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Conforme a criação de insetos aumenta na Europa, também aumenta a hostilidade à ideia.

A reporter da BBC Sofia Bettiza experimentou o macarrão de grilo — Foto: BBC

A reporter da BBC Sofia Bettiza experimentou o macarrão de grilo — Foto: BBC 

Em uma fazenda perto dos Alpes, no norte da Itália, contêineres com milhões de grilos pulando e cantando alto são empilhados uns sobre os outros. 

Esses grilos estão prestes a se tornar comida. O processo é simples: são congelados, fervidos, secos e depois pulverizados. 

Aqui na Italian Cricket Farm, a maior fazenda de insetos do país, cerca de um milhão de grilos são transformados em ingredientes para alimentação todos os dias. 

Ivan Albano, que administra a fazenda, abre um recipiente para revelar uma farinha marrom clara que pode ser usada na produção de massas, pães, panquecas, barrinhas energéticas – e até isotônicos. 

Comer grilos, formigas e vermes é comum em partes do mundo há milhares de anos. 

Agora, depois que a União Europeia (UE) aprovou a venda de insetos para consumo humano no início deste ano, haverá uma mudança de atitude em toda a Europa? 

Bem, em nenhum lugar da Europa há mais resistência a comer insetos do que na Itália, segundo dados da empresa global de opinião pública YouGov, e as objeções vêm de cima – o governo já tomou medidas para proibir seu uso em pizzas e massas. 

“Vamos nos opor, por qualquer meio e em qualquer lugar, a essa loucura que empobrece nossa agricultura e nossa cultura”, escreveu o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini no Facebook. 

Mas será que tudo isso está prestes a mudar? Vários produtores italianos vêm aperfeiçoando massas, pizzas e lanches de grilo. 

“O que fazemos aqui é muito sustentável”, diz Ivan. “Para produzir um quilo de pó de grilo, usamos apenas cerca de 12 litros de água”, acrescenta, lembrando que produzir a mesma quantidade de proteína de vaca requer milhares de litros de água. 

A criação de insetos também requer apenas uma fração da terra usada para produzir carne. Dada a poluição causada pela indústria de carne e laticínios, cada vez mais cientistas acreditam que os insetos podem ser a chave para combater as mudanças climáticas. 

Em um restaurante perto de Turim, o chef Simone Loddo adaptou sua receita de massa fresca, que remonta a quase 1.000 anos – a massa agora é 15% de pó de grilo. 

O local emana um cheiro forte de nozes. 

Alguns dos comensais se recusam a experimentar o tagliatelle de grilo, mas aqueles que o fazem – inclusive eu – ficam surpresos com o sabor. 

Tagliatelle de grilo servido com bacon e abobrinha — Foto: BBC

Tagliatelle de grilo servido com bacon e abobrinha — Foto: BBC 

Além do sabor, o pó de grilo é um alimento repleto de vitaminas, fibras, minerais e aminoácidos. Um prato contém mais fontes de ferro e magnésio, por exemplo, do que um bife normal. 

Mas essa é uma opção realista para quem quer comer menos carne? A questão principal é o preço. 

“Se você quiser comprar comida à base de grilo, vai custar caro”, diz Ivan. “A farinha de grilo é um produto de luxo. Custa cerca de 60 euros (R$ 323) por quilo. Se você levar macarrão de grilo, por exemplo, um pacote pode custar até 8 euros (R$ 48).” 

Isso é até oito vezes mais do que a massa normal do supermercado. 

Por enquanto, os alimentos com insetos continuam sendo uma opção de nicho nas sociedades ocidentais, já que os agricultores podem vender aves e carne bovina a preços mais baixos. 

“A carne que produzo é muito mais barata que a farinha de grilo e é de muito boa qualidade”, diz Claudio Lauteri, dono de uma fazenda perto de Roma que pertence a sua família há quatro gerações. 

Mas não se trata apenas de preço. É sobre aceitação social. 

Em toda a Itália, o número de pessoas que vivem até os 100 anos ou mais está aumentando rapidamente. Muitos apontam a dieta mediterrânea como o Santo Graal para um estilo de vida saudável. 

“Os italianos comem carne há séculos. Com moderação, é definitivamente saudável”, diz Claudio. 

Ele acredita que a comida à base insetos pode ser uma ameaça à tradição culinária italiana – algo universalmente sagrado neste país. 

“Esses produtos são lixo”, diz ele. “Não estamos acostumados com eles, não fazem parte da dieta mediterrânea. E podem ser uma ameaça para as pessoas: não sabemos o que comer insetos pode fazer com nossos corpos.” 

“Sou absolutamente contra esses novos produtos alimentícios. Recuso-me a comê-los.” 

Claudio Lauteri diz que alimentos com insetos são uma ameaça à dieta mediterrânea — Foto: BBC 

Conforme a criação de insetos aumenta na Europa, também aumenta a hostilidade à ideia. 

O assunto passou a ser mais um ponto na guerra cultural e mobiliza a direita radical. 

A decisão da UE de aprovar insetos para consumo humano foi descrita por um membro do partido de direitaradical Irmãos da Itália como “beirando a loucura”. 

A primeira-ministra Giorgia Meloni, que se referiu à Itália como uma “superpotência alimentar”, criou um ministério para os produtos feitos na Itália quando foi eleita, com o objetivo declarado de “salvaguardar a tradição”. 

“Produtos de insetos estão chegando às prateleiras dos supermercados! Farinha, larvas – bom, delicioso”, disse ela em tom de desgosto em um vídeo. 

Em meio a preocupações de que os insetos possam ser associados à culinária italiana, três ministros do governo anunciaram quatro decretos buscando reprimir a prática. “É fundamental que essas farinhas não sejam confundidas com alimentos feitos na Itália”, disse Francesco Lollobrigida, ministro da Agricultura. 

A alimentação com insetos não está apenas dividindo opiniões na Itália. 

Na Polônia, tornou-se um tema quente antes das eleições deste ano. Em março, políticos dos dois principais partidos acusaram-se mutuamente de aprovar políticas que obrigariam os cidadãos a comer insetos – o líder do principal partido da oposição, Donald Tusk, rotulou o governo de “promotor da sopa de minhocas”. 

Enquanto isso, Áustria, Bélgica e Holanda são mais receptivos a comer insetos. Na Áustria, eles comem insetos secos como aperitivo, e os belgas estão abertos a comer larvas em shakes e barras energéticas, hambúrgueres e sopas. 

“Infelizmente ainda há muita desinformação sobre comer insetos”, diz Daniel Scognamiglio, que dirige o restaurante que serve tagliatelle de grilo. 

“Recebi ódio, fui criticado. A tradição alimentar é sagrada para muitas pessoas. Eles não querem mudar seus hábitos alimentares.” 

Mas ele identificou uma mudança e diz que mais pessoas – muitas vezes por curiosidade – estão pedindo os produtos à base de grilo de seu cardápio. 

Com a população global agora ultrapassando oito bilhões, teme-se que os recursos do planeta não possam atender às necessidades alimentares de tantas pessoas. 

A produção agrícola mundial terá que aumentar em 70%, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. 

Mudar para proteínas ecológicas – como insetos – pode se tornar uma necessidade. 

Até agora, as possibilidades de produção e comercialização de alimentos para insetos eram limitadas. Com a aprovação da UE, a expectativa é que, com o crescimento do setor, os preços caiam significativamente. 

Ivan conta que já recebe muitos pedidos de seus produtos em restaurantes e supermercados. 

“O impacto no meio ambiente é quase zero. Somos uma peça do quebra-cabeça que pode salvar o planeta.”

Informações G1


Apesar de leve desaceleração, preços ainda estão disparados no país vizinho

Argentina Gasoduto
Presidente da Argentina, Alberto Fernández | Foto: Divulgação/Casa Rosada

A taxa anual da inflação na Argentina fechou junho em 115%, de acordo com dados divulgados na quinta-feira 13 pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). A taxa mensal em junho foi de 6%, o que indica uma desaceleração da inflação, ante as taxas de 8,4% e 7,6% em abril e maio, respectivamente. A título de comparação, a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é de 3,16% ante os 115% na Argentina.

Os setores com maiores aumentos de preços em junho foram comunicações (10,5%), saúde (8,6%), gastos com habitação, incluindo insumos como gás e eletricidade (8,1%). As menores altas foram em alimentação e bebida (4,1%), roupas e calçados (4,2%) e bebidas alcoólicas e cigarro (4,5%)publicidade

No primeiro semestre do ano, a inflação acumulou alta de 50,7% na Argentina. Em todo o ano de 2022, os preços subiram quase 95%.

As mais recentes previsões de analistas de mercado coletadas mensalmente pelo Banco Central da Argentina (BCRA) revelam que a inflação será de 142,4% neste ano e de 105% em 2024.

Com a inflação disparada, a taxa de juros na Argentina está em 97%, índice mantido na última reunião, de junho. Antes disso, o BCRA vinha aumentando a taxa de juros há meses. Em março, passou de 75% para 78%; em abril, para 81%; em maio, chegou a 97%, depois de ajustes sucessivos.

Informações Revista Oeste


Avatar 3 e 4 estão entre os trabalhos que provavelmente serão afetados pela paralisação da indústria cinematográfica americana.

'Avatar 3' e 'Avatar 4' estão atualmente em produção e provavelmente serão afetados pela greve  — Foto: 20th Century Studios/Disney

‘Avatar 3’ e ‘Avatar 4’ estão atualmente em produção e provavelmente serão afetados pela greve — Foto: 20th Century Studios/Disney 

Uma mega-greve de roteiristas e artistas em Hollywood, a Meca do cinema mundial, provavelmente paralisará a produção da maioria dos filmes e de muitos programas de televisão. 

A última vez que membros do Screen Actors Guild – Federação Americana de Artistas de Televisão e Rádio (SAG-AFTRA, na sigla em inglês) fizeram uma greve foi em julho de 1980. 

Naquela época, parte da briga entre seus membros e as gigantes do entretenimento era sobre os lucros com a venda de programas e filmes feitos para a TV fechada e fitas de vídeo, informou o jornal The New York Times na época. 

Quarenta e três anos depois, a nova paralisação — que se soma a uma greve em curso de roteiristas — se concentra em demandas semelhantes relacionadas a material feito para plataformas de streaming e preocupações com inteligência artificial. 

Quais filmes serão afetados?

Espera-se que a paralisação cause um impacto na produção e promoção de filmes e programas de TV. 

Entre os próximos lançamentos, incluindo eventos promocionais como coletivas de imprensa e estreias no tapete vermelho, estão Mansão Mal Assombrada, As Tartarugas Ninja: Caos Mutantes e A noite das Bruxas. 

Alguns dos maiores sucessos de bilheteria que atualmente estão em produção incluem Mulher Maravilha 3, Caça-Fantasmas 4, Mufasa: O Rei Leão e Avatar 3 e 4, de acordo com o Internet Movie Database. 

Embora o roteiro desses projetos provavelmente esteja concluído, a greve dos artistas interromperá grande parte do trabalho de produção e causará estragos na programação. 

O número de licenças de filmagem para longas-metragens e projetos de televisão, incluindo reality shows, em Los Angeles caiu 64% na semana passada, em comparação com o mesmo período de 2022, segundo dados da FilmLA. 

“Em uma semana normal nesta época do ano, haveria dezenas de projetos de televisão com roteiro em produção. Por outro lado, não temos séries de TV com roteiro com permissão para filmar esta semana”, disse a agência. 

Produções no exterior, como as filmagens da sequência de Gladiador, da Paramount, em Marrocos e Malta, também devem ser afetadas — Foto: Reuters

Produções no exterior, como as filmagens da sequência de Gladiador, da Paramount, em Marrocos e Malta, também devem ser afetadas — Foto: Reuters 

Mesmo que a fotografia principal — a maior parte da filmagem em um projeto — esteja concluída, os atores agora não estão disponíveis para solicitações típicas, como refilmagens e substituição de diálogos — onde as falas são regravadas para corrigir erros ou resmungos. 

Produções no exterior, como as filmagens da sequência de Gladiador, da Paramount, em Marrocos e Malta, também devem ser afetadas. 

Em termos de TV, a Warner Bros Discovery já se gabou por sofrido efeitos mínimos da greve dos roteiristas em projetos da HBO, como a série House of the Dragon, porque os roteiros estavam completos. 

Mas a greve dos artistas que são membros do SAG-AFTRA siginifica que muitos roteiros totalmente escritos provavelmente serão suspensos. 

Acredita-se que acordos paralelos possam ser fechados entre artistas e produtores da associação para permitir que certos projetos continuem. 

Nos Estados Unidos, outros projetos de TV que devem ser produzidos durante o verão no Hemisfério Norte incluem a segunda série de Night Court e Chicago Med, Fire e P.D. na NBC, NCIS e Young Sheldon na CBS, e Family Guy e Os Simpsons na Fox. 

À medida que os estúdios nos Estados Unidos e em outras partes do mundo ficam mais silenciosos como resultado da mega-greve de Hollywood, ocorrerão reuniões entre as associações e representantes da indústria do entretenimento. 

Em 1980, durante a última greve dos atores, a paralisação durou 10 semanas enquanto os dois lados debatiam os termos de um novo acordo que refletisse as demandas e preocupações de todos. 

O custo dessa paralisação foi estimado em cerca de US$ 100 milhões (R$ 480 milhões no câmbio atual) pelo setor, disse o The New York Times na época. Hoje o valor equivaleria a cerca de R$ 1,7 bilhão. 

A última vez que roteiristas e atores entraram em greve juntos foi em 1960 — quando os roteiristas pararam de trabalhar por 21 semanas e os atores pararam de trabalhar por seis. 

Desta vez, as negociações podem ser ainda mais prolongadas, já que alguns atores incentivam o sindicato a adotar uma abordagem linha-dura, de acordo com a revista Variety. 

“Este não é um momento para ficar em cima do muro”, diz uma carta assinada por 2.000 atores. 

De sua parte, os empregadores e produtores de Hollywood disseram estar desapontados com a decisão da SAG-AFTRA de entrar em greve. 

A Alliance of Motion Picture and Television Producers disse que “certamente não foi o resultado que esperávamos, pois os estúdios não podem operar sem os artistas que dão vida aos nossos programas de TV e filmes”. 

“Lamentavelmente, o sindicato escolheu um caminho que levará a dificuldades financeiras para incontáveis milhares de pessoas que dependem do setor”.

Informações G1


Comunismo: Dono da aliExpress critica do governo chinês e perde metade da empresa

Foto: REUTERS/Yuya Shino

O Bloomberg Billionaires Index estima que a fortuna de Jack Ma — cofundador da fintech Ant Group e da empresa de comércio eletrônico Alibaba — seja agora menos da metade do que era em 2020.

Na época, o pico de sua riqueza, o patrimônio de Ma foi avaliado em US$ 61,2 bilhões, ou R$ 294,4 bilhões.

O fundador da Alibaba, que já foi a pessoa mais rica da Ásia, agora tem um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 30 bilhões (R$ 144,3 bilhões), segundo dado divulgado nesta quarta-feira (12)

O Bloomberg Billionaires Index calcula que apenas ao longo de 2021 a riqueza do magnata ficou US$ 4,1 bilhões (R$ 19,7 bilhões) menor. O principal fator foi a menor avaliação do Ant Group, no qual o empresário tem uma participação de 9,9%, segundo a Bloomberg.

Naquele ano, Ma realizou um discurso que descarrilhou o que deveria ser a maior venda de ações do mundo na época.

Ponto de virada

A perda combinada de capitalização de mercado para Ant e Alibaba totaliza cerca de US$ 877 bilhões (R$ 4,2 trilhão), de acordo com um cálculo da CNN com base nos preços de pico das ações registrados no final de outubro de 2020, mesma época em que o empresário criticou os reguladores financeiros e bancos chineses em discurso.

A crítica de Ma, feita poucos dias antes de a Ant serlistada em Xangai e Hong Kong, colocou o governo chinês em choque com a iniciativa privada no país. A situação se agravou com o endurecimento do sistema regulatório de empresas de tecnologia em toda a China.

Os reguladores chineses encerraram o IPOde US$ 37 bilhões (R$ 178 bilhões) da Ant em novembro de 2020 e ordenaram que a empresa reestruturasse seus negócios.

Longe dos holofotes

Desde então,o bilionário se manteve mais discreto.Nos últimos anos, ele teria passado um tempo no Japão, junto do amigo e CEO do SoftBank, Masa Son, e em Hong Kong.Ma também iniciou umnovo trabalhocomo professor visitante em uma universidade de Tóquio.

Depois de passar dois anos reformulando seus negócios, Jack Ma abriu mão do controle da Ant em janeiro. Ele já havia deixadoo cargo de presidente do Alibaba em 2019, quando completou 55 anos.

A Ant e suas unidades também forammultadas emUS$ 994 milhões (R$ 4,7 bilhões) pelos reguladores financeiros chineses na semana passada, por supostamente violar regras relacionadas à proteção do consumidor e governança corporativa.

Em março, o Alibaba anunciouplanos de se dividir em seis unidades separadas, cada uma supervisionada por seu próprio presidente-executivo e conselho administrativo. A empresa disse esperar que a nova estrutura permita maior agilidade e valor para os investidores.

Informações TBN


Vítimas foram esfaqueadas, segundo as autoridades locais. Um suspeito foi preso, e polícia chamou o caso de ‘agressão intencional’.

Jardim de infância foi alvo de ataque, na China — Foto: Reuters

Jardim de infância foi alvo de ataque, na China — Foto: Reuters 

Um ataque em um jardim de infância deixou seis pessoas mortas e uma ferida, nesta segunda-feira (10), na China. As vítimas foram esfaqueadas, segundo as autoridades locais. Um homem de 25 anos foi preso. 

A polícia chamou o caso de “agressão intencional”, mas não deu detalhes sobre as idades das vítimas. A imprensa chinesa afirmou que há adultos e crianças entre os feridos. 

O caso aconteceu na província de Guangdong, sudeste da China, por volta das 7h40, no horário local – noite de domingo (9) no Brasil. As causas do ataque estão sendo investigadas. 

Ataques em escolas têm se tornado mais frequentes na China, mesmo o país tendo uma lei rígida em relação ao porte de armas e segurança. 

Em agosto de 2022, três pessoas foram mortas e seis ficaram feridas em um esfaqueamento em um jardim de infância na província de Jiangxi. 

Já em 2021, um homem matou duas crianças e feriu 16 em outra escola infantil, em Guangxi.

Informações G1


Itália pode endurecer regras para cidadania e ameaça direito de mais de 30 milhões de brasileiros

Conhecido como o passaporte europeu “mais fácil”, o documento italiano pode ficar mais restrito. No início de junho deste ano, começou a tramitar no Parlamento da Itália um projeto que prevê o enrijecimento das regras. Apesar de não existir um dado preciso sobre o número de descendentes de italianos no Brasil, estima-se que mais de 30 milhões estejam aptos a solicitar a cidadania. Se esse é seu desejo, é preciso começar logo. Especialistas ouvidos pela Jovem Pan dividem opiniões sobre a possibilidade de aprovação do projeto do senador Roberto Menia, do partido Fratelli d’Italia, o mesmo da primeira-ministra Giorgia Meloni. Caso isso aconteça, além de comprovar laços sanguíneos com algum italiano, também será preciso ter proficiência no idioma – nível B1 – e residência de um ano no país, para os descendentes de pessoas italianas além do terceiro grau. O projeto pretende reduzir a facilidade de aquisição à terceira geração, ou seja, restringir e muito a quantidade de pessoas que podem buscar esse direito. Essas são apenas três das várias medidas que podem ser alteradas na Lei de Cidadania, de 5 de fevereiro de 1992.

Nátali Lazzari, especialista em genealogia e cidadania italiana, fala que há anos existem tentativas de mudança. Hoje, dos 27 países que fazem parte da União Europeia, só a Itália tem uma normativa abrangente. “Muitos utilizam a cidadania italiana como um instrumento para conseguir entrar nos Estados Unidos e Canadá, subsidiar faculdades de filhos e entrar com mais facilidade em aeroportos. O passaporte italiano virou um instrumento”, observa a gaúcha, que mora em Vêneto e lidera a equipe Avanti Cidadania. Há 8 anos, ela também é membro do Instituto Genealógico Italiano. Ela relata que o projeto ganhou mais força depois do crescimento do partido conservador, conhecido por reprimir também o acesso de imigrantes à Itália. O grupo considerado de extrema-direita assumiu o poder em 2022, após a renúncia do premiê Mario Daghi -, e a Lei de Cidadania é de um contexto de esquerda abrangente que abraça muitos.

“Não esperávamos que fosse tão rápido que o projeto fosse apresentado dentro do governo. A orientação é contra os descendentes de italianos. Eles consideram italianos quem é neto de italiano, apenas. Não está certo nem errado, cada um tem sua opinião, mas a visão do governo agora é clara”, fala Lazzari. A especialista acredita que as chances de o projeto ser aprovado são grandes, mas não se pode prever um prazo. Se passar, não deverá afetar quem já iniciou o processo de solicitação de cidadania.

Luciana Laspro, responsável pelo Patronato Enasco em São Paulo e Presidente do MAIE- Brasile (MAIE – Movimento Associativo dos Italianos no Exterior), destaca que as mudanças são propostas para todo o mundo, e não só para brasileiros. “A motivação real por trás dessa alteração é lidar com a avalanche de processos que atualmente sobrecarrega os tribunais italianos, bem como a ineficiência dos serviços públicos italianos, como Consulados e Comunes, que não conseguem dar conta da demanda.” Ela observa que há uma certa percepção de preconceito em relação aos cidadãos italianos nascidos fora da Itália. “Isso pode ser evidenciado pelo fato de que o projeto de lei menciona casos de cidadanias concedidas a pessoas nascidas no exterior que não têm conhecimento do idioma italiano e têm poucos ou nenhum laço com o país.”

Laspro tem uma visão diferente de Lazzari. Ela não acredita que a mudança vá para frente. “Esse projeto, especificamente, não tem possibilidade de ser aprovado na redação como está. De qualquer forma, é importante lembrar que, de acordo com a legislação italiana, os descendentes nascem italianos, não se tornam italianos.” Ela ressalta que o “reconhecimento da cidadania é um procedimento administrativo (ou um processo judicial) de natureza declaratória e não constitutiva. Ele apenas verifica um status que o indivíduo já possui. Portanto, qualquer mudança na lei não afetará aqueles já nascidos”. Daniel Taddone, Conselheiro do CGIE (Conselho Geral dos Italianos no Exterior), tem o mesmo pensamento. “Tentativas de modificar a legislação italiana ocorrem anualmente, às vezes mais de uma vez por ano. Trata-se de uma matéria complexa e de difícil trânsito no Parlamento. A proposta da vez é muito mal estruturada e não tem nenhuma chance de prosseguir tramitação na forma como está escrita.”

Amanda Zanesco, aos 24 anos, está preparando o processo para solicitar cidadania italiana. O possível endurecimento das regras fez com que a família agilizasse a busca por documentos. Agora, eles pretendem fazer o processo pela via judicial, que é a forma mais rápida estando no Brasil. “Ficamos bastante preocupados com essa nova proposta de lei, ainda não sei muito profundamente sobre ela, mas seria bastante tempo de pesquisa e dinheiro jogados fora se não conseguíssemos concluir o processo”, diz. “Passamos em torno de 3 anos apenas nas pesquisas da árvore genealógica, buscando os documentos necessários, alguns deles estavam em cidades que nem existem mais, então tudo isso toma tempo. O documento mais difícil de encontrar foi exatamente o do ancestral que nos dá o direito da cidadania, pois não sabíamos ao certo a cidade em que ele havia nascido, e como as buscas eram de 1900 foi bem difícil a busca no Brasil.”

A maioria dos brasileiros com descendência italiana vive nas regiões Sul e Sudeste. São Paulo lidera o ranking, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul – onde acredita-se que 27% da população tem ascendência imigrante italiana, ou seja, um terço dos gaúchos. A Serra Gaúcha é a região que registra a maior parte deles, uma vez que os primeiros imigrantes se estabeleceram em cidades da área. A reportagem entrou em contato com a Embaixada da Itália no Brasil para mais informações sobre o projeto que tramita no Parlamento mas, até a publicação, não havia tido um retorno.

Créditos: Jovem Pan.


Portugal rompe acordo de reciprocidade para advogados brasileiros e surpreende OAB

A Ordem dos Advogados Portugueses anunciou o encerramento do acordo de reciprocidade com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O compromisso entre as entidades, firmado em 2008, permitia que advogados inscritos em uma delas pudessem ser registrados na outra sem a realização de estágio ou provas. A decisão de romper com esse compromisso, publicada no site da organização portuguesa nesta terça-feira (4), pegou de surpresa a OAB.

Para justificar a medida, a Ordem dos Advogados Portugueses apontou razões formais, como mudanças nas leis em um viés diferente do adotado no Brasil, mas também de desempenho dos advogados brasileiros, que estariam apresentando “sérias e notórias dificuldades” de adaptação tanto ao regime jurídico português, quanto à legislação processual e às plataformas jurídicas utilizadas em solo português.

De acordo com o comunicado, esse cenário “faz perigar os direitos, liberdades e garantias dos(as) cidadãos(ãs) portugueses(as) e, de forma recíproca os(as) dos(as) cidadãos(ãs) brasileiros(as)”.

A OAB lamentou a decisão dos colegas portugueses. Em nota, o presidente da entidade, Beto Simonetti, se disse surpreendido pela decisão, ainda mais pelo fato de o aperfeiçoamento do acordo estar sendo discutido entre as duas entidades.

Leia abaixo a íntegra da manifestação:

“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi surpreendido, nesta terça-feira (4/7), pela decisão da Ordem dos Advogados Portugueses (OAP) de romper, unilateralmente, o acordo de reciprocidade que permitia a inscrição de advogados brasileiros nos quadros da advocacia de Portugal e vice-versa.

Estava em curso um processo de diálogo iniciado havia vários meses com o objetivo de aperfeiçoar o convênio, uma vez que a realidade demográfica, social, legislativa e jurídica dos dois países evoluiu desde a assinatura do acordo. A OAB, durante toda a negociação, se opôs a qualquer mudança que validasse textos imbuídos de discriminação e preconceito contra advogadas e advogados brasileiros. A mentalidade colonial já foi derrotada e só encontra lugar nos livros de história, não mais no dia a dia das duas nações.

A cooperação e amizade entre Brasil e Portugal, inclusive na advocacia, têm resultado em inúmeros benefícios para ambos os países e, sobretudo, para suas cidadãs e cidadãos. A OAB acredita que o diálogo respeitoso, fundamentado na igualdade entre as nações, é o caminho para o equacionamento de qualquer discordância momentânea. A prioridade da OAB é a defesa e o fortalecimento das prerrogativas profissionais, não importa onde tenha que atuar para assegurá-las.

Tendo em visto o anúncio unilateral, a OAB tomará todas as medidas cabíveis para defender os direitos dos profissionais brasileiros aptos a advogar em Portugal ou que façam jus a qualquer benefício decorrente do convênio do qual a Ordem portuguesa está se retirando. Paralelamente, a Ordem dos Advogados do Brasil buscará a retomada do diálogo, respeitando a autonomia da Ordem dos Advogados Portugueses e compreendendo que a entidade europeia enfrenta dificuldades decorrentes de pressões governamentais.”

Créditos: Gazeta do Povo.


Príncipe William recebe um salário milionário sem ter que fazer nada; Descubra o valor revelado

Príncipe William recebe um salário milionário sem ter que fazer nada; Descubra o valor revelado

Foto: Kate Middleton e Príncipe William após a cerimônia de coroação de Rei Charles III — Getty Images

Imagina receber quase £ 6 milhões, aproximadamente R$ 36 milhões na cotação atual da libra no Brasil? Pois bem, foi o que o príncipe William recebeu neste ano!

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29), no relatório anual de 2023 do Ducado da Cornualha, no Reino Unido, segundo publicou os sites “Page Six” e “New York Post”.

Imagina receber quase £ 6 milhões, aproximadamente R$ 36 milhões na cotação atual da libra no Brasil? Pois bem, foi o que o príncipe William recebeu neste ano!

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29), no relatório anual de 2023 do Ducado da Cornualha, no Reino Unido, segundo publicou os sites “Page Six” e “New York Post”.

“Meu pai deixou uma marca indelével no Ducado. Estou ansioso para continuar seu trabalho, bem como explorar novas oportunidades para fazer a diferença”, disse William em um encaminhamento para o relatório, conforme o “Page Six”.

O que é o “Ducado de Cornualha”

Criada pelo rei Eduardo 3º, em 1337, o Ducado é uma propriedade privada com o objetivo de “proporcionar independência a seu filho e herdeiro”, conforme publicação do “New York Post”.

A tradição seguiu ao longo dos anos e agora chegou a vez de William receber os fundos para que sejam usados em financiamentos de atividades públicas, privadas e de caridade.

Créditos: CNN.



Ministros do TSE votaram para tornar o ex-presidente inelegível nesta 6ª feira (30.jun)

captura de tela de jornais internacionais repercutindo a inelegibilidade de Bolsonaro
Veículos de notícias internacionais noticiaram a decisão do TSE de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível

Veículos de mídias internacionais noticiaram a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por 8 anos. Ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Os ministros acataram a ação apresentada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) em agosto de 2022 contra a reunião do ex-chefe do Executivo com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE.

Veículos internacionais como o The GuardianReutersLa Nación e El País noticiaram o caso. Leia alguns destaques.

The New York Times

“Brasil se move para barrar Bolsonaro do cargo por acusações de fraude eleitoral”, escreveu o jornal norte-americano.

Home do site The New York Times

Bloomberg

“Bolsonaro será banido de cargos públicos no Brasil por 8 anos”, reportou o veículo de notícias.

O jornal ainda escreveu que os esforços para espalhar dúvidas sobre as eleições de 2022 agora colocam em risco seu futuro político.

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La Nación

“Justiça brasileira concorda em inabilitar Jair Bolsonaro de concorrer às eleições por 8 anos”, escreveu o jornal argentino.

El País

“Juízes formam maioria para excluir ex-presidente Bolsonaro das eleições até 2030”, noticiou o jornal espanhol.

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The Guardian

“Juízes proíbem Bolsonaro de concorrer ao cargo por 8 anos por ‘mentiras terríveis’”, noticiou o jornal.

O veículo disse ainda que Bolsonaro vendeu “mentiras imorais” “terríveis” durante a eleição “amarga” de 2022.

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Reuters

“Carreira de Bolsonaro foi destruída com a maioria do tribunal brasileiro”, disse a agência britânica de notícias.

No texto, o veículo diz que Bolsonaro é acusado de incitar um movimento nacional para reverter o resultado das eleições de 2022, que culminou na invasão aos prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro de 2023.

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Clarín

“A Justiça Eleitoral do Brasil inabilitou Jair Bolsonaro de participar das eleições até 2030”, reportou o jornal da Argentina.

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Informações Poder 360


Tribunal Penal Internacional reabre investigação sobre crimes contra a humanidade na Venezuela

Foto: MANAURE QUINTERO / REUTERS.

Tribunal Penal Internacional (TPI) autorizou nesta terça-feira, 27, que seu procurador retome as investigações sobre supostos crimes contra a humanidade cometidos na Venezuela pelo governo do ditador Nicolas Maduro.

A Venezuela argumenta que as alegações de violações de direitos humanos cometidas durante a repressão às manifestações contra o governo em 2017, que deixaram centenas de mortos, devem ser tratadas por seu próprio sistema judicial.

O TPI, com sede em Haia, disse em um comunicado que os juízes da jurisdição concluíram que, embora “a Venezuela esteja conduzindo algumas medidas investigativas, seus processos criminais internos não refletem suficientemente o escopo da investigação prevista pelo Gabinete do Procurador”.

O tribunal acrescentou que chegou a essa conclusão “com base nas observações e no material recebido”. Os juízes, portanto, decidiram autorizar o promotor Karim Khan a “retomar a investigação” sobre a situação na Venezuela.

“Quanto aos fatores que a Assembleia considerou determinantes para sua conclusão, ela constatou que a Venezuela não parece estar investigando as alegações de fato subjacentes aos elementos contextuais dos crimes contra a humanidade”, disse o comunicado. “As investigações nacionais em geral parecem se concentrar em perpetradores diretos e/ou de nível inferior”, disse.

Também indicou que “a Venezuela parece ter tomado medidas investigativas limitadas e que, em muitos casos, parece haver períodos inexplicáveis de inatividade investigativa”.

De acordo com o Estatuto de Roma, o tratado de fundação do TPI, um Estado membro pode solicitar oficialmente que o promotor do TPI restrinja a investigação do Estado ao seu próprio território.

A Venezuela ratificou o Estatuto de Roma em 2000, e o escritório do promotor do tribunal recebeu um encaminhamento em setembro de 2018 da Argentina, Canadá, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru, denunciando a suposta prática de crimes contra a humanidade na Venezuela desde 12 de fevereiro de 2014.

O sistema judiciário venezuelano indiciou e condenou policiais pela morte de manifestantes durante os protestos de 2017, mas os opositores do governo consideram que essas medidas foram tomadas apenas para evitar processos no TPI.

Em novembro de 2021, o promotor do TPI anunciou, ao lado do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, que estava passando de uma investigação preliminar aberta em 2018 para uma investigação formal.

“Essa conclusão não impede que a Venezuela forneça material no futuro para permitir que o Gabinete do Procurador ou a Câmara determine a inadmissibilidade com base na complementaridade”, disse o comunicado. 

Créditos: /AFP /EFE

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