O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu um empréstimo de quase US$ 5,5 bilhões à Argentina, na sexta-feira 31. Em contrapartida, o órgão cobrou “medidas econômicas mais duras” para o país vencer a inflação de quase 100% ao ano, além de reduzir os níveis de pobreza e de desemprego.
Gita Gopinath, vice-diretora administrativa do FMI, levou em conta a situação dos hermanos, contudo, disse que “será necessário um pacote político mais robusto para salvaguardar a estabilidade e manter o papel de âncora do programa”. A vice-diretora advertiu para o cumprimento da meta de déficit fiscal de 1,9% do Produto Interno Bruno neste ano, vista como “importante”.
O país ainda não quitou a dívida de US$ 45 bilhões com o FMI. O valor foi obtido durante o governo Mauricio Macri, em 2018, na tentativa de tirar o país da situação econômica quase falimentar.
Sob o comando dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner, a pobreza na Argentina alcançou quase 40% em 2022 (cerca de 20 milhões de pessoas). Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), na quinta-feira 30. O órgão portenho equivale ao nosso IBGE.
Conforme o Indec, a taxa de extrema pobreza ficou em pouco mais de 8% — quase 4 milhões de pessoas —, uma queda de 0,7 pontos porcentuais em relação ao primeiro semestre do ano passado. A quantidade, porém, deve aumentar, de acordo com as projeções do órgão.
Os números são um claro sinal de que a inflação de aproximadamente 100% está impactando a sociedade e a economia da Argentina, que deve entrar em recessão em 2023. Neste ano, o povo vai às urnas escolher um novo governo.
Informações Revista Oeste