Três pessoas que estiveram em uma festa em uma fazenda de Campinas morreram após contrair a doença, transmitida por um carrapato.
Febre maculosa: entenda o que é e quais os sintomas da doença
A morte de três pessoas por febre maculosa nos últimos dias chamou a atenção para os riscos da doença, transmitida por um carrapato.
A dentista Mariana Giordano (36 anos), o namorado dela, Douglas Costa (42), e uma jovem de 28 anos ficaram doentes após irem a uma mesma festa, que reuniu 3,5 mil pessoas em uma fazenda em Campinas. A morte de uma adolescente de 16 anos que também esteve no evento e teve os mesmos sintomas está sob investigação.
Mas, afinal, quais são os sintomas da doença? Entenda este e os tópicos abaixo ao longo da reportagem:
A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial. Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são:
O ministério ressalta que, além dos sintomas acima, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
A febre maculosa é transmitida principalmente pelo carrapato-estrela, segundo o infectologista Marco Aurélio Cunha de Freitas, entrevistado pelo g1. No entanto, a transmissão também pode ocorrer por meio de outro carrapato, desde que esteja infectado com uma bactéria chamada de Rickettsia Rickettsii e em uma região endêmica de febre maculosa (leia mais abaixo sobre áreas endêmicas).
A doença não é contagiosa, o que significa que ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.
O médico diz que a transmissão ocorre geralmente entre 6 a 12 horas depois que o carrapato está na pessoa. Marco Aurélio ressalta que, além de tentar se proteger do parasita, deve se ter atenção redobrada ao chegar em casa e na hora do banho.
“Procurar o carrapato para tirar o mais rápido possível. Se tirar ele muito rápido, não tem perigo. Também tirar o carrapato da maneira correta, não puxar ele de uma forma que você vai fazer ele depositar todo material sanguíneo que ele chupou da gente, se não vai mais bactéria. Pegar ele pelo aparelho bucal dele com uma pinça, tirar e não ficar mexendo. Matar ele no álcool, jogar fora na privada e só.”
O infectologista explica que a pessoa pode seguir algumas orientações para evitar o contato com o carrapato quando estiver em um local de contágio, como fazer o uso de calças compridas.
“De preferência passar um elástico na calça para que o carrapato não entre. Usar roupa clara porque, se ele começar a subir em você, você identifica rápido. Depois que passou por aquela área, fazer a procura em você. Se tem carrapato, tirar ele logo. Quanto mais rápido tirar, menores são as chances da doença.”
Existem no Brasil dois perfis ecoepidemiológicos associados às bactérias e eles se concentram no Sudeste e Sul, principalmente. Por isso, é raro o registro de caso/óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Como prevenir a febre maculosa
O tratamento é realizado com antibiótico específico, segundo o Ministério da Saúde. Para isso, é necessário que se busque atedimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Em alguns casos pode ser necessário internação. A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso, levando à morte. E a recomendação para o uso do antibiótico é feita mesmo antes de sair o resultado do teste da doença.
753 pessoas morreram por febre maculosa no Brasil entre os anos de 2012 e 2022. Os dados do Ministério da Saúde apontam que o país teve 2.157 casos confirmados ao longo de 10 anos, 36% deles registrados em São Paulo. Considerando apenas as mortes, municípios paulistas concentraram 62% do total (467 óbitos).
Informações G1
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Quando parte do mundo dos negócios passou a ser remoto em todo o mundo, um bom número de pessoas elegeu as cafeterias como endereço profissional. Custo relativamente baixo, internet e banheiro disponíveis, além do acesso fácil a uma boa xícara de café eram a combinação perfeita para garantir um bom dia de trabalho.
A relação entre produtividade e essa bebida decorre de um de seus componentes, a cafeína. Considerada um estimulante do sistema nervoso central (SNC), ela combate a sonolência e ainda mantém o estado de alerta necessário para dar conta das múltiplas demandas diárias.
O café é a fonte mais consumida de cafeína, mas ela pode ser encontrada no chá-verde, na erva-mate, no guaraná, além do cacau.
O consumo moderado de café é seguro para a maioria das pessoas, e seus benefícios nutricionais permitem que ele integre o cardápio de quem deseja ter um estilo de vida saudável.
A ingestão não deve exceder a 400 mg de cafeína ao dia para adultos.
A concentração da cafeína varia a depender da qualidade do café. Para se ter uma ideia, uma xícara de café espresso (de 35 ml a 50 ml) pode conter de 58 mg a 76 mg da substância.
Crianças e adolescentes devem evitar seu consumo.
É sugerido que grávidas e lactantes limitem a ingestão a um máximo de 200 mg ao dia. A orientação é da ACOG (sigla em inglês para o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia).
Exagerar nas doses pode aumentar as chances de efeitos adversos imediatos como taquicardia, palpitações, inquietação, nervosismo; tremor, dor de cabeça, dor abdominal e náusea.
Tais situações costumam ser mais frequentes se você se encaixar em algum dos seguintes quadros:
Já no longo prazo podem aparecer outras manifestações negativas. Confira algumas delas:
Um dos efeitos buscados pelo café é manter-se alerta, mesmo quando chega a hora do descanso. Exagerar nas doses, especialmente quando se é mais sensível à cafeína, pode resultar na diminuição do tempo total do sono e sua eficiência, assim como a percepção de sua qualidade.
Noites de insônia podem prejudicar a saúde de todo o organismo, inclusive a mental.
Para quem é muito suscetível e deseja garantir noites bem dormidas, o ideal é abster-se dele. Mas limitar o consumo de cafeína até as 16h já ajuda a melhorar a qualidade do sono, especialmente entre idosos.
Muita cafeína pode potencializar sintomas entre indivíduos mais sensíveis com transtorno de ansiedade, quadros como ataque de pânico e ansiedade social, bem como transtorno bipolar. Os cientistas já observaram que esses grupos parecem ser mais vulneráveis aos efeitos negativos do café.
As manifestações tendem a acontecer após doses únicas superiores a 200 mg, ou maiores que 400 mg/dia.
No transtorno de ansiedade, rever a dieta pode ser útil para controlar ou aliviar os sintomas.
Alguns medicamentos cujos efeitos colaterais são a ansiedade podem ter esses efeitos potencializados pela interação com altas doses de cafeína. São exemplos o metilfenidato, a modafinila e a lisdexanfetamina.
A cafeína poder ultrapassar a placenta. Além disso, a sua lenta metabolização entre mulheres grávidas —ela pode durar entre 8 a 10 horas— pede maior cautela no consumo de café.
Até o momento, os resultados dos estudos científicos indicam que os efeitos colaterais parecem ser dose-dependentes, ou seja, quanto mais café, maior o risco de eventos adversos.
Altos níveis de cafeína circulando no organismo da gestante podem levar à redução do peso do bebê e interrupção espontânea da gravidez. Como ainda não está totalmente estabelecida a relação de causa e efeito nesses casos, prevalece a orientação de limitar a cafeína a um máximo de 200 mg/dia.
Quem tem o hábito de consumir muita cafeína e para de uma vez pode ter como efeito imediato sintomas de abstinência.
Os especialistas consultados sugerem que quando o prazer de tomar café é substituído pela sua dependência, a ponto de a sua retirada desencadear esse tipo de reação, é preciso reavaliar as escolhas dietéticas, priorizando as que melhoram a qualidade de vida.
Confira os sintomas mais comuns que, em geral, passam em 1 a 2 dias:
Cada pessoa metaboliza a cafeína de modo diferente, o que é determinado geneticamente. A depender de como isso acontece, a absorção poderá ser mais ou menos lenta e seus efeitos poderão ser sentidos por maior ou menor tempo.
Ao tomar 1 xícara de café, a cafeína é absorvida rapidamente. Os efeitos estimulantes já podem ser sentidos depois de 15 a 30 minutos e podem durar horas.
O tempo que cada organismo gasta para se livrar dela depende também de fatores como idade, peso, gestação, uso de medicamentos e saúde hepática.
Em adultos saudáveis, esse tempo pode ser de 2 até 6 horas.
A cafeína é uma das substâncias mais pesquisadas entre os cientistas porque, além de atuar no SNC, ela é capaz de agir nos principais sistemas do organismo.
Os benefícios da substância são bastante conhecidos, mas as evidências científicas não são suficientes para que ela seja recomendada para prevenir doenças.
Além da cafeína, o café possui centenas de outros fitoquímicos bioativos (polifenois, alcaloides e melanoidinas, etc.), que se formam após a tostagem, bem como minerais como magnésio, potássio e vitamina B3 (niacina).
Esses componentes, juntos, podem reduzir o estresse oxidativo, e ainda melhorar os níveis na glicose e no metabolismo das gorduras.
O estresse oxidativo aparece quando os antioxidantes naturais do corpo não conseguem proteger as células dos danos causados pelos radicais livres.
Como a cafeína bloqueia a depressão do SNC, ao consumi-la junto a bebidas alcoólicas ou outros estimulantes, você sente que pode beber muito mais do que deveria. A sugestão dos especialistas é evitar essa combinação.
Fontes: Fábio Gomes de Matos, psiquiatra e professor titular de psiquiatria da UFC (Universidade Federal do Ceará), integra o corpo clínico do HUWC (Hospital Universitário Walter Cantídio), da mesma instituição e integra a rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Graziele Maria da Silva, nutricionista clínica com mestrado e doutorado (ciências da nutrição e do esporte e metabolismo) pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e pós-graduada em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Gustavo Câmara Landim, médico residente de psiquiatra do HUWC-UFC; Leonardo Valente, neurologista e professor do curso de medicina da PUC-PR; Luisa Weber Bisol, psiquiatra e professora adjunta da UFC; e Octávio Marques Pontes-Neto, neurologista e docente do Departamento de Neurociência e Ciências do Comportamento da FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo). Revisão técnica: Graziele Maria da Silva e Fábio Gomes de Matos.
Referências:
O pênis é um órgão complexo que tem entre as principais funções ajudar na eliminação da urina e na reprodução humana em pessoas que nasceram biologicamente no sexo masculino.
Apesar de sua importância, geralmente, os cuidados com a saúde do membro são negligenciados, o que pode contribuir para problemas sérios, como o câncer de pênis.
Em casos mais graves, a doença provoca a necessidade de amputação. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Ministério da Saúde, no país foram realizadas 459 amputações em 2022.
No entanto, a situação poderia ser evitada com algumas atitudes simples do dia a dia, principalmente de higiene. A seguir, veja algumas formas de manter a saúde do pênis.
O ideal é realizar a higienização adequada do pênis pelo menos duas vezes ao dia com água e sabão. Durante o banho, para limpar o órgão por completo, é necessário retrair o prepúcio, que é a pele que recobre a glande (cabeça do pênis).
Também é preciso retirar toda a secreção branca acumulada na região. Em seguida, a higienização deve ser realizada nos testículos, virilha e ânus.
De vez em quando, é importante observar o pênis e checar se há alguma alteração, como verrugas, vermelhidão, manchas, ferimentos espontâneos, além de coceiras. Muitas vezes, esses sinais podem indicar falta de higiene e também ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
Na maioria das vezes, os produtos íntimos, como sabonetes, não oferecem riscos à saúde. No entanto, alguns, quando usados em excesso, podem irritar a pele ou mucosa do prepúcio, ocasionando lesões secundárias. Isso é mais frequente em homens que são mais propensos a ter alergias. O ideal é buscar produtos neutros ou específicos para a região.
É importante se atentar para odores fortes e malcheirosos. Estes podem estar associados a contaminações por bactérias, fungos ou vírus. Os microrganismos alteram a microbiota da região, aumentando o risco de inflamações crônicas e câncer de pênis.
Logo após a relação sexual, a recomendação é lavar o pênis com água morna e sabão. Em seguida, é preciso secar o membro.
A lavagem correta diminui o risco de infecções e problemas no local. Isso porque remove os resquícios da secreção vaginal (ou anal) ou do lubrificante do preservativo, além do restante de sêmen que fica acumulado no pênis.
Os homens também devem secar o pênis com papel higiênico após urinar para evitar que a região fique úmida e aumente o risco de infecções ou inflamações. Isso é mais comum em homens mais velhos que sofrem de gotejamento urinário, ou seja, há respingos após urinar.
O uso de preservativos em todas as relações sexuais, inclusive sexo oral, é a melhor forma de prevenir as infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis, HPV ou clamídia. Além de proteger contra diversas bactérias, fungos e outros germes.
Uma forma de prevenir o câncer de pênis é por meio da imunização contra HPV desde cedo. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece o imunizante gratuitamente para crianças e jovens de 9 a 14 anos.
É bastante comum que o homem busque o urologista apenas quando surge algum problema, como dificuldades de ereção ou dor. No entanto, realizar um check-up regular com o especialista é a melhor forma de rastrear doenças de forma precoce, incluindo o câncer de pênis.
Fontes: José de Ribamar Calixto, urologista e supervisor da disciplina de câncer de pênis do Departamento de Uro-oncologia da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia); Paulo José de Medeiros, urologista do Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); e Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Informações Viva Bem UOL
O exame para diagnóstico de arboviroses – dengue, zika e chikungunya – está disponível, de segunda a sexta-feira, no Ambulatório Municipal de Infectologia, localizado na Rua Professor Fernando São Paulo, no 911, bairro São João.O atendimento, destinado para os moradores de Feira de Santana, é realizado por ordem de chegada. Pela manhã, os exames serão efetuados das 7h30 às 11h30. À tarde, de 13h30 até as 16h30. Para ter acesso, o paciente deve apresentar guia de solicitação, documento de identidade e cartão SUS. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia, a medida busca desafogar as policlínicas municipais e Unidades de Pronto Atendimento ( UPAs), diante do aumento dos casos de dengue na cidade. De janeiro até esta sexta-feira (9), 547 foram registrados.Sendo assim, a pessoa com suspeita da doença deve comparecer até a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Saúde da Família (USF), de forma prévia, a fim de ser avaliada e receber a requisição.“O Ambulatório vai ofertar exames diagnósticos para dengue, como o RT-PCR indicado para até o quinto dia de sintoma e a sorologia recomendada a partir do sexto dia. Também serão feitos exames auxiliares para monitoramento da doença, a exemplo do hemograma, dosagem de enzimas e demais que o profissional que teve contato com o paciente julgue necessário”, pontuou a coordenadora.
*SECOM
Efeitos da pandemia: procura por atendimento psicológico dispara nos últimos meses — Foto: Reprodução/ TV Globo
Efeitos da pandemia: procura por atendimento psicológico dispara nos últimos meses em várias cidades brasileiras
A procura por atendimento psicológico disparou nos últimos meses em várias cidades brasileiras. Esse é mais um dos efeitos da pandemia.
A palavra pandemia para Rosimerie é sinônimo de muita dificuldade. “Não tinha como pagar aluguel, não tinha como pagar nada, comprar as coisas pra dentro de casa. E aí aquilo ali vai te dando uma angústia, sabe? Triste… Uma tristeza!”, conta.
Ela buscou uma consulta psicológica num posto de saúde em Porto Alegre há um ano.
“Eles colocam a gente numa fila. E aí tem que esperar quando surgir alguma vaga, alguma coisa eles chamam a gente, mas é difícil”, ressalta Rosimerie Gomes, auxiliar de serviços gerais.
Depois de tantos impactos na saúde física, nas finanças, esse é mais um dos danos que a pandemia trouxe: o adoecimento mental. Só que nem sempre é fácil pagar por um tratamento desses. O jeito é recorrer ao Sistema Público de Saúde – que viu a procura por este tipo de atendimento dar um salto em todo o país.
A prefeitura de Porto Alegre diz que está investindo na ampliação da rede.
“É fundamental que a gente coloque, sim, mais equipes, estamos nos adaptando a centros de especialidade. O Ministério da Saúde lançou aí um programa de incentivo, e esses centros de especialidade eles serão apoio às unidades primárias em saúde”, destaca Fernando Ritter, secretário de Saúde de Porto Alegre.
Os especialistas em saúde mental afirmam que a explosão da procura por esse tipo de atendimento é um sinal de alerta ao poder público.
“Sem dúvida é um investimento agora né? Da gente conseguir acolher e abarcar todas as pessoas que estão nesse sofrimento. A partir dessa experiência é importante que a gente repense as nossas políticas de saúde”, conta a psiquiatra Lorena Caleffi.
A Raquel conseguiu atendimento. Ela perdeu o marido para Covid. “Aí vem as crises de choro, vem a ansiedade de uma maneira muito difícil de controlar”, relata.
Ela recebeu ajuda num Centro de Atenção Psicossocial mantido pela prefeitura – há apoio de profissionais de saúde e atividades em grupo.
“A gente discute em equipe um plano terapêutico para este usuário, e a gente vai atender ele novamente e vai mostrar pra ele quais as possibilidades que a gente tem de atendimento dentro desse serviço”, pondera Fernanda Farina, coordenadora do CAPS.
“Consegui controlar a minha ansiedade. Hoje em dia eu estou conversando contigo aqui, não estou tão ansiosa. Se fosse antigamente, estaria aqui no estado que eu não conseguia nem falar eu ia gaguejar né? A reportagem te deixa nervosa, muito nervosa, muito ansiosa… Eu não ia nem falar”, destaca Raquel.
Informações G1
Foto: Myke Sena/MS.
A Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta semana o primeiro medicamento injetável para ser usado como PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o vírus HIV. Trata-se do cabotegravir de longa duração, desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco GSK.
O registro consta no Diário Oficial da União de 5 de junho e passou a valer imediatamente.
Até então, a única PrEP disponível era oral, uma combinação dos medicamentos tenofovir e entricitabina, que pode ser tomada diariamente ou em um esquema sob demanda — antes e depois de relações sexuais.
Um estudo apresentado pelo GSK em maio de 2020 revelou que o cabotegravir se mostrou 69% mais eficaz na prevenção da infecção pelo HIV do que a formulação oral.
A principal vantagem apresentada pela farmacêutica é justamente o fato de ele ser injetável. As duas primeiras aplicações têm de ser feitas em um intervalo de quatro semanas. Após isso, a pessoa toma outra dose a cada oito semanas.
“Precisávamos de um agente injetável para conter a propagação desse vírus e é a primeira vez que temos sucesso nos testes de fase III com agentes preventivos. Apesar dos preservativos e preparações orais, há milhares de novos casos de HIV a cada ano no mundo; esperamos que o cabotegravir possa ajudar a conter a disseminação”, disse em comunicado o chefe de pesquisa e desenvolvimento do GSK ViiV Healthcare, Kimberly Smith.
Desde o ano passado, o INI/Fiocruz (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz) coordena um estudo de implementação da PrEP injetável em seis centros de pesquisa — Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Florianópolis, Salvador e Manaus. A duração estimada da pesquisa é de dois anos.
“O Brasil já implementa no SUS a PrEP com a medicação oral, de uso diário, com tenofovir e entricitabina. O cabotegravir injetável chega como uma opção que será muito útil para pessoas com dificuldade em aderir ao uso da PrEP oral diária”, afirmou à Agência Fiocruz a médica infectologista e pesquisadora Beatriz Grinsztejn, chefe do laboratório de pesquisa clínica em DST e HIV do INI.
Ela classificou a medicação como “uma conquista sem precedentes” que “vai atender à necessidade de uma população vulnerável ao HIV”.
Acordos de sublicenciamento do GSK vão permitir versões genéricas do cabotegravir, o que deve ampliar ainda mais o acesso global ao medicamento.
Créditos: R7.
Fungos, frieiras, rachaduras, unhas encravadas e calosidades estão entre os problemas que mais afetam a saúde dos pés. No entanto, essas situações podem ser prevenidas ou tratadas por meio da podologia. O podólogo é o profissional que diagnostica, previne e trata patologias ligadas a essa parte do corpo.
Segundo a podóloga Ana Francis Ribeiro dos Santos, antes de iniciar o tratamento, o podólogo faz uma avaliação dos pés do cliente. A intervenção pode ser imediata ou prolongada.
“Primeiro a gente faz uma avaliação para entender com qual patologia o paciente está e no decorrer da patologia a gente recomenda o tratamento, que pode ser imediato ou contínuo. Normalmente a unha inflamada é imediata, tem que ser logo removido o motivo da inflamação, para ter uma cicatrização. E no caso de um tratamento contínuo, vamos supor uma rachadura mesmo, que não cicatriza de imediato, tem que ter um tratamento contínuo para haver a cicatrização, e no caso das micoses também precisam de um tratamento diferenciado”, explicou.
As rachaduras, por exemplo, costumam aparecer em pessoas que utilizam sapatos inadequados e abertos, como sandálias de borracha, explicou a profissional.
Já as micoses, segundo Ana Francis, ocorrem normalmente em pessoas que utilizam sapatos fechados.
“As micoses ocorrem geralmente em pessoas que usam muito sapatos fechados e têm mais predisposição a ter tanto nas unhas quanto entre os dedos, que são as frieiras. Tem cura e em média o tratamento de fungos, as micoses, leva de 6 meses a 1 ano, podendo chegar a 2 anos, depende muito do tipo de fungo.”
Conforme a profissional, a área de podologia tem crescido muito e os preços são bem acessíveis, sendo procurada por pessoas de todas as idades.
“Essa área tem ganhado repercussão, até mesmo crianças, que muitos pais vêem que a criança já nasce com a unha encravada, então já vê a necessidade. Da criança ao idoso tem a necessidade do tratamento de podologia. A podologia faz parte da área da saúde, que trata e previne, e a manicure trata somente da parte estética.”
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
Com o intuito de ampliar a cobertura vacinal, a Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promove a vacinação contra a gripe Influenza e aplicação da bivalente no Shopping Boulevard nesta sexta-feira (09). A imunização ocorrerá em frente ao Supermercado Hiper Bompreço, das 9h às 20h.
A vacina contra a gripe Influenza está liberada para toda a população acima dos seis meses de idade. Já a bivalente está disponível para pessoas a partir dos 12 anos inseridos nos grupos prioritários ou maiores de 18 anos, tendo tomado, ao menos, duas doses da vacina monovalente contra a Covid e com intervalo de quatro meses após a última aplicação.
Os menores de 14 anos poderão atualizar a caderneta vacinal com as doses de rotina. É válido destacar que a aplicação em crianças e adolescentes é feita somente na presença dos pais ou responsável.
As pessoas devem comparecer com documento de identidade, cartão SUS e caderneta de vacinação.
Controlar o peso corporal, a pressão arterial e as taxas de colesterol são aspectos importantes para ter saúde —e que quase todo mundo conhece. Mas sabia que manter um bom nível de massa muscular, especialmente após os 40 anos, também é fundamental para ser saudável e envelhecer bem?
Pense que ter músculos é como um “estoque de saúde”. Uma reserva ou uma poupança na qual você deve investir desde já para usar lá na frente, garantindo autonomia, mobilidade, melhora da imunidade e redução no risco de diversas doenças como osteoporose, diabetes, problemas cardiovasculares e Alzheimer.
A seguir, mostramos bons motivos para você investir no ganho de músculos —e como fazer isso.
IMUNIDADE EM ALTA
Os músculos armazenam proteínas e o sistema imunológico precisa desses nutrientes para “fabricar” anticorpos e funcionar adequadamente.
Por isso, ter um bom volume muscular e uma ingestão adequada de proteínas no dia a dia ajuda a manter o sistema imunológico saudável, reduzindo o risco de infecções causadas por vírus e bactérias. Também melhora a resposta do organismo a fatores estressantes, contribui para a recuperação mais rápida de doenças agudas e está associado a um efeito anti-inflamatório, associado à prevenção de doenças crônicas, incluindo até alguns tipos de cânceres.
No entanto, vale ressaltar que a imunidade é um processo complexo que envolve vários fatores, como boa alimentação, prática de exercícios, controle do estresse e boas noites de sono, entre outros aspectos relacionados à saúde geral.
EVITA O DIABETES, INFARTO E AVC
A insulina é o hormônio responsável por levar a glicose (açúcar) para dentro das células. Como a glicose é o principal combustível dos músculos, ter um bom nível de massa muscular reduz a resistência à insulina, “facilitando” a entrada de energia nas células e mantendo o nível adequado de açúcar no sangue (glicemia).
Vale lembrar que a a glicemia constantemente elevada e a resistência à insulina levam ao diabetes tipo 2, uma das doenças que mais mata no mundo todo. O diabetes tipo 2 afeta os vasos sanguíneos, aumentando o risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC (derrame).
Além disso, a força e a massa muscular pode ter um impacto positivo na proteção do próprio sistema cardiovascular, auxiliando no controle da pressão arterial e do perfil lipídico (níveis de colesterol e triglicerídeos).
AJUDA NO CONTROLE DO PESO
Mesmo em repouso, nosso organismo tem um gasto calórico para manter o tecido muscular. Isso significa que, quanto mais músculos a pessoa tiver, maior será a taxa metabólica basal —calorias que o corpo gasta apenas para realizar suas funções básicas, como respirar, manter os batimentos cardíacos etc.
O músculo também é capaz de queimar gordura para produzir energia durante a atividade física, o que pode reduzir a gordura corporal.
Como já falamos, a massa muscular melhora a sensibilidade à insulina. Com isso, o organismo utiliza a glicose de forma mais eficiente e evita seu acúmulo em forma de gordura. Tudo isso pode contribuir para o controle de peso e prevenção da obesidade, condição que é prejudicial à saúde.
ESQUELETO FORTE
Quando os músculos estão fortes e ativos, eles exercem mais tensão nos ossos durante a atividade física, o que estimula a produção de novo tecido ósseo.
Assim, você reduz o risco de ter osteoporose (doença caracterizada pela perda progressiva de massa óssea) e de sofrer fraturas —problema comum em idosos, que prejudica a qualidade de vida, a autonomia no dia a dia e aumenta o risco de morte.
CORPO ÁGIL E FUNCIONAL
Os músculos dão suporte e protegem os ossos e articulações, agindo como amortecedores e absorvendo o impacto nessas estruturas. Uma massa muscular pobre pode levar à fraqueza e falta de equilíbrio e de coordenação, o que aumenta o risco de quedas e fraturas.
Por outro lado, um bom volume muscular melhora a força e a resistência física, o que garante mais autonomia na realização de atividades do dia a dia, como tarefas domésticas, subir escadas, carregar objetos pesados, levantar-se da cadeira etc.
Também garante mais agilidade, segurança e coordenação motora para reagir a situações de risco ou para evitar quedas e acidentes.
MENTE SÃ
Estudos mostram que a irisina, hormônio produzido pelos músculos, está associada à melhora da função cerebral e ao estímulo do crescimento de novos neurônios no hipocampo, região importante para a memória e aprendizado.
Há evidências de que a prática regular de exercícios físicos aumenta a produção de irisina, o que parece estar associado a um menor risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
Há poucos estudos que estabelecem um percentual ideal de massa muscular que devemos ter no corpo. Portanto, não se apegue a números e tenha como objetivo de saúde buscar construir mais músculos sempre (de forma natural).
Conforme envelhecemos, especialmente após os 40 anos, nosso organismo sofre uma queda na taxa de hormônios e fica mais difícil manter ou ganhar massa muscular. Veja dicas que podem ajudar você:
Seja ativo durante o dia a dia e obrigue seus músculos a trabalharem: caminhe, suba escadas, faça tarefas domésticas, carregue peso (sacolas, caixas).
Pratique exercícios de força (como musculação) pelo menos duas vezes por semana e não tenha medo de usar cargas pesadas —respeitando os limites do seu corpo e com orientação profissional, claro.
Faça ao menos 150 minutos de atividade física intensa durante a semana.
Tenha uma alimentação saudável, rica em verduras, legumes, frutas, carnes, ovos, laticínios e grãos integrais.
Aumente o consumo de proteínas (carnes, peixes, ovo, laticínios). A quantidade varia conforme o nível de atividade física de cada um, mas, ao dia, tente ingerir de 1,2 g a 2 g do nutriente por kg de peso corporal. Ou seja, se você pesa 70 kg, precisa comer de 84 g a 140 g de proteínas.
Inclua fontes de proteínas em todas as refeições, incluindo os lanches.
Mantenha o nível de vitamina D adequado por meio da exposição solar —ou de suplementação, quando necessário e com orientação médica.
Suplementar aminoácidos (sempre com orientação de um nutricionista) como a leucina e a creatina pode ser útil para a hipertrofia, recuperação de tecido muscular, aumento de força e resistência muscular.
Durma o suficiente. O descanso e o sono são essenciais para a recuperação e construção muscular, além da produção de hormônios importantes para esse processo.
Evite consumir frituras, alimentos ultraprocessados, doces e açúcar em geral e bebidas alcoólicas.
Não fume.
FONTES: Niele Silva de Moraes, médica geriatra, docente do curso de medicina e coordenadora do Núcleo de Atenção ao Idoso da UEPA (Universidade do Estado do Pará) e diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seção Pará; Aline Saab, médica geriatra da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; Alexandre Evangelista, profissional de educação física, mestre e doutor em ciências na área da saúde e coordenador dos cursos de pós-graduação na área da educação física da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).
Informações Viva Bem UOL
Todos nós queremos atenção e carinho de nossos parceiros. Mas, quando o amor começa a ser muito intenso, é preciso desconfiar de ciclos de manipulação e abuso.
No início, presentes e compromissos em excesso; depois, descaso e ausência — Foto: GETTY IMAGES
Frases como “não consigo deixar de pensar em você”, “só quero te fazer feliz” e “quero estar com você o tempo todo” podem soar bonitas, mas às vezes podem ser também um sintoma de que alguns limites saudáveis estão sendo ultrapassados.
Estamos falando do love bombing, algo como “bombardeio de amor”, em tradução livre.
É quando alguém dá atenção e carinho — geralmente a um parceiro romântico, mas não só — de forma avassaladora, normalmente no início de um relacionamento.
Esse comportamento aparentemente romântico e bem-intencionado pode, no entanto, fazer parte de um ciclo de abuso psicológico.
“Eu tinha acabado de sair de um relacionamento em que não recebia quase nada, e cheguei a outro em que ele, logo após nos conhecermos, me convidava para tudo, sempre vinha me trazer um café ou uma sobremesa… Conversávamos o dia todo, ele ia comigo à academia, me esperava muitas horas para me levar para casa e me levou para conhecer a mãe dele”, lembra a designer colombiana Alejandra (a BBC optou por não publicar o sobrenome para preservá-la).
“Comecei a me sentir muito sufocada.”
Claro, a diferença entre o love bombing e uma paixão saudável pode ser um tanto confusa.
Na verdade, é normal que no início de um relacionamento nos sintamos perdidamente apaixonados, porque os hormônios e neurotransmissores estão no auge.
E os especialistas concordam que não há nada de errado em se deixar levar por demonstrações profundas e intensas de afeto.
Eles começam a ser problemáticos quando o amor é expresso de forma calculada para “fisgar” o outro e fazê-lo agir de uma maneira que não faria de outra forma.
Os filmes nos ensinam a valorizar demonstrações de amor exageradas — Foto: GETTY IMAGES
É claro: nosso cérebro está perfeitamente treinado para garantir que situações que tenham causado uma sensação de prazer, como presentes, carícias e palavras bonitas, sejam repetidas. Trata-se do sistema de recompensa.
Esse sistema é o que nos permite, por exemplo, nos apegarmos aos nossos pais ou cuidadores na infância, algo essencial para o nosso desenvolvimento pessoal.
O “bombardeio do amor” opera aproveitando exatamente essa função do cérebro.
A princípio, a pessoa que recebe os gestos exorbitantes de amor aprende a esperar esses comportamentos — recompensas — de seu parceiro e a reagir positivamente quando os recebe. E ela cria em sua cabeça uma imagem do seu parceiro como o amante perfeito.
Alejandra, a designer colombiana, diz que isso ocorreu no relacionamento com o novo parceiro.
“Ele me fisgou muito. Chegou a sugerir que fôssemos estudar juntos na Inglaterra. Tudo em menos de dois meses desde o início do namoro.”
Mas então, em um segundo momento, o “autor do bombardeio” corta do parceiro o que estava dando. Por exemplo, ele pode começar a tratar o outro com desprezo.
Com isso, há uma tendência da pessoa “alvo” do bombardeio superar seus próprios limites para receber novamente aquela recompensa. É quando o abuso acontece.
Uma pessoa submetida a esse ciclo pode, por exemplo, concordar em cancelar planos com seus amigos ou familiares na esperança de se sentir especial e amada pelo parceiro novamente.
Ou, em um cenário mais sombrio, pode concordar com uma determinada prática sexual apenas para resgatar aquele momento idílico do relacionamento.
A manipulação e o isolamento dificultam com que a vítima saia do ciclo de abuso — Foto: GETTY IMAGES
“Ele começou a agir de forma estranha, não aparecia mais tanto e eu comecei a me sentir muito instável, ansiosa e confusa. Comecei a achar que eu era a pessoa intensa. Conversávamos o tempo todo, e de repente ele sumiu por todo o fim de semana”, lembra Alejandra.
“Quando nos reencontramos, ele mudou a forma de me tratar e reclamou comigo por não tomar anticoncepcional. Me doeu muito porque eu estava muito apaixonada pela ideia que tinha dele.”
Com o tempo, a relação se torna um ciclo: quando o agressor sente que está perdendo o poder sobre o parceiro, retoma demonstrações transbordantes de amor para reconquistá-lo, e assim por diante.
Como acontece com quase qualquer vilão, quem faz love bombing não é simplesmente um monstro maquiavélico e tem por trás seus próprios problemas.
Em boa parte das vezes, o bombardeio de amor é uma estratégia usada inconscientemente e é uma resposta lógica a traços narcisistas e de baixa autoestima.
Esta é a conclusão dos estudos da professora Claire Strutzenberg, da Universidade da Pensilvânia.
Ela explica que, ao expressar esse amor transbordante, o que as pessoas que o fazem realmente querem “é a afirmação de que são amados, bonitos e desejados”.
Como no mito de Narciso, eles elogiam seus parceiros na esperança de que recebam o elogio de volta.
As pessoas que tiveram poucos relacionamentos saudáveis em suas vidas são mais suscetíveis ao bombardeio amoroso, diz Charlie Huntington, psicólogo especializado em relacionamentos românticos da Universidade de Denver.
A ilusão de ser amado intensamente pode levá-las a sentir uma conexão particularmente poderosa e, portanto, a serem vulneráveis à manipulação.
Como saber se alguém está passando por isso?Não há indicadores objetivos de que uma pessoa esteja sendo submetida ao bombardeio do amor.
Um mesmo ato pode ser inofensivo, e até saudável, em um relacionamento, mas problemático ou prejudicial em outro.
No entanto, se você está se sentindo sufocado com o carinho e a atenção que está recebendo e sente que tudo é intenso demais para ser genuíno, ou conhece alguém que possa estar passando por isso, aqui estão 7 sinais do love bombing.
No entanto, Huntington enfatiza que devemos evitar ser desconfiados demais
“A maioria de nós passará por nossas vidas sem ser manipulado dessa maneira”, diz o psicólogo.
Mas um pouco de cautela nunca é demais.
Informações G1