O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, do Vitória protagonizou cenas lamentáveis na última quarta-feira (26), na partida contra o Ceará. Ele invadiu o gramado, assistiu a partida à beira do campo, tirou satisfação com a arbitragem e ainda ameaçou o meia Vina, do Vozão. Nesta sexta (28), o cartola emitiu um comunicado e tentou se justificar. De acordo com ele, tudo foi feito para chamar a “atenção da comunidade esportiva” sobre falhas dos profissionais do apito. Além disso, ele diz entediado com o “politicamente correto” e os “arautos da ética”.
“De antemão, queremos dizer que estamos totalmente entediados com os politicamente corretos, os supostos arautos da ética e da moralidade. Só nós conhecemos a nossa história e o que temos passado ao longo dos últimos anos. (…) Não sei se atingimos o nosso objetivo, mas precisávamos chamar a atenção da comunidade esportiva brasileira dos prejuízos que temos experimentado com as graves falhas de arbitragem dos jogos contra o Náutico, anulação de um gol absolutamente legal de Léo Ceará; O pênalti, marcado irregularmente contra o CRB, falta fora da área e a “lambança” feita pelo árbitro Paulo Roberto Alves Júnior no jogo contra o Ceará que decidia uma importante passagem de fase, com premiação milionária”, diz trecho da nota.
No ano passado, Paulo Carneiro revelou ser contra o árbitro de vídeo, em entrevista para a TV Câmara Salvador, pois gosta de “gol roubado” . Agora, ele utiliza outro discurso e fala em ser adepto do jogo limpo e da vitória justa.
“A partida de anteontem era de fundamental importância, não só para as pretensões desportivas, bem como para o reequilíbrio financeiro do clube, motivação dos atletas e dos funcionários. A arbitragem confusa, ruim e incompetente transformou negativamente a partida como um todo, prejudicando sobremaneira as nossas pretensões. Mexeram com nossa esperança, com nossos atletas, com a nossa razão. O ato da Presidência foi humano, dentro dos parâmetros que até a Lei Penal compreende (violenta emoção)”, aponta Paulo Carneiro, em outro trecho da nota.
O cartola rubro-negro ainda falou sobre as motivações em ter ameaçado o meia Vina, que defendeu o Bahia e foi pivô de uma briga no Barradão durante um Ba-Vi em 2018.
“Quanto ao Atleta Vinícius, precisávamos estabelecer um limite de comportamento para que ele respeite a nossa Instituição. Há dois anos esse atleta, se é que podemos chamá-lo assim, vem sendo pivô de uma série de manifestações que passaram por declarações contra as torcedoras rubro-negras, provocações e gestos obscenos. Em 2018, foi protagonista de uma briga generalizada com nove expulsões, cuja causa foi gestos obscenos contra a nossa torcida. E repetiu em outras partidas com o mesmo gesto desrespeitoso”, disse o mandatário do Leão.