A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira (8) que a suposta minuta de um decreto de estado de sítio encontrada na sala do ex-chefe do Executivo no edifício do Partido Liberal (PL), em Brasília (DF), foi enviada a ele pela própria defesa, em outubro do ano passado. O documento, segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, já fazia parte da investigação “há tempos”.
Em uma nota, a defesa do ex-presidente ressaltou que possíveis minutas já integravam a investigação da Polícia Federal desde que o celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente coronel Mauro Cid, foi apreendido. Além disso, os advogados lembraram que o conteúdo do documento já tinha sido “largamente noticiado” pela imprensa.
– Trata-se, portanto, de documento que já integrava a investigação há tempos e cujo acesso foi dado ao ex-presidente por seu advogado, vez que, repita-se, desconhecia, até então, sua existência e conteúdo – destacaram os advogados.
Em um vídeo divulgado nesta quinta, o advogado Paulo Cunha Bueno reforçou o conteúdo da nota e disse ter enviado o arquivo ao ex-chefe do Executivo no dia 18 de outubro do ano passado, por meio de um aplicativo de mensagens. Bolsonaro, por sua vez, teria feito a impressão do arquivo para “facilitar a leitura do texto”, pois não seria “adepto” a ler em telas pequenas de celular.
– Referido documento não se tratava e não vinculava o ex-presidente de forma alguma a um golpe de Estado. Tratava-se sim de uma minuta que se encontrava armazenada no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e que, por ocasião de sua prisão, havida em maio do ano passado, foi objeto de apreensão – completou Bueno.
*Pleno.News
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