Profissionais defendem autonomia na atuação médica para receitar medicamentos contra a Covid-19
Um grupo de cerca de 2 mil médicos assinou um manifesto (leia aqui), divulgado na última sexta-feira (12), em que os profissionais defendem o uso do tratamento precoce contra a Covid-19. No documento, também é defendida a autonomia dos profissionais de saúde em ministrar medicamentos que são rechaçados pela imprensa.
Na mensagem, os médicos apontam para a necessidade de minimizar os efeitos provocados pela demora em tratar pacientes infectados com o vírus, e indicam os medicamentos que podem ser utilizados para o enfrentamento da Covid-19.
– Destacamos que a abordagem precoce não se trata apenas do uso de uma destas drogas (cloroquina e hidroxicloroquina), mas de sua combinação com outras medicações, além de monitoramento extensivo do paciente e a recomendação de intervenções não farmacológicas, como a fisioterapia – destaca o documento.
Os profissionais também levam em conta os resultados positivos do tratamento precoce nas cidades e estados que adotaram o uso dos medicamentos e apontam que esses locais viram uma redução em suas redes de saúde.
– Uma das maneiras de se validar o efeito de um tratamento é fazer com que ele seja reprodutível. Os relatos de cidades e estados que adotaram as medidas para intervenção precoce na Covid-19 têm mostrado bons resultados, com a diminuição da carga sobre os sistemas de saúde – afirmam os profissionais.
Além do embasamento científico, os médicos citam também o parecer do Conselho Federal de Medicina e a Declaração de Helsinque que reafirmam a necessidade de que os médicos tomem atitudes em situações graves como a atual, mediante consentimento do paciente.
– Quando métodos profiláticos, terapêuticos comprovados não existirem ou forem ineficazes, o médico, com o consentimento informado ao paciente, deve ser livre para utilizar medidas profiláticas, diagnósticas e terapêuticas não comprovadas ou inovadoras, se no seu julgamento, esta ofereça esperança de salvar vida – diz a nota.
Por fim, o manifesto enfatiza também que outras notas e cartas assinadas por médicos e sociedades médicas se posicionando contra o tratamento precoce não representam aqueles que endossam o documento publicado na sexta-feira.
Informações Pleno News