Ministério da Economia informou que vai assumir o controle de empresas com participação estrangeira que abandonaram o país
O governo da Rússia vai tomar o controle e até nacionalizar multinacionais que estão deixando o país devido à invasão da Ucrânia, de acordo com comunicado do Ministério da Economia nesta quinta-feira, 10.
Essa é a primeira resposta do governo à fuga de multinacionais, como Coca-Cola, McDonald’s, Starbucks e Ikea.
O ministério traçou novas políticas para assumir o controle temporário de companhias que estão saindo do país que tenham mais de 25% de participação estrangeira. Os proprietários teriam cinco dias para retomar a atividade ou recorrer a outras opções, como vender sua participação.
De acordo com as propostas, um tribunal de Moscou analisaria pedidos de membros do conselho e outros para trazer gerentes externos. O tribunal poderia então congelar ações de empresas estrangeiras como parte de um esforço para preservar propriedades e funcionários.
O Ministério da Economia disse ainda que as medidas se aplicariam a empresas cuja administração, incluindo acionistas, efetivamente encerrou o controle da atividade em violação às leis russas. As empresas cuja administração deixou a Rússia ou transferiu ativos a partir de 24 de fevereiro também podem estar sujeitas às novas regras.
Ainda de acordo com o ministério, as empresas que passam por aquisições externas podem ser reembaladas e vendidas em leilão após três meses. Os novos proprietários teriam que preservar dois terços dos empregos e manter as empresas funcionando na Rússia por um ano. As medidas, no entanto, ainda não foram aprovadas.
A lista de marcas globais que estão abandonando a Rússia está crescendo a cada dia, à medida que algumas das maiores corporações do mundo, de energia a bens de consumo e eletrônicos, suspendem as operações no país.
O Ministério da Economia sugeriu que suas medidas seriam mais voltadas para o leilão de ativos do que para a nacionalização.
“O projeto visa a incentivar as organizações sob controle estrangeiro a não abandonar suas atividades no território da Federação Russa”, explicou o governo.
Informações Revista Oeste