Alguns resultados, inclusive, ‘precisam’ ser entregues ainda este ano
O governo dos EUA fez nesta segunda-feira (29) pressão pública sobre o Brasil e cobrou compromisso claro no combate ao desmatamento ilegal no país. Segundo um oficial do Departamento de Estado dos EUA, esta manifestação teria que acontecer “o mais rápido possível”.
Os EUA pedem que o Brasil zere a prática até 2030, com fiscalização e punições ambientais mais rígidas e resultados apresentados ainda neste ano.
– Queremos ver medidas tangíveis para aumentar a fiscalização contra o desmatamento ilegal. Um sinal político de que o desmatamento ilegal não será mais tolerado. Queremos ver uma queda real este ano, sem esperar cinco ou dez anos – disse o oficial.
Segundo o oficial norte-americano, os dois países têm mantido conversas e os americanos atuam para convencer o Brasil a adotar metas mais ambiciosas em relação à meta de zerar as suas emissões de carbono. Ao longo da conversa com jornalistas, o representante tentou amenizar o tom da cobrança ao dizer que o governo americano não está “impondo” parâmetros ao brasileiro.
– Nós não falamos que “esse é número para esse ano” (em relação aos índices desejados de redução do desmatamento), mas nós temos uma visão muito forte de que esse não é um programa no qual não se faz nada por uma década e, de repente, em 2030, faz tudo. Assim não vai funcionar – afirmou.
– Ao mesmo tempo, gostaríamos de ver alguma pressão em termos de como aqueles que estão desmatando são tratados, há certas penalidades que gostaríamos de ver aplicadas […] Não estamos dizendo como o Brasil precisa agir. Essa é, claro, uma decisão soberana, mas nos parece que há medidas que precisam ser tomadas – declarou.
Países como os Estados Unidos e integrantes do continente europeu têm intensificado suas conversas com o Brasil nos últimos meses por conta da proximidade com a Conferência do Clima das Nações Unidas que será realizada em novembro deste ano em Glasgow, no Reino Unido. A meta anunciada pelo governo por conta do Acordo de Paris é zerar suas emissões de carbono até 2060.
Informações Pleno News