A China mobilizou 19 aviões militares, incluindo caças Su-30, e navios de guerra em uma “patrulha de combate” ao redor de Taiwan neste domingo, 27. O Ministério da Defesa de Taiwan informou que as aeronaves sobrevoaram o espaço aéreo ao norte, centro, sudoeste e leste da ilha.
Pequim reivindica Taiwan como parte de seu território. “O Exército taiwanês acompanhou de perto a situação por meio de sistemas conjuntos de inteligência, vigilância e reconhecimento, e deslocou aviões, navios de guerra e sistemas de mísseis terrestres como resposta adequada”, declarou o ministério.
No sábado 26, a China criticou o recente envio de armas dos Estados Unidos para Taipé. Pequim ameaçou tomar “todas as medidas necessárias” para defender a soberania sobre o território que considera seu.
O pacote aprovado pelos Estados Unidos na sexta-feira 25, é avaliado em US$ 2 bilhões. Inclui sistemas avançados de mísseis de defesa aérea e radares, gerando descontentamento em Pequim.
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a venda “viola gravemente a soberania e os interesses de segurança da China, prejudica as relações entre China e EUA e ameaça a paz e a estabilidade” no estreito de Taiwan.
Embora os EUA não reconheçam oficialmente Taiwan em nível diplomático, são o principal fornecedor de armas para a ilha, causando tensão com Pequim.
“Em face das ameaças da China, Taiwan tem o dever de proteger sua pátria e continuará a demonstrar sua determinação em se defender”, declarou a chancelaria taiwanesa no sábado, justificando o pacote de armas.
Nos últimos cinco anos, Pequim intensificou atividades militares ao redor de Taiwan, incluindo o envio frequente de aviões, drones e navios de guerra.
Duas semanas atrás, as Forças Armadas chinesas simularam um cerco militar a Taiwan depois de o presidente Lai Ching-te afirmar em um discurso anual que não há relação de subordinação entre Pequim e Taipé.
Informações Revista Oeste