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A Amazônia, um dos biomas mais importantes do Brasil, tem enfrentado um cenário crítico devido ao aumento das queimadas e incêndios florestais em 2024. Esta situação reflete um desafio significativo para a região e para o mundo, uma vez que a Amazônia desempenha um papel vital na regulação do clima global.
Francisco Wataru Sakaguchi, agricultor de Tomé-Açu, compartilhou suas experiências ao tentar proteger sua propriedade das chamas. Embora tenha tido sucesso em seu esforço, muitos ao seu redor perderam tudo. Este ano, a Amazônia registrou o maior número de focos de calor dos últimos 17 anos, mostrando um aumento alarmante em comparação com 2023.
Em 2024, foram identificados 137.538 focos de calor na Amazônia, marcando um crescimento de 43% em relação ao ano anterior. Este aumento se deve a fatores climáticos e à ação humana. Mudanças no clima, como temperaturas mais altas e baixa umidade, tornaram a vegetação mais suscetível ao fogo. Além disso, práticas ilegais de desmatamento continuam a contribuir para a situação.
O Pará, que predomina no bioma amazônico, lidera entre os estados brasileiros em focos de calor. Cidades como São Félix do Xingu e Altamira foram severamente impactadas, comprometendo a qualidade do ar em diversas áreas. O uso indiscriminado do fogo para limpeza de terreno agrícola e pecuário amplia o problema.
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A Floresta Amazônica, por sua natureza úmida, não está adaptada para resistir ao fogo, o que a torna ainda mais vulnerável quando comparada a outros biomas como o Cerrado. Enquanto o Cerrado desenvolveu mecanismos de resiliência, a Amazônia sofre enormes perdas de biodiversidade e estrutura a cada incêndio.
Francisco Sakaguchi, juntamente com sua comunidade, adotou métodos sustentáveis para medir a umidade do ar e adaptar suas práticas agrícolas. Entretanto, a devastação causada pelas queimadas evidencia a necessidade de uma resposta coordenada para mitigar os danos.
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Para combater este aumento alarmante de queimadas, o estado do Pará intensificou seus esforços. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) implementou a mobilização de uma força-tarefa composta por bombeiros, novas viaturas e aeronaves para agir rapidamente diante dos incêndios.
O trabalho das brigadas voluntárias, como a de Alter do Chão, é crucial na luta contra os incêndios. Formadas por moradores locais, essas brigadas oferecem uma resposta rápida e engajada nos momentos críticos. As ações visam não apenas combater o fogo, mas também conscientizar sobre a importância da preservação ambiental.
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Daniel Gutierrez, membro da brigada, sublinha que a maioria dos incêndios são fruto da ação humana, destacando a necessidade de investigações mais sérias para punir os responsáveis e desestimular novas ocorrências.
Os eventos climáticos extremos de 2024 levantam preocupações sobre o que o futuro reserva para a Amazônia. Com estratégias adequadas e a cooperação entre governos e comunidades, há esperança de reverter o quadro atual. Entretanto, um esforço global coeso é essencial para abordar esta questão que ultrapassa fronteiras regionais.
Informações TBN