Cerimônia reunirá poucas pessoas e será conduzida pelo decano de Windsor e pelo arcebispo de Canterbury
A família real britânica se despedirá do príncipe Philip em um funeral em escala reduzida no próximo sábado (17), na Capela de São Jorge no Castelo de Windsor, de acordo com os desejos expressos pelo marido da Rainha Elizabeth II da Inglaterra e as restrições impostas devido à pandemia da Covid-19.
O corpo do Duque de Edimburgo, que morreu nesta sexta-feira (9), aos 99 anos de idade, permanecerá em uma capela na residência real, cerca de 20 milhas a oeste de Londres, até pouco antes das 11h (de Brasília) do próximo sábado (17). Nesse momento, será respeitado um minuto de silêncio, e em seguida iniciada uma cerimônia celebrada pelo decano de Windsor e pelo arcebispo de Canterbury.
As regras para combate ao vírus SARS-CoV-2 na Inglaterra limitam a 30 o número de pessoas que podem participar de funerais. O Palácio de Buckingham adiantou que o príncipe Harry, neto do Duque de Edimburgo, estará entre os parentes presentes na cerimônia, mas não sua esposa, a Duquesa de Sussex, Meghan Markle, que devido a sua gravidez recebeu conselho médico para não viajar dos Estados Unidos.
A família real deve anunciar a lista completa n próxima quinta e o Reino Unido permanecerá em luto oficial até depois do funeral.
PRÍNCIPE CHARLES FAZ HOMENAGEM AO PAI
O príncipe Charles, primeiro na fila ao trono britânico, caminhará atrás do caixão de seu pai no sábado junto com outros membros da família em uma pequena procissão que será realizada dentro dos terrenos do Castelo de Windsor.
O filho primogênito do duque e da rainha, de 72 anos, prestou hoje homenagem ao pai em um comunicado à imprensa fora de sua residência na Highgrove House, no condado inglês de Gloucestershire.
– Como vocês podem imaginar, minha família e eu sentimos uma enorme falta do meu pai. Ele era uma figura muito amada e querida que, posso imaginar, teria ficado profundamente emocionado com o número de pessoas, aqui, ao redor do mundo e na Commonwealth, que compartilham nossa perda e nossa tristeza. Acima de tudo, ele teria ficado surpreso com as reações e as coisas muito comoventes que têm sido ditas sobre ele. Desse ponto de vista, minha família e eu estamos profundamente gratos – declarou o príncipe.
Charles foi um dos membros da família real que visitou o duque no final de fevereiro no hospital londrino em que ele foi internado por quase um mês antes de receber alta, em 16 de março, após ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca.
Uma fotografia do príncipe visivelmente emocionado após essa visita ao Hospital King Edward VII foi amplamente divulgada na mídia britânica.
SALVA DE TIROS DE CANHÕES
Ao meio-dia (local, 8h de Brasília) deste sábado, 41 canhões foram disparados nas quatro capitais das nações do Reino Unido – Londres, Edimburgo, Cardiff e Belfast – em homenagem ao Duque, que serviu na Marinha Real durante a Segunda Guerra Mundial e ocupou o posto cerimonial de Lorde Grande Almirante. As salvas foram replicadas em Gibraltar, assim como a bordo dos navios militares HMS Diamond e HMS Montrose.
– Seu espírito generoso, seu apreço por todos os aspectos do serviço naval e sua profunda compreensão de nossos valores, padrões e ‘ethos’ fizeram dele um grande amigo do serviço por mais de oito décadas – disse o almirante-chefe da Marinha, Tony Radakin.
Pouco antes do início das salvas, a família real britânica transmitiu através de suas redes sociais o extrato de um discurso de Elizabeth II de 1997 – por ocasião das bodas de ouro de seu casamento com Philip – no qual ela explicou a importância do Duque de Edimburgo em sua vida, acompanhado de uma foto dos dois.
– Ele tem sido, muito simplesmente, minha força e meu apoio durante todos estes anos, e eu, toda sua família e este e muitos outros países, lhe devemos mais do que ele jamais reconheceria ou que alguma vez saberemos – disse a rainha naquela ocasião.
*EFE
Informações Pleno News