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Enquanto mais de 2 mil bilionários se acotovelam sobre suas fortunas para saber quem é a pessoa mais rica do planeta, um norte-americano fã de escaladas resolveu abrir mão de sua fortuna e se destacou por fazer o caminho oposto: deixar a lista de super-ricos da Forbes de 2023.
Yvon Chouinard, que até setembro do ano passado tinha um “bilionário” sempre cravado ao lado de seu nome, resolveu doar para um fundo de caridade a Patagonia, sua marca de roupas esportivas para atividades ao ar livre.
Nasceu em 1938, no Maine (EUA), em uma família simples. Seu pai era mecânico, encanador e “faz-tudo” em obras da cidade de Lewiston.
Fã de escaladas, ele resolveu fazer seu próprio equipamento e vestes. Era uma forma de economizar dinheiro, aprender a manufaturar as peças e ter seu próprio negócio.
Escalou em alto nível, fazendo parte da geração de ouro de alpinistas do parque nacional Yosemite (EUA). O local é um dos mais famosos entre montanhistas nos EUA. Aparece em documentários como “Valley Uprising”.
Com o desenvolvimento de seu próprio material, na década de 1970, ele fundou a Patagonia. O negócio chegou a ser avaliado em em US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,5 bilhões). Ele diz que sempre teve entre suas preocupações o meio ambiente.
Chouinard tinha a fortuna pessoal avaliada em US$ 1,2 bilhão. Ele reclamava disso.
Eu estava na lista da Forbes como um bilionário, o que me me deixava puto. Eu não tenho 1 bilhão no banco, eu não dirijo carros da Lexus.none
Yvon Chouinard já havia definido que qualquer lucro não reinvestido na administração do negócio seria voltado à luta contra o aquecimento global. Isso equivaleria a US$ 100 milhões (mais de R$ 500 milhões) por ano, segundo a BBC. No entanto, em setembro do ano passado ele anunciou a doação da Patagonia.
Apesar de sua imensidão, os recursos da Terra não são infinitos, e está claro que ultrapassamos seus limites. Em vez de extrair valor da natureza e transformar isso em riqueza, estamos usando a riqueza que a Patagonia cria para proteger a fonte.
Yvon Chouinard, segundo a BBCnone
O norte-americano disse à época que considerou vender a Patagonia e doar o dinheiro para caridade, ou abrir o capital da empresa. No entanto, considerou que ambas as opções fariam com que se perdesse o controle da empresa.
Mesmo empresas públicas com boas intenções estão sob muita pressão para gerar ganhos de curto prazo em detrimento da vitalidade e responsabilidade de longo prazo.
Yvon Chouinardnone
Antes da fama, o ex-bilionário já viveu em seu carro, comendo comida de gatos por cinco centavos de dólar e buscando tíquetes no lixo. Ele também caçava esquilos para se alimentar em excursões para escalar.
Mesmo rico, preferiu uma vida simples: sem celular e computador e dirigindo um carro simples, da Subaru.
A Patagonia ficou famosa após publicar anúncio nas mídias pedindo que as pessoas não comprassem seus produtos.
A antipropaganda vinha com a frase “Don’t Buy This Jacket” (“Não compre esta jaqueta”). A ideia era mostrar que o consumo exagerado é um dos vetores da destruição do planeta.
Após denúncias de maus tratos a ovelhas em 2005, a empresa trocou de fornecedores de lã na Austrália e Argentina e criou um sistema para rastrear o produto e evitar esses casos.
Em 1994, foi a primeira empresa dos Estados Unidos a vender vestimentas feitas totalmente de material reciclável —era mais caro produzi-las, mas o crescente interesse ambiental dos jovens fez a demanda aumentar e os custos foram reduzidos.
Desde 2005, a marca aceita roupas usadas de seus clientes como parte do pagamento por novos produtos.
Chouinard não foge da polêmica para defender a natureza. Nas eleições dos EUA, lançou uma série de calças com a etiqueta: “Vote the Assholes Out” (“tire os babacas do poder”).
Informações UOL