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Professor relata para Oeste pontos que unem os dois conflitos e que podem transformar o cenário com o fim do apoio norte-americano ao governo ucraniano

Donald Trump presidente EUA negociações Rússia
Donald Trump afirmou que negocia o fim da guerra na Ucrânia | Foto: RS/Fotos Públicas

A aliança entre Rússia e Irã no Oriente Médio é um fator determinante que entrelaça a Guerra da Ucrânia aos combates entre Israel e grupos terroristas na região. Ambas as guerras reverberam implicações geopolíticas significativas entre si.


O bloco de interesses, afinal, envolve, de um lado, os da Rússia na busca de aliados e, de outro, os dos Estados Unidos (EUA). Ambos construíram eixos de apoio que vão desde a região do Dnipro, na Ucrânia, a Rafah, em Gaza.

“Oriente Médio e Ucrânia mostram claramente como conflitos possuem múltiplos interesses e níveis de ação acontecendo simultaneamente”, afirma a Oeste Mário Machado da Silva filho, professor e consultor em Relações Internacionais do Instituto Monitor da Democracia.

Principalmente a partir da Guerra Civil do Líbano (1975-1990) a Rússia fortaleceu aliança com a Síria, a fim de ampliar sua influência na região. 

Com o início da Guerra da Síria (2011), a Rússia penetrou com ênfase no país e, com tropas, ajudou a sustentar por mais de 13 anos o regime do ditador Bashar al-Assad.

A Síria abriga a base naval de Tartus, a única instalação militar russa no Mar Mediterrâneo. Tal base é estratégica para a Rússia, ao fornecer acesso ao Mediterrâneo e servir como ponto de apoio para operações navais e projeção de poder na região.

No auge também de ataques terroristas em território sírio (durante a Guerra Síria), o Estado Islâmico e outras facções poderiam municiar insurgências na Chechênia, que luta pela independência em relação à Rússia. O governo russo, com isso, viu mais um motivo para intervir na Síria e combater tais grupos terroristas.

Ao apoiar o governo de Assad, Moscou buscava eliminar essas ameaças que poderiam afetar a segurança nacional russa e a estabilidade regional. Esta postura levou o governo russo a se aproximar do Irã, em função também da presença iraniana na região.

“Pode-se observar o jogo das grandes potenciais EUA e Organização Tratado Atlântico Norte (Otan) buscando conter e dificultar a ação Russa e ao mesmo tempo uma estratégia russa de oferecer assistência e suporte a atores que trabalham para dificultar interesses dos EUA e seus aliados europeus”, observa Silva Filho.

O país persa, para garantir um mínimo de suporte em sua luta pela influência na região, passou, em troca, a ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, na outra ponta desta aliança. O Irã teria fornecido 200 ou mais mísseis balísticos de curto alcance para a Rússia, de acordo com a mídia internacional.

O Irã também, ao mesmo tempo, ajudava na manutenção do governo de Assad, com o objetivo de se colocar próximo à fronteira com Israel. Além disso, armou o grupo terrorista Hezbollah para atuar no Líbano como um de seus representantes.

A preocupação dos EUA era justamente a de evitar que a influência destes países opositores prevaleçam. 

Desta maneira, mantêm alianças com Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, para não se enfraquecer na região. Ao entrar na guerra síria, buscou também combater grupos terroristas locais.

Mas, sobretudo, a presença dos EUA na Síria permitiria influenciar o equilíbrio de poder, especialmente em relação a Rússia e Irã. 

O apoio à Ucrânia, portanto, se tornou, talvez por acaso, uma maneira de minar as forças da Rússia e provocar o enfraquecimento de seus aliados em outras regiões como o Oriente Médio.

Isso acabou ocorrendo de fato, com a ausência de ajuda da Rússia, sobrecarregada em sua frente local, na proteção do governo de Assad na Síria. 

Com o Irã também enfraquecido, devido às respostas de Israel aos seus ataques de 2024, os rebeldes sírios derrubaram a ditadura em 8 de dezembro último.

Desgaste russo na Ucrânia

Com a chegada de Donald Trump ao poder nos EUA, a ideia é justamente desfazer este laço. Trump não quer mais dar apoio à Ucrânia, abrindo o caminho para uma solução satisfatória para a Rússia.

Na campanha à presidência, Trump criticou os fundos norte-americanos direcionados à resistência da Ucrânia. Na última quarta-feira 12, depois de conversar com Putin por telefone, anunciou negociações para o fim da guerra. E garantiu que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky não ficará de fora das conversas.

“A resistência ucraniana alimentada pelo apoio financeiro e de materiais vindos da Europa e EUA tem se mostrado um desafio logístico para a Rússia, fazendo que esse país se valha de materiais bélicos iranianos e da Coreia do Norte”, diz o professor.

Laços fortes no Oriente Médio, porém, parecem não ser a prioridade atual dos russos. Prova disso foi o abandono da defesa de Assad na Síria. E uma postura neutra diante das ameaças de Trump, que já acelerou a libertação de reféns em Gaza, ao grupo terrorista Hamas.

A presença de Trump, em uma relação pragmática com o presidente Vladimir Putin, é bem-vinda para o governo russo neste momento.

Se o conflito com a Ucrânia acabar, de um lado, a Rússia ficaria mais livre para atuar no Oriente Médio. No entanto, a obrigaria a repensar suas ambições. Mais comprometida com os EUA, pensaria duas vezes em desfazer este equilíbrio, para evitar que um novo conflito com a Ucrânia volte a desgastá-la militarmente. Pelo menos neste momento.

Informações Revista Oeste

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