Um incêndio de grandes proporções na Avenida Fraga Maia, em Feira de Santana, destruiu um bar e restaurante e trouxe à tona discussões sobre a necessidade de ações preventivas e rápidas para evitar tragédias semelhantes. A suspeita inicial, ainda sob investigação, aponta que o fogo pode ter se originado em um terreno baldio próximo, onde lixo e vegetação seca foram incendiados, levando as fagulhas a atravessarem a avenida e atingirem o estabelecimento.
O prefeito Colbert Martins destacou que o caso reflete o impacto dos eventos climáticos extremos e a necessidade de respostas rápidas para emergências.
“Estamos investigando as circunstâncias e a responsabilidade do local onde o incêndio começou. O tempo de resposta parece ter sido muito longo, e isso poderia ter evitado danos maiores. Precisamos identificar as causas e, se necessário, punir os responsáveis para evitar que isso se repita”, afirmou.
Risco do descarte irregular de lixo
O descarte irregular de lixo em terrenos e vias públicas é um problema recorrente em Feira de Santana, aumentando os riscos de queimadas e incêndios, além de trazer consequências como a proliferação de ratos, insetos e mosquitos transmissores de doenças. Apesar de ser uma prática ilegal conforme as leis municipais nº 3.245/2011 e nº 1613/92, a situação persiste, com a cidade registrando mais de 400 pontos de descarte clandestino.
Segundo o secretário interino de Serviços Públicos, Denilton Brito, apenas entre 1º e 14 de novembro, 217 notificações foram aplicadas a donos de terrenos abandonados que serviam como depósito de lixo.
“É responsabilidade do proprietário manter o terreno limpo e murado. Aqueles identificados como ponto de descarte serão notificados e sujeitos a multas”, reforçou o secretário.
Brito também alertou sobre os perigos do descarte aleatório, especialmente durante períodos de altas temperaturas, que favorecem focos de incêndio. “Precisamos da colaboração da população para evitar tragédias como essa”, concluiu.
Medidas em andamento
A Prefeitura informou que algumas desapropriações de terrenos estão em curso na Procuradoria Geral do Município, visando coibir o uso irregular de áreas abandonadas. Além disso, ações educativas e de fiscalização estão sendo intensificadas para conscientizar a população sobre os riscos do descarte de resíduos sólidos em locais inapropriados.