A Coreia do Norte reconheceu nesta quinta-feira (12) seu primeiro surto de Covid-19 desde o início da pandemia e declarou uma “grave emergência nacional”, o que levou Kim Jong Un a ordenar o confinamento em todo o país.
Até agora, a empobrecida nação — mas com armamento nuclear — não havia admitido nenhum caso de Covid-19. O país decretou no início de 2020 um bloqueio severo contra o exterior, o que derrubou sua economia e comércio.
A agência oficial de notícias KCNA informou que as amostras coletadas de vários pacientes doentes com febre em Pyongyang no domingo (8) eram “consistentes” com a altamente contagiosa variante Ômicron do coronavírus.
De acordo com a agência, o líder norte-coreano Kim Jong Un convocou uma reunião de emergência de seu gabinete político e anunciou que implementaria um sistema de controle do vírus de “emergência máxima” com o objetivo de “eliminar a raiz no menor tempo possível”.
Kim “ordenou a todas as cidades e municípios do país que adotem o confinamento cuidadoso em suas áreas”, afirmou a KCNA. Fábricas, estabelecimentos comerciais e residências devem permanecer fechados e reorganizados para “bloquear de maneira impecável a propagação do vírus maligno”, insistiu a agência estatal.
Kim “garantiu que, devido ao alto nível de conscientização política da população, (…) superaremos com toda segurança a emergência e teremos êxito com o plano de quarentena de emergência”, acrescentou.
O comunicado pouco transparente não revela quantos casos foram detectados no país.
“Para que Pyongyang admita publicamente casos de Ômicron, a situação de saúde pública deve ser grave”, disse o professor Leif-Eric Easley, da Universidade Ewha de Seul.
“Pyongyang provavelmente vai insistir com os confinamentos, apesar do fracasso da estratégia de Covid zero da China sugerir que essa abordagem não funciona com a variante Ômicron”, acrescentou.
Informações Terra Brasil Noticias