023.
Destaca-se que não é todo esse valor que está à disposição do governo. O Banco Central da Argentina não informa os dados líquidos das reservas cambiais.
ATIVIDADE ECONÔMICA
O mercado de trabalho argentino também não é aquecido. A taxa de desemprego registrado no 2º trimestre de 2023 foi de 6,2%. Está abaixo que o nível registrado no Brasil no trimestre encerrado em agosto de 2023, de 7,8%, mas há diferenças metodológicas que impedem comparações.
Diferentemente do Brasil, o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos) calcula a desocupação do país em 31 aglomerados urbanos, excluindo a população rural.
A população do país está em processo de envelhecimento, com menos jovens. O número de pessoas que têm mais de 35 anos cresceu 17,3% de 2013 a 2022, segundo estimativa do Indec. Os argentinos com até 34 anos tiveram alta de 3,8% no mesmo período.
A atividade econômica do país está em processo de desaceleração. O PIB (Produto Interno Bruto) caiu 2,8% no 2º trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado.
Créditos: Poder 360.