A justiça proibiu um megaevento preparado para receber o presidente Jair Bolsonaro, neste sábado (31), em Presidente Prudente, interior de São Paulo. A recepção, que reuniria duas mil pessoas no Recinto de Exposições do município, havia sido autorizada por decreto pela prefeitura. No entanto, o juiz Darci Lopes Beraldo acatou ação movida pelo Ministério Público estadual contra o evento, alegando que sua realização contrariava as regras sanitárias de prevenção à pandemia de Covid-19. O magistrado estipulou multa de R$ 2 milhões em caso de descumprimento de sua decisão.
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (28), a abolição no limite de funcionamento e ocupação em estabelecimentos comerciais, mas apenas a partir de 17 de agosto. Até lá, vigora uma fase de transição em que a ocupação pode chegar a 80%. Os eventos com público em pé ou que podem causar aglomerações não foram liberados, segundo o governo.
Conforme a agenda divulgada pela prefeitura, Bolsonaro vai à cidade para credenciar o Hospital Regional do Câncer ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida, o presidente seria recepcionado por ruralistas no Centro de Exposições, que integra o patrimônio municipal e foi cedido para o evento pela prefeitura.
No último dia 13, o prefeito Ed Thomas (PSB) assinou decreto permitindo 1,2 mil pessoas na recepção ao presidente. Nesta terça-feira (27), porém, o prefeito editou novo decreto autorizando a presença de 2 mil apoiadores.
Após a decisão judicial, o prefeito Thomas publicou mais um decreto, retirando a permissão para o evento. Em nota, a prefeitura informou que, em atendimento à decisão judicial, revogou os decretos que cediam o Recinto de Exposições para receber o evento “que estava sendo organizado por entidades ruralistas”.
Segundo a nota, o decreto mantém a declaração de hóspede oficial do município para o presidente da República. Durante a agenda no Hospital do Câncer, Bolsonaro deverá receber os prefeitos da União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal).
Informações: AE