Os deputados federais que aprovaram o fim das coligações na eleição proporcional (para preencher cadeiras no Poder Legislativo) devem “sentir na pele” o que estão enfrentando vereadores que, embora tenham sido muito bem votados, perderam a vaga para candidatos que obtiveram metade da quantidade de votos, no último pleito. A avaliação é do vereador Isaías de Diogo (MDB), que debateu o assunto com o colega Lulinha (DEM), igualmente prejudicado.
Ambos são contrários à mudança das normas em 2022, quando acontece nova eleição, desta feita para o mandato de deputado estadual e federal, além de senador, governador e presidente da República. Deputados já estão em ação para retornar as coligações, receosos de que aconteça com eles o que se verificou com candidatos a vereador em todo o país.
“Os vereadores foram feitos de bode expiatório. Não deu certo com a gente, então querem mudar. Essa emenda (a Emenda Constitucional nº 97/2017 acabou com as coligações, obrigando cada partido a ter sua chapa) gerou grande prejuízo para muitos candidatos”, diz Lulinha, que obteve 3.920 votos (há candidato que se elegeu com menos da metade dessa votação), mas ficou de fora. Sem a emenda que vigorou na eleição passada, diz ele, vários não conseguiriam se eleger. Ele defende a eleição dos 21 mais votados.