A pesquisadora Michele Prado anunciou que foi desligada nesta segunda-feira (13) do grupo de pesquisa do qual fazia parte na Universidade de São Paulo (USP), após desmentir uma informação falsa repassada pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
Em seu perfil no X, ela também denunciou uma milícia digital criada pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.
De acordo com Michele, Daniela Lima divulgou por conta própria a informação, que segundo a pesquisadora é falsa, de que “31% dos discursos de sentimento antigovernamentais e anti-institucionais (críticas a governo e instituições) eram desinformação”. Segundo a pesquisadora, o grupo do qual ela fazia parte sequer classificou esse dado.
Michele declarou então que, após corrigir a jornalista, ela chegou a ser insultada e sofrer assédio moral por parte de Daniela. Após o fato, a pesquisadora informou que foi desligada do grupo da USP.
DENÚNCIA CONTRA JANJA
Em outra postagem na rede social X, a pesquisadora também divulgou ainda uma grave denúncia sobre a primeira-dama Janja, que, segundo ela, teria criado uma “milícia digital” que estaria manipulando a opinião pública.
– Recomendo cuidado e atenção com a milícia digital criada pela primeira-dama, pois é um gabinete de ódio muito mais nocivo, virulento e preocupante, pois pauta o debate público, a imprensa e o governo. E estão manipulando a opinião pública como bem desejam – escreveu.
Diante da repercussão das postagens da pesquisadora, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou que entrará com um requerimento para que Michele seja ouvida na Câmara.
– Entrarei com um requerimento na comissão de comunicação, para convidar a jornalista Michele Prado, para prestar esclarecimentos sobre suas alegações de: milícia digital criada pela primeira-dama; gabinete do ódio; e manipulação da opinião pública realizada por meios de comunicação. É de máxima importância ouvir e trazer luz a essas denúncias – declarou.
*Pleno.News
Foto: Claudio Kbene/PR