Uma nova pesquisa brasileira, publicada na BMC Medicine, destaca a relação entre hábitos alimentares específicos e o risco aumentado de câncer de estômago. O estudo observou que dietas ricas em açúcar adicionado e sódio estão fortemente ligadas ao aumento das chances de desenvolvimento dessa doença. Este câncer, predominantemente na forma de adenocarcinoma, é preocupante em termos de incidência e mortalidade no país.
Foi identificado que o consumo elevado de alimentos e bebidas processados, ricos em açúcares adicionados, pode potencializar em até 21% o risco de tumor gástrico. Mesmo padrões alimentares que privilegiam frutas e vegetais, caso tragam altos níveis de sódio, podem elevar o risco de câncer.
A pesquisa foca em padrões alimentares, concluindo que tanto açúcares quanto sódio desempenham papéis críticos na saúde gástrica. Alimentos processados como refrigerantes e fast-food são fontes significativas de açúcares adicionados que, segundo o estudo, estão ligados ao aumento do risco de câncer gástrico. Já o sódio, mesmo em dietas saudáveis, é um fator preocupante que pode comprometer a integridade da mucosa estomacal.
A presença da bactéria Helicobacter pylori pode interagir de maneiras preocupantes com altas taxas de sódio, exacerbando o risco de condições precancerosas no estômago.
Padrões Alimentares e suas Implicações no Risco de Câncer
O estudo envolveu participantes de capitais brasileiras como São Paulo e Fortaleza, e utilizou uma abordagem focada em padrões alimentares gerais. Dois padrões foram destacados: o Padrão Alimentar Não Saudável, rico em processados, e o Padrão Alimentar Saudável, com ênfase em alimentos naturais, mas que ainda podem conter altos níveis de sódio.
Os resultados mostraram que a combinação destes elementos dietéticos pode ter um impacto direto no desenvolvimento de câncer de estômago, além de outros fatores indiretos analisados durante o estudo.
O consumo excessivo de sódio está associado a danos na mucosa do estômago e ao aumento do risco de câncer gástrico. A recomendação da OMS de limitar o consumo a 2 gramas por dia é frequentemente excedida, especialmente no Brasil, onde o consumo é mais do que o dobro do recomendado.
Essa alta ingestão pode contribuir não apenas para o câncer de estômago, mas também para condições como a hipertensão, sendo assim, uma alimentação balanceada é essencial para prevenir tais doenças.
Mas como isso acontece?
É importante ressaltar que:
O que você pode fazer?
Para mitigar os riscos associados a uma dieta rica em açúcares e sódio, torna-se fundamental promover a educação alimentar.**Campanhas educativas** podem ajudar a conscientizar a população sobre os riscos desses componentes alimentares e encorajar escolhas mais saudáveis. A educação deve focar em nuances culturais e práticas regionais para ser realmente eficaz.
Ao oferecer informações claras e práticas sobre alimentação saudável, é possível reduzir a prevalência de câncer gástrico e outras doenças relacionadas, fomentando um entendimento mais profundo dos impactos que os hábitos alimentares têm na saúde a longo prazo.
Informações TBN
O governo afirmou que não deve ter vacinação em massa contra a dengue em 2025. A informação foi divulgada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (22).
É aguardada a aprovação da Anvisa para que o governo incorpore a vacina contra a dengue do Butantan no Sistema Único de Saúde (SUS).
A capacidade de entrega do instituto para este ano é de somente 1 milhão de doses. “O Butantan está produzindo, mas não há previsão de vacinação em massa contra dengue em 2025. É muito importante, vacina de uma dose, mas para 2025 ainda não será a solução que nós esperamos”, disse Trindade.
O envio de documentos necessários foi concluído pelo Butantan. A agência reguladora afirma que o processo está em fase de submissão de documentos, anterior ao pedido de registro, e que não há previsão de conclusão.
A expectativa, segundo Trindade, é de ampliar a faixa etária apta a receber o imunizante após sua incorporação no SUS. O laboratório prevê a entrega de 100 milhões de doses até 2027. A vacina será em dose única e poderá ser aplicada na população de 2 anos a 60 anos incompletos.
Informações Bahia.ba
A última vez que o sorotipo 3 da dengue circulou de forma predominante no país foi em 2008. Médicos explicam se há motivo de preocupação
O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no país de forma mais expressiva após 17 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, as quatro variações da doença foram identificadas no Brasil em 2024, mas 40,8% dos casos registrados em dezembro estão relacionados ao sorotipo 3.
A maior prevalência no ano inteiro ainda foi do tipo 1, relacionado a 73,4% dos casos. A última vez que o sorotipo 3 circulou de forma predominante foi em 2008.
A maioria dos pacientes infectados com a cepa está concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. O cenário preocupa especialistas porque grande parte da população não possui imunidade contra o sorotipo e se encontra mais vulnerável à infecção.
O infectologista Antônio Bandeira, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e assessor técnico do Laboratório Central do Estado da Bahia, explica que a circulação do sorotipo 3 é preocupante. “A qualquer momento pode acontecer um surto de grandes proporções porque a população não está imunizada”, aponta.
Os meses do verão são historicamente os com mais de casos de dengue pela combinação entre temperaturas elevadas e o maior volume de chuva. O ano de 2024 foi um dos mais críticos, com 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença. Outros 908 óbitos continuam em investigação.
O volume de casos conferiu à população a imunidade temporária à doença. Os médicos explicam que a pessoa que tem dengue desenvolve imunidade contra o sorotipo específico que causou a infecção pelo resto da vida e contra os demais tipos por um período curto, que varia de seis a oito meses.
“Se a pessoa for exposta a algum subtipo poucos meses depois da infecção, pode ser que ela tenha alguma imunidade parcial e não desenvolva doença. Mas depois de passado esse período curto, ela pode sim ser infectada por outros subtipos”, explica o infectologista André Bon, do Hospital Brasília, da rede Dasa.
A segunda infecção, independente do sorotipo causador, aumenta o risco do paciente desenvolver a forma grave da doença. “Não quer dizer que os outros episódios não possam ser graves: podem, mas o pior de todos é geralmente o segundo”, afirma Bandeira.
Os quatro sorotipos da dengue levam o paciente aos mesmos sintomas: febre (39°C a 40°C) de início repentino, dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos.
Informações Metrópoles
A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora o aumento de casos do metapneumovírus humano, conhecido como HMPV, na China. O órgão informou que há interesse internacional sobre a situação e que está em contato com as autoridades chinesas.
De acordo com a OMS, os números registrados até agora estão dentro da faixa esperada para o inverno e não indicam padrões incomuns.
O HMPV é um vírus que causa infecções respiratórias, como gripe e bronquite. Foi identificado pela primeira vez em 2001 e tem sido monitorado em diversos países. No Brasil, há registros desse patógeno desde 2004.
A OMS reforça que o vírus é comum durante o inverno e a primavera, especialmente no Hemisfério Norte. “Os níveis relatados estão dentro do esperado, e o sistema de saúde não está sobrecarregado”, afirmou.
O HMPV pode causar internação de algumas pessoas por bronquite ou pneumonia. A maioria dos casos, no entanto, apresenta sintomas leves, com recuperação rápida.
A alta nos casos na China começou a chamar atenção mundial depois de uma atualização feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país. O aumento foi registrado no final de 2024, durante o pico da temporada de doenças respiratórias.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que acompanha o surto de HMPV na China. “A vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes”, comunicou.
A nota também incentiva o uso de máscaras faciais por pessoas com sintomas gripais e resfriados. A orientação vai de encontro a recomendações da própria OMS. O órgão já admitiu em relatório que o uso desses equipamentos deve ser restrito a situações específicas, como pessoas infectadas em ambientes fechados.
Informações Revista Oeste
Hans Kluge, diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), informou que o escritório da entidade na China mantém contato direto com as autoridades de saúde locais.
O objetivo é acompanhar os casos de metapneumovírus (Hmpv) registrados no país. Conforme relatório divulgado pela OMS, os índices e a gravidade das ocorrências permanecem inferiores aos do ano passado. Apesar disso, o vírus tem se destacado como uma das preocupações do inverno chinês.
Kluge destacou a relevância de uma comunicação clara e ágil sobre temas de saúde pública. Ele enfatizou que, em um mundo altamente interconectado, preparar-se para emergências sanitárias e reagir de forma eficiente é essencial. Além disso, ressaltou a necessidade de buscar informações em fontes confiáveis. Essa medida ajuda a enfrentar o problema da desinformação.
Especialistas explicam que o Hmpv não se trata de uma “nova ameaça”. Esse vírus comum circula globalmente há mais de 60 anos e provoca sintomas respiratórios leves. Em casos mais graves, pode evoluir para quadros como pneumonia. Atualmente, ainda não há tratamentos específicos ou vacinas desenvolvidas contra o Hmpv.
Segundo o jornal The New York Times, autoridades chinesas reconheceram o crescimento nos casos de metapneumovírus. No entanto, asseguraram que a situação não representa um motivo de grande preocupação. Diferente do coronavírus, que gerou a pandemia de covid-19, o Hmpv é amplamente conhecido pela ciência.
No caso da covid-19, o surgimento de um patógeno inédito fez com que a população global enfrentasse um vírus sem nenhuma resposta imunológica prévia. Esse fato agravou o impacto da doença.
Informações Revista Oeste
A aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas no estado, já no ano letivo de 2025, deu destaque ao tema. Além do cuidado nas escolas, o Centro Marista de Defesa da Infância avalia que a utilização dos aparelhos e da internet também precisa de atenção em casa.
Levantamento da TIC Kids Online Brasil (2024), realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Cetic.br, mostrou que 93% das crianças e adolescentes brasileiros – de 9 a 17 anos – usam a internet, o que representa 24,5 milhões de pessoas.
O estudo apontou, ainda, que cerca de três a cada dez usuários de internet de nove a 17 anos têm responsáveis que usam recursos para bloquear ou filtrar alguns tipos de sites (34%); para filtrar aplicativos baixados (32%), que limitam pessoas que entram em contato por chamadas de voz ou mensagens (32%); que monitoram sites ou aplicativos acessados (31%); que bloqueiam anúncios (28%); alertam sobre o desejo de fazer compras em aplicativos (26%); e que restringem o tempo na internet (24%).
“Assim como ensinamos nossas crianças a não falar com estranhos na rua, temos que agora ensiná-las a como se comportar na internet. Atualmente, pais e responsáveis devem trabalhar no letramento digital, supervisionando as atividades e ensinando dinâmicas mercadológicas, pois o uso inadequado da internet pode gerar um meio propício para o adoecimento físico e mental”, disse, em nota, Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa Catarina.
Ele acrescenta que, atualmente, quando se trata de infância e juventude, é necessário promover um debate sobre o uso consciente de telas e dispositivos e a violência no ambiente digital.
Ofensas
Ainda segundo a TIC Kids Online, entre os usuários de nove a 17 anos, 29% contaram ter passado por situações ofensivas, que não gostaram ou os chatearam no ambiente digital. Desses, 31% relataram sobre o que aconteceu para seus pais, mães ou responsáveis; 29% para um amigo ou amiga da mesma idade; 17% para irmãs, irmãos ou primos; e 13% não revelaram para ninguém.
A gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, Bárbara Pimpão, explica que alguns casos de situações ofensivas na internet podem evoluir para cyberbullying [violência virtual que ocorre geralmente com as pessoas tímidas e indefesas].
“Crianças e adolescentes que estão sendo expostas repetidamente a mensagens que têm o objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem sofrer consequências psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e insônia”, disse, em nota.
A entidade apontou as seguintes dicas e cuidados para os responsáveis em relação ao acesso de crianças e adolescentes a ferramentas digitais:
1. Fazer monitoramento e controle parental do telefone celular.
2. Ficar alerta a situações ofensivas.
3. Explicar sobre perigos do contato com estranhos.
4. Conversar sobre o uso excessivo da internet.
5. Acessem juntos conteúdos para conscientização.
Informações Bahia.ba
O número de casos de HIV entre as pessoas com 60 anos ou mais tem crescido. Dados do Ministério da Saúde mostram que os diagnósticos positivos entre idosos aumentaram 416% em uma década, passando de 378, em 2012, para 1.951, em 2022.
O infectologista André Bon, médico do Exame, avalia que este aumento é resultado principalmente da desinformação. “Eles normalmente não acham que estão sob risco por já serem mais velhos e acabam se preocupando menos com uso de preservativo, tanto pela falta de hábito, quanto por não se preocuparem com risco de gestação”, afirma o médico, que é membro do Comitê Técnico Assessor para Terapia Antirretroviral para Adultos do Ministério da Saúde.
A infectologista Lívia Vanessa Ribeiro, do Hospital Brasília, da Dasa, destaca ainda a baixa percepção de risco, o preconceito e o tabu. “Essa combinação leva a práticas sexuais inseguras”, aponta a médica.
“Qualquer pessoa pode se infectar com o HIV”
Verdade. Não existem grupos de risco para a infecção pelo HIV. Qualquer pessoa que faça sexo sem preservativo e não esteja fazendo uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) pode ser infectado.
“Pessoas com HIV têm expectativa de vida muito curta”
Mito. O infectologista Bon esclarece que, com o tratamento adequado, uma pessoa com HIV pode viver tanto quanto um indivíduo sem o vírus. “O uso de antirretrovirais ajuda a manter o vírus indetectável, proporcionando uma vida longa e saudável”, afirma.
“HIV não é transmitido pelo beijo, suor e lágrimas”
Verdade. O vírus é transmitido somente por relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de agulhas ou por transmissão vertical — de mãe para filho durante a gravidez, parto e amamentação.
“Todas as pessoas com HIV podem transmitir o vírus por relação sexual”
Mito. Pessoas vivendo com HIV em uso de antirretrovirais e com carga viral indetectável não transmitem o vírus por relação sexual.
“Carga viral indetectável representa zero risco de transmissão do HIV”
Verdade. Bon explica que após alguns meses do início da terapia antirretroviral, as pessoas vivendo com HIV apresentarão carga viral indetectável e não podem mais transmitir o vírus por relação sexual.
“O tratamento do HIV é complexo e difícil”
Mito. Atualmente o tratamento é simples, sendo realizado com dois comprimidos por dia e poucos ou nenhum efeito colateral.
“O HIV pode ser prevenido por outras formas, além da camisinha”
Verdade. A infectologista Lívia lembra que existem outras estratégias para evitar a infecção pelo HIV, que juntamente com a camisinha/preservativo fazem parte das estratégias de prevenção combinada.
Entre elas destaca-se a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP). “A PrEP consiste no uso de antirretrovirais de forma regular ou sob demanda para pessoas com risco de infecção pelo HIV, a depender da avaliação médica para cada caso”, esclarece.
A PEP, por sua vez, consiste no uso de antirretrovirais em até 72h após exposição sexual (seja ela consentida desprotegida ou violência sexual) ou acidentes por material biológico (incluindo acidentes perfuro-cortantes).
Informações Metrópoles
O final do ano é uma época marcada por festas, confraternizações e férias, mas também
exige atenção especial com a saúde, especialmente com o coração. De acordo com o
cirurgião cardiovascular e diretor-presidente da União Médica, Dr. André Guimarães, manter
os cuidados básicos é essencial para começar o ano novo com disposição e bem-estar.
Alimentação equilibrada
Nesta época, é comum exagerar na alimentação, mas Dr. André alerta para a importância
de moderação.
“Priorize alimentos com pouco sal, açúcar e gordura. O excesso desses
componentes pode elevar a pressão arterial e aumentar os riscos de problemas
cardiovasculares, especialmente para quem já possui histórico de doenças do coração”, recomenda.
Consumo consciente de bebidas alcoólicas
As celebrações geralmente incluem bebidas alcoólicas, mas é preciso cuidado.
“O consumo
excessivo de álcool pode sobrecarregar o coração e elevar a pressão arterial. Beba com
moderação e intercale com água para evitar a desidratação”
, orienta o especialista.
Hidratação é fundamental
Com as altas temperaturas do verão, a hidratação torna-se ainda mais importante.
“Manter o corpo bem hidratado ajuda a regular a circulação sanguínea e a prevenir complicações
cardíacas. Crianças e pessoas acima de 59 anos devem ter atenção redobrada nesse
quesito”, explica Dr. André.
Atividade física e descanso
Apesar da correria das festas, não abandone os hábitos saudáveis.
“Incorporar caminhadas
leves ou outras atividades físicas pode ajudar a reduzir o estresse e fortalecer o coração.
Além disso, respeite o descanso: noites mal dormidas afetam diretamente a saúde
cardiovascular”, ressalta.
Medicação e consultas em dia
Para aqueles que fazem uso de medicamentos, Dr. André reforça a importância de não
interromper o tratamento.
“Seguir corretamente a prescrição médica é essencial para evitar
picos de pressão ou outros problemas. Aproveite o período para revisar suas consultas
médicas e exames. “
A importância do bem-estar emocional
Por fim, o médico destaca a relevância de manter a saúde emocional.
“O final do ano é um
momento de reflexão e renovação. Reforce laços afetivos, pratique a cordialidade e busque
atividades que tragam alegria. Uma mente equilibrada reflete positivamente no coração.”
Fonte: Ascom/União Médica
A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana deu um passo importante para aprimorar as condições de trabalho dos agentes de endemias, profissionais essenciais na prevenção e controle de doenças no município. A pasta adquirirá novos uniformes e equipamentos para garantir mais segurança e conforto no desempenho das atividades desses trabalhadores. Dispensas de licitação com essa finalidade foram publicadas na edição do Diário Oficial Eletrônico do Município no último sábado (21).
A primeira medida envolve a aquisição de camisas de manga longa, destinadas a atender às necessidades dos agentes de endemias da Divisão de Epidemiologia. As novas camisas, além de uniformizar os profissionais, também contribuem para a proteção contra exposição solar e outros riscos ambientais enfrentados durante as atividades em campo.
Outra iniciativa foi a compra de coletes e bolsas, também voltados para os agentes de endemias. Esses itens são essenciais para a organização e transporte de materiais necessários durante as visitas domiciliares e outras atividades de campo.
Importância do investimento
Os agentes de endemias desempenham um papel fundamental no combate a doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, além de contribuírem para a educação em saúde da população. A melhoria das condições de trabalho desses profissionais reflete o compromisso da gestão municipal com a saúde pública e com a valorização dos servidores. Os novos itens substituirão os materiais em uso atualmente.
A nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas à Covid-19 em alguns estados do país. É o caso do Ceará, onde um cenário de crescimento dessas ocorrências já havia sido indicado na edição anterior da publicação.
Há indícios de que Minas Gerais, Sergipe e Rondônia também iniciam um movimento parecido. O mesmo ocorre no Distrito Federal. Os casos envolvem especialmente pacientes idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos mais adversos da infecção pelo coronavírus causador da Covid-19.
O boletim registra aumento de ocorrências de SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos, associados principalmente ao rinovírus, em quatro unidades federativas: Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e Sergipe. Os dados do novo boletim são referentes à semana epidemiológica que vai de 8 a 14 de dezembro.
A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada, muitas vezes, ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.
De acordo com a nova edição, considerando as últimas quatro semanas epidemiológicas analisadas, a Covid-19 esteve relacionada a 31,1% dos casos de SRAG com resultado positivo para alguma infecção viral. Já o rinovírus representou 38,6%. Além disso, 7,9% estiveram associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), 7,6% à influenza A e 7,3% à influenza B.
Quando se observa apenas os quadros de SRAG que resultaram em mortes nessas quatro semanas, 63,6% estão associados à Covid-19. A maioria desses casos que tiveram a morte como desfecho envolveram idosos.
Ao todo, o Brasil já registrou em 2024 um total de 78.739 casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Destes, 16,8% são referentes à influenza A; 2% à influenza B; 19,6% à Covid-19; 27,1% ao rinovírus e 33,8% ao VSR. Outras 8.280 ocorrências estão em fase de análise.
O boletim Infogripe sinaliza para uma tendência de aumento de SRAG em nível nacional. Em 11 unidades federativas, há sinal de crescimento dos casos no longo prazo: Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Além disso, há tendência de aumento das ocorrência no curto prazo no Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
CENÁRIO EM 2024
Fazendo um balanço do cenário epidemiológico de 2024, a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, destacou que o país viveu duas ondas importantes de Covid-19. A primeira, que começou ainda no final de 2023 e avançou pelo início deste ano, afetou diversos estados. Já a segunda onda, iniciada em agosto de 2024, teve São Paulo como o estado mais atingido.
Apesar dessas duas ondas, a pesquisadora destaca que, em comparação com 2023, houve uma redução de aproximadamente 40% nos casos de SRAG associados à Covid-19. Ainda assim, Portella alerta para o crescimento dessas ocorrências no encerramento de 2024.
– Neste fim de ano, observamos uma menor atividade dos vírus respiratórios, com exceção apenas da Covid-19, que já começa a apresentar sinais de aumento em algumas regiões do país. Para as festas de fim de ano, recomendamos o uso de máscaras caso surjam sintomas de gripe ou resfriado. Também sugerimos, sempre que possível, priorizar ambientes mais arejados, especialmente neste momento de início de aumento do número de casos de Covid-19.
*Agência Brasil