Há tempos, o centrão, conduzido pelo “cabresto curto” do presidente da Câmara, Arthur Lira, cobiça a cadeira de Nísia Trindade no Ministério da Saúde. Mas o governo Lula (PT), resolveu pagar pela cabeça dela, segundo O Estado de S. Paulo. O “custo da permanência” da chefe da pasta foi alto: R$ 8,2 bilhões.
Esse foi o valor que o Ministério da Saúde concordou em distribuir a Estados e municípios, em 2023. De acordo com o Estadão, alguns dos beneficiados não tinham sequer capacidade material para dispor desses recursos milionários.
O jornal avalia que os repasses indicam uma mudança por parte de Nísia. Mesmo com sua biografia “impecável”, a ministra já entendeu como a banda toca em Brasília e “resolveu dançar conforme a música”. “Uma lástima”, lamenta a publicação.
Para o Estadão, nada haveria de errado se os R$ 8,2 bilhões pudessem ser auditados de forma técnica e transparente. “Mas o processo de liberação dessa dinheirama foi montado de forma a servir a um propósito político-eleitoral, não para cuidar da saúde das pessoas”, denuncia o texto.
Segundo o veículo, boa parte dos recursos foi enviada a Estados e municípios como “repasses emergenciais”. Resultado: em 651 cidades, o valor recebido extrapolou o teto fixado pelo Ministério da Saúde; em 20 delas, em mais de 1.000%.
Nísia Trindade jura de pés juntos que todo o trâmite de repasse da verba pública ocorreu conforme com a lei. “Porém, não há como justificar por que algumas cidades pediram recursos emergenciais à União e não receberam nada, enquanto outras receberam muito mais do que poderiam gastar”, avaliou O Estado de S. Paulo.
Para o jornal, “não é coincidência” o fato de Alagoas, Estado de Lira, ter sido o mais beneficiado pelos repasses da Saúde, com R$ 166,5 milhões (além de outros R$ 103 milhões apenas para a capital, Maceió, reduto eleitoral do presidente da Câmara).
A publicação pergunta: “Onde foi parar todo esse dinheiro?”. Mas só governadores, prefeitos e os padrinhos desses repasses no Congresso e no governo podem dizer.
Informações Revista Oeste