O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (7) sua intenção de construir “relações” com a Coreia do Norte e o líder do país asiático, Kim Jong-un, com quem já teve um bom relacionamento durante seu primeiro mandato.
– Teremos relações com a Coreia do Norte e com Kim Jong-un. Eu me dei muito bem com ele. Acho que evitei uma guerra – disse Trump em uma entrevista coletiva na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba.
O republicano disse que se dá bem com Kim.
– Acho que é uma grande vantagem para todos o fato de eu ter me dado bem com ele. Eu gosto dele, quero dizer, eu me dou bem com ele, ele se dá bem comigo. E isso é uma coisa boa, não é uma coisa ruim – acrescentou Trump, citando o primeiro período em que governou os EUA (entre 2017 e 2021), no qual teve reuniões com Kim.
Ele também garantiu que “o Japão gosta da ideia, porque a relação não é muito boa” com Kim Jong-un, e os Estados Unidos poderiam mediá-la.
– Acho que isso é um tremendo trunfo para o mundo, não apenas para os Estados Unidos – acrescentou.
Por sua vez, o primeiro-ministro japonês respondeu que o relacionamento entre Washington e Pyongyang deve ser “determinado pelos Estados Unidos” e que isso não é algo que o Japão “pediria” a Trump para fazer.
Ishiba acrescentou que as reuniões de Trump com Kim Jong-un no Vietnã e em Singapura foram “muito positivas”. Ele também destacou que “seria ótimo” se Trump pudesse “avançar na resolução dos problemas com a Coreia do Norte”, incluindo a desnuclearização.
Durante seu primeiro mandato, Trump seguiu uma estratégia de aproximação com o ditador norte-coreano, com quem disse ter trocado “cartas de amor”. Os dois tiveram três encontros históricos entre 2018 e 2019 – em Singapura, Vietnã e na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias.
No entanto, as negociações foram paralisadas e não resultaram em um progresso significativo na desnuclearização da Coreia do Norte.
*EFE