Em recente discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “bando de imbecil” (sic) aqueles favoráveis à privatização da Petrobras. O petista disse ainda que a operação Lava Jato não passou de um projeto para “desmoralizar” a petroleira para forçar sua venda. A implicância de Lula contra a iniciativa privada foi o tema do editorial de opinião deste domingo, 22, do jornal O Estado de S. Paulo. A publicação destaca o inconformismo de Lula com a venda de estatais.
Depois de 16 anos, Lula “inaugurou” o Comperj(agora Complexo de Energias Boaventura), no Rio de Janeiro, cuja pedra fundamental foi lançada pelo próprio presidente no seu segundo mandato. Alvo da Lava Jato, a companhia vai levar um total de 21 anos para funcionar plenamente. A obra deveria custar aos pagador de impostos US$ 6,2 bilhões (R$ 34 bilhões, em média). No entanto, já consumiu quase cinco vezes mais e ainda não opera 100%.
Para o Estadão, com a “inauguração” do projeto da Comperj, Lula transformou o que deveria ser uma vergonha em um “ato de reparação”, segundo as palavras do próprio presidente.
“O Comperj é um dos símbolos mais vistosos da trevosa era lulopetista que arruinou o país com sua gastança e sua corrupção”, avaliou a publicação.
Mais adiante, o texto analisa o cerne das palavras do petista: “Mais do que em qualquer outro momento desde que começou a exercer o poder, Lula parece determinado a ressuscitar o raivoso líder sindical dos anos 1980, que ele nunca deixou de ser, mas que as necessidades políticas o haviam obrigado a domesticar”.
O Estadão ressalta que, em seu discurso no Comperj, Lula desqualificou os empresários do Brasil. Estes seriam, segundo o presidente, incapazes de melhorar a vida dos brasileiros.
“A julgar pelas palavras do petista, todo o setor produtivo deveria ser do Estado, que seria um administrador mais sensível às reais necessidades do povo”, disse o editorial. “Lula decidiu fazer campanha aberta contra a iniciativa privada, que não se dobra a seus delírios.
Informações Revista Oeste