Genivaldo de Jesus Santos, homem que morreu asfixiado após ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe, foi abordado por estar conduzindo uma motocicleta sem capacete. Segundo o boletim de ocorrência, os agentes pediram que ele descesse do veículo e levantasse sua camisa, mas ele teria resistido e demonstrado “agitação”. No documento, as autoridades admitem ter usado spray de pimenta e que o imobilizaram dentro do porta-malas da viatura com gás lacrimogêneo, mas afirmam que a causa do óbito foi “possivelmente um mal súbito”. O IML, no entanto, confirmou que Genivaldo morreu por “asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda”.
Segundo o Boletim de Ocorrência obtido pelo site The Intercept, a equipe de motopoliciamento tático fiscalizava a rodovia BR 101, em Umbaúba (SE), quando “visualizou uma motocicleta de placa OUP0J89/SE sendo conduzida por um indivíduo sem capacete de segurança, motivo pelo qual procedeu à sua abordagem”.
– Foi dado o comando para que o condutor desembarcasse da moto e levantasse a camisa, como medida de segurança, no entanto a ordem foi desobedecida, levantando o nível de suspeita. Ato contínuo, determinou-se que o indivíduo colocasse as mãos na cabeça e abrisse as pernas, de modo a possibilitar a busca pessoal, porém esta ordem foi igualmente desobedecida, agravando-se pelo fato de que o abordado a todo momento passava as mãos pela linha de cintura e pelos bolsos – diz o texto.
*Pleno.News