Os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediram na quinta-feira, 18, que a Suprema Corte norte-americana coloque um fim rápido e decisivo aos esforços para expulsá-lo das eleições presidenciais de 2024. O republicano deseja concorrer mais uma vez à Casa Branca e venceu as primárias da legenda no Estado de Iowa.
Em um documento escrito, os advogados de Trump pediram ao tribunal que revertesse uma decisão inédita do Supremo Tribunal do Colorado, que dizia que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas do Estado devido ao seu suposto papel nos eventos que culminaram nos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
A audiência está marcada para o dia 8 de fevereiro em um caso que ambos os lados apontam que precisa ser resolvido logo para que os eleitores saibam se Trump, o favorito a nomeação republicana, poderá voltar a ocupar a Presidência dos EUA.
O tribunal está lidando com o caso dentro de um prazo reduzido que poderia produzir uma decisão antes da “Superterça”, em 5 de março. A data marca o dia quando o maior número de delegados estará em disputa, inclusive no Colorado.
O caso apresenta ao tribunal superior a sua primeira análise de uma disposição da 14ª Emenda, que proíbe pessoas que “se envolveram em insurreição” de ocupar cargos públicos. A emenda foi adotada em 1868, depois da Guerra Civil Norte-Americana.
Os advogados do ex-presidente afirmam que os “esforços para manter Trump fora das urnas ameaçam privar milhões de norte-americanos e prometem desencadear o caos e a confusão se outros tribunais e autoridades estaduais seguirem o exemplo do Colorado e excluírem o provável candidato presidencial republicano de suas cédulas”.
Membros republicanos do Congresso, procuradores-gerais e líderes legislativos republicanos em 27 Estados, e três ex-procuradores-gerais dos EUA, incluindo um que serviu a administração do republicano, estão entre aqueles que contribuíram para apoiar Trump no caso do Colorado.
A Suprema Corte do Colorado, por 4 votos a 3, decidiu no mês passado que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas.
Trump está apelando separadamente para o tribunal estadual de uma decisão da secretária de Estado democrata do Maine, Shenna Bellows, de que ele é inelegível para comparecer às urnas no Estado por causa de seu papel no ataque ao Capitólio. As decisões da Suprema Corte do Colorado e da secretária de Estado do Maine estão suspensas até que os recursos sejam encerrados.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump venceu o primeiro teste para nomeação pelo partido Republicano na corrida à Casa Branca. A disputa interna entre os pré-candidatos começou nesta segunda-feira, 15, com o caucusde Iowa. O republicano conseguiu 51% dos votos, o que lhe rendem 20 delegados para convenção nacional republicana.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, que ficou bastante distante de Trump na disputa, terminou o pleito com 21% dos votos, em segundo lugar. A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, ficou em terceiro lugar, com 19%.
A vantagem inédita de Trump para o segundo colocado, com 30 pontos porcentuais e mais de 50% da preferência do eleitorado republicano no Estado, indicam o tamanho da vitória. Ele venceu em todos os condados, dos mais rurais e religiosos às cidades maiores. Nunca uma vitória foi tão ampla em Iowa, o que dá ao ex-presidente fôlego para a próxima disputa em New Hampshire.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da agência de notícias Associated Press