Bananeiros do Paraguai e da Bolívia disseram basta à Argentina. Com mais de US$ 20 milhões a receber dos argentinos, os fornecedores da fruta desses dois países decidiram suspender as exportações e, a partir dessa semana, caminhões não vão mais cruzar a fronteira.
A medida foi acompanhada por um protesto. Em Assunção, bananeiros paraguaios fizeram um “bananaço” na terça-feira (15) em frente à Embaixada da Argentina. Aos motoristas e pedestres, os cachos que deveriam estar nos supermercados em Buenos Aires, Córdoba e Mendonza eram distribuídos gratuitamente.
A Câmara Paraguaia de Banana e Abacaxi (Capabap) estima que compradores argentinos devem mais de US$ 10 milhões por frutas exportadas, mas não pagas. A mesma situação acontece na Bolívia, onde a dívida somaria valor semelhante.
Do Paraguai, anualmente cerca de 3.200 caminhões cruzam a fronteira por ano para entregar bananas ao mercado argentino. O plantio e comercialização da fruta emprega cerca de 2.500 famílias paraguaias e dá cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos, estima a Capabap.
A falta de pagamento aos bananeiros é apenas uma amostra da dificuldade do comércio exterior da Argentina na atual crise que tem alta inflação e falta de dólares.
Para importar, empresas argentinas precisam registrar as operações no SIRA, o Sistema de Importações da República Argentina. Com os dados no sistema, as importações são aprovadas ou não pelo governo.
Uma amostra do funcionamento desse sistema aconteceu no último dia 4 de setembro. Nessa data, é comemorado o Dia da Indústria na Argentina. Em um evento do setor industrial, o atual ministro da Economia e candidato governista à presidência Sergio Massa anunciou – com clima de festa – a aprovação de pedidos de importação que somavam cerca de US$ 700 milhões.
Ter a autorização, porém, é apenas o primeiro passo para concluir as compras do exterior.
Dados do Banco Central da Argentina mostram que importadores de bens somavam dívida de US$ 36,9 bilhões em junho. Havia, ainda, US$ 10,9 bilhões a pagar em serviços do exterior.
Os valores se referem aos compromissos de empresas argentinas que compraram bens e serviços em outros países. E uma parte desse dinheiro é aguardado exatamente pelos bananeiros paraguaios e bolivianos.
Para efeito de comparação: essa dívida comercial de US$ 47,8 bilhões já é maior que todo o valor que a Argentina deve ao Fundo Monetário Internacional, que soma atualmente cerca de US$ 41 bilhões.
Créditos: CNN.
Foto: Reprodução/YouTube/CámaraNacionalElectoral
No último debate entre os dois candidatos a presidente da Argentina, ocorrido na noite deste domingo (12) em Buenos Aires, Javier Milei e Sergio Massa falaram sobre a relação do país com o Brasil e com a China.
Massa, que é o atual ministro da Economia da Argentina, perguntou ao rival de direita se, caso eleito, ele pretende manter relações com o Brasil e com a China e lembrou que Milei já chamou os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Xi Jinping de “comunistas”.
“Brasil e China: Você vai manter relações ou não? Porque você chamou de comunistas os dois presidentes”, questionou. Milei disse que as relações devem ser mantidas pelo setor privado e citou falta de diálogo entre o atual presidente argentino, Alberto Fernández, e o ex-chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro (PL).
“Você pertence a um governo em que o Alberto Fernández não falava com o Bolsonaro. Que problema tem em eu falar ou não com o Lula?”, rebateu Milei.
Massa acusou Milei de ter “má memória” e lembrou que visitou Bolsonaro durante a pandemia, quando ainda era deputado. “Acho que o que você não está querendo dizer para as pessoas é que por preconceito ideológico, você vai deixar 2 milhões de argentinos [do setor agropecuário, portuário e automotor] sem trabalho. A ruptura do Mercosul, das relações com o Brasil e com a China, representam 2 milhões de empregos a menos e um impacto nas exportações argentinas de 28 bilhões de dólares. A política exterior não pode ser regida por caprichos, por ideologia, devem ser regidas pelo interesse nacional”, expressou.
Milei, por sua vez, disse que “acredita profundamente” na abertura do comércio internacional, mas que o Estado não tem porque interferir nas relações internacionais.
“O melhor exemplo do estorvo que o Estado causa é o que está acontecendo com o Mercosul, que não tem rua de saída, que está empacado, e não progride para nenhum lado. Diante dessas mentiras que dizem que eu sinalizo que não tem que comercializar com a China, com o Brasil, eu digo que é falso. Mas é uma questão dos privados, o Estado não tem que ficar se metendo, porque cada vez que o Estado se mete, gera corrupção e isso gera queda do bem-estar dos argentinos”, disse o candidato oposicionista.
Milei acrescentou que o comércio do setor privado com o Brasil e com a China continuará existindo, mas caso deixasse de existir “poderia comercializar com outro lugar”, ou triangular com outros países. “Deixe de assustar as pessoas com a perda de postos de trabalho”, reclamou.
Informações TBN
Agentes investigam se campanha do democrata Eric Adams foi financiada pelo governo turco
Agentes do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) apreenderam celulares e outros aparelhos eletrônicos do prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams.
O FBI está investigando o financiamento da campanha de Adams à prefeitura da maior cidade norte-americana, em 2021. Há suspeita de que ele tenha recebido dinheiro do governo da Turquia.
Adams é um ex-policial. Quando o abordaram na rua, os agentes do FBI pediram para que os seguranças do prefeito se afastassem, entraram no carro dele e levaram pelo menos dois celulares e um tablet. Os aparelhos já foram devolvidos.
“Como ex-membro da aplicação da lei, espero que todos os membros da minha equipe sigam a lei e cooperem totalmente com qualquer tipo de investigação, e continuarei a fazer exatamente isso”, disse Adams em nota. “Não tenho nada a esconder.”
O advogado e porta-voz da campanha do prefeito, Boyd Johnson, disse à CNN que “o prefeito não foi acusado de qualquer irregularidade e continua cooperando com a investigação”.
A investigação federal sobre a campanha de Adams tornou-se pública na semana passada, quando agentes do FBI revistaram a casa de sua ex-arrecadadora de fundos — uma ex-estagiária de 25 anos, Brianna Suggs.
Foram apreendidos laptops, celulares e uma pasta com a etiqueta “Eric Adams”.
A notícia da operação fez com que o prefeito recuasse e voltasse de Washington para Nova York, onde estava programado um encontro com a Casa Branca e autoridades do Congresso para discutir a chegada de migrantes à sua cidade.
Segundo o jornal The New York Times, o mandado do FBI para revistar a casa de Brianna buscava evidências de conspiração entre a campanha do prefeito, a Turquia e uma incorporadora imobiliária do Brooklyn, de propriedade turca.
As autoridades investigam se as doações tinham sido feitas a Adams pelo governo turco ou por cidadãos turcos por meio de um esquema que envolvia contribuintes falsos.
Informações Revista Oeste
Foto: LUIS ROBAYO/AFP
Faltando menos de dez dias para o segundo turno das eleições presidenciais naArgentina, o candidato de oposiçãoJavier Mileiestá ligeiramente à frente do candidato do governo, o ministro da EconomiaSergio Massa, de acordo com uma pesquisa realizada pela Atlas-Intel. Milei possui 48,6% das intenções de voto, enquanto Massa tem 44,6%. No primeiro turno, o candidato apadrinhado pelo presidenteAlberto Fernándezconseguiu mais votos, mas Milei pode estar se beneficiando do apoio público de Patricia Bullrich, que ficou em terceiro lugar.
Considerando apenas os votos válidos, o ultraliberal tem 52,1% das intenções, e Massa, 47,9%. Esses resultados são praticamente os mesmos da pesquisa realizada em 3 de novembro, que mostrou 52% a 48%. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de novembro, com 8.971 eleitores, e possui uma margem de erro de 1 ponto percentual para cima ou para baixo.
Esta é a última pesquisa eleitoral antes do período de proibição de divulgação de resultados pelos institutos.
A pesquisa da Atlas também revelou que, embora os eleitores prefiram Milei, muitas das propostas defendidas por ele são rejeitadas pela maioria da população. Uma delas é a promessa de fechar o Banco Central da Argentina e substituir o peso argentino pelo dólar americano, ideia que contrária para 51% dos entrevistados (35% são a favor e 15% não souberam opinar).
Outro tema polêmico é a flexibilização da compra de armas por civis, que enfrenta uma oposição ainda maior, com 68% dos argentinos sendo contrários à ideia e apenas 20% a favor. Além disso, a proposta do oposicionista de permitir a venda de órgãos também não atraiu os argentinos, com 78% sendo contrários e apenas 9% a favor.
Jovem Pan
Foto: MidJourney/Divulgação
Um carro oficial da embaixada brasileira em Sófia, na Bulgária, foi detido na fronteira com a Turquia com quase 55 Kg de cocaína. A informação foi divulgada pelo jornal búlgaro “24 Chasa”.
De acordo com o jornal, o carro teria entrado na Turquia pelo posto de controle de Kapıkule, na região noroeste do país de Recep Tayyip Erdoğan, após vir de uma vila no sul da Bulgária.
A cocaína teria sido escondida em diferentes partes do veículo, segundo o jornal búlgaro, e o motorista e outra pessoa teriam sido detidas na Turquia por tráfico de drogas.
Em nota, a embaixada brasileira na Bulgária afirmou que identificou a falta de um carro oficial e notificou as autoridades búlgaras.
“Com referência às notícias recentes circuladas em meios de comunicação búlgaros e turcos relativas à apreensão de veículo diplomático na fronteira entre a Bulgária e a Turquia, a Embaixada informa que comunicou às autoridades búlgaras apropriadas a falta de um de seus veículos oficiais, retirado das dependências da embaixada sem autorização”,diz o comunicado brasileiro.
Gazeta Brasil
Foto: Reprodução/Twitter.
O marqueteiro e diretor baiano Chico Kertesz foi contrato para trabalhar na campanha do peronista Sergio Massa, candidato à Presidência da Argentina apoiado pelo atual presidente Alberto Fernández. Em 2022, Kertesz também trabalhou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Chico confirmou ao Poder360 que além dele, participam da equipe de estratégias da campanha de Massa os marqueteiros brasileiros Otávio Antunes e Raul Rabelo, que já fizeram parte de campanhas de Fernando Haddad (PT), e Halley Arrais, que já ajudou o ex-deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS).
Segundo Chico, a estratégia da equipe agora será focar na rejeição do candidato Javier Milei. Massa e Milei disputarão o 2º turno da eleição na Argentina em 19 de novembro.
Nesta nesta 2ª feira (23.out.2023), Chico divulgou nas suas redes sociais um dos vídeos de campanha de Sergio Massa que ajudou a criar. Nele, uma criança em sala de aula tira uma arma de sua mochila. Em seguida, uma mensagem na tela diz que essa não é a realidade da Argentina, mas poderia ser com a proposta de liberação de armas de Javier Milei.
Chico Kertesz é filho do radialista Mário Kertesz, que foi no passado prefeito de Salvador, capital da Bahia. Atualmente, Mário Kertesz também tem uma rádio importante na capital baiana, a Metrópole.
Poder 360
Um piloto da companhia aérea Alaska Airlines foi preso ontem (22), sob acusação de tentativa de homicídio contra mais de 80 passageiros e tripulantes, após supostamente tentar desligar os motores de um avião em pleno ar. Ele estava de folga e viajava na aeronave como passageiro.
O voo QXE2059 decolou de Everett, Washington, com destino a São Francisco, às 17h23 de domingo (horário local), segundo informou a Alaska Airlines em um comunicado.
Ele era operado pela Horizon Air, subsidiária da Alaska Airlines, mas teve que ser desviado devido a uma ameaça de segurança referente a uma pessoa que ocupava um assento auxiliar no interior da cabine de comando, apurou a NBC News.
O ocupante do assento auxiliar tentou, sem sucesso, interromper o funcionamento dos motores. O capitão e o primeiro oficial da Horizon responderam rapidamente, a potência do motor não foi perdida e a tripulação protegeu a aeronave sem incidentes
Alaska Airlines, em comunicado encaminhado à imprensa
O voo, que decolou por volta das 17h30 (horário local) do domingo, teve que ser desviado e pousou cerca de uma hora depois no aeroporto de Portland, em segurança, segundo dados da FlightAware.
O causador do incidente foi identificado como um piloto da companhia, que estava fora de serviço. O assento auxiliar da cabine de comando é geralmente utilizado por pilotos fora de serviço, que retornam de viagens ou se dirigem a aeroportos para iniciar sua jornada de voos.
Um áudio contendo trechos da comunicação do avião com o controle de tráfego aéreo revela uma tentativa de desligar os motores do avião, modelo Embraer 175, bimotor a jato:
Atenção. Temos aqui o sujeito que tentou desligar os motores, de dentro da cabine. Não parece que ele tenha algum problema nas costas agora. Acho que ele foi subjugado. Fora isso, queremos a aplicação da lei assim que chegarmos ao solo e estacionarmos.
Trecho da conversa entre o piloto da aeronave e a torre de comando
Após o desembarque, o piloto fora de serviço, Joseph David Emerson, 44, foi preso pela polícia do Aeroporto de Portland, segundo informações da NBC News.
Ele foi autuado por 83 acusações de tentativa de homicídio, 83 acusações de conduta ilícita e imprudente e uma acusação por colocar a aeronave em perigo, segundo os registros do Gabinete do Xerife do Condado de Multnomah.
O FBI disse que está investigando o caso e observou que nenhum ferimento foi relatado. A agência disse que “pode garantir aos usuários de voos nos EUA não haver ameaça contínua relacionada a esse incidente”. Enquanto isso, a FAA (Administração Federal de Aviação) afirmou estar “em comunicação com as companhias aéreas do Alasca e da Horizon” e “apoiando as investigações policiais”.
A FAA enviou alerta às companhias aéreas após o incidente da Horizon Air, dizendo que “um passageiro autorizado a utilizar o assento auxiliar na cabine de comando tentou desativar os motores da aeronave enquanto estava em altitude de cruzeiro, implantando o sistema de supressão de incêndio no motor”.
A tripulação finalmente conseguiu “subjugar o sujeito”, removê-lo da cabine de comando, desviar o avião e pousar com segurança, disse o alerta. Numa segunda notificação, a FAA esclareceu que o evento de segurança não está ligado aos acontecimentos mundiais atuais.
Todos os passageiros puderam viajar em um voo posterior, em direção ao destino inicial: a cidade de São Francisco.
Informações UOL
Foto: Reprodução/Redes sociais.
A euforia no bunker de Javier Milei neste domingo (22) esteve longe da vista nas eleições primárias em que saiu vitorioso, em agosto. O ultraliberal, porém, fez questão de se mostrar feliz e esperançoso com o segundo lugar e a possibilidade de ser presidente da Argentina em 19 de novembro.
“Não deixemos de ter a real magnitude do evento histórico frente ao qual estamos. Em dois anos viemos a disputar o poder ao mais nefasto poder da história da democracia moderna”, disse ele, que teve 30,1% dos votos válidos, contra 36,4% do ministro da Economia e peronista Sergio Massa.
Ele também indicou que buscará uma aliança com a coalizão Juntos pela Mudança para o segundo turno: “Hoje eu venho a dar por terminado esse processo de agressões e ataques e estou disposto a fazer tábula rasa para terminar com o kirchnerismo”, discursou.
Já Patricia Bullrich, que está fora da disputa, ecoou o antikirchnerismo e admitiu erros. “Esta noite em que não alcançamos os objetivos que queríamos para a nossa Argentina, viemos para reafirmar com toda a força os valores de nossa causa […] Nossa causa vai além do momento eleitoral e de um momento de derrota. Hoje, a aceitamos.”
Folha de SP
Foto: Fotos: Foto de Tomas Cuesta/Agustín Marcarian/Pool/Getty Images.
A eleição presidencial na Argentina está oficialmente marcada para um segundo turno, que ocorrerá no dia 19 de novembro. Com mais de 88% das urnas apuradas até o momento, Sergio Massa, o candidato peronista da coalizão Unión por la Patria, lidera a corrida presidencial com 36.26% dos votos. Ele competirá pelo cargo de presidente contra Javier Milei, que representa a ala ultraliberal de direita conhecida como Libertad Avanza, somando 30.20%.
Patricia Bullrich, candidata de centro-direita da coalizão Juntos por el Cambio, encontra-se em terceiro lugar, com 23,8% dos votos, enquanto Juan Schiaretti, da coligação Hacemos por Nuestro País, está na quarta posição com 7% dos votos.
Para evitar um segundo turno, um dos candidatos precisaria obter mais de 45% dos votos válidos ou mais de 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
As eleições realizadas neste domingo (22) registraram a maior taxa de abstenção em eleições presidenciais desde 198.
De acordo com a Direção Nacional Eleitoral, apenas 74% dos eleitores aptos compareceram às urnas. Em contraste, nas eleições de 2019, 80% dos eleitores exerceram seu direito de voto para escolher o presidente do país.
Conexão Política
Foto: Juan Ignácio Roncoroni/EFE.
Como a Argentina é um parceiro histórico do Brasil, é natural que a eleição no país vizinho atraia tanta atenção. Porém, neste ano, os ânimos ficaram aflorados com a provável vitória de Javier Milei, o candidato ultraliberal que já foi chamado de Jair Bolsonaro argentino. O candidato de A Liberdade Avança promete romper com o establishment e promete romper com governos comandados por esquerdistas, entre eles o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto já evidenciou a preferência por Sergio Massa, apoiado pelo atual presidente Alberto Fernández, e não esconde a preocupação com a ascensão de Milei, como ficou claro em uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Já a oposição surfa na onda mileísta e mostra simpatia pelo líder das pesquisas.
Jair Bolsonaro já havia anunciado seu apoio em agosto, na véspera das eleições primárias, conhecidas como Paso (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), que eliminam os candidatos nanicos e definem quem pode participar de fato do pleito. A família Bolsonaro, aliás, já era bem próxima de Milei. Tanto é que Eduardo Bolsonaro viajou a Buenos Aires para sinalizar que está com o outsider que se define como anarcocapitalista. Com ele está Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, que por volta das 17h se dirigia ao “buker” da campanha do novo ‘queridinho” da direita brasileira. “A Argentina precisa enfrentar o crime organizado penetrado nas instituições, a insegurança, a violência urbana, a economia esfacelada por medidas da esquerda. A paixão que as pessoas estão botando no Milei vai muito além da economia. Há uma recuperação do sentimento de pátria e de fé”, disse Araújo. Também pegou um avião rumo à capital argentina o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que foi convidado pelo Liberdade Avança para acompanhar as eleições como observador internacional. Na internet, o senador Sergio Moro disse que Milei e Paticia Bullrich, da coligação de centro-direita Juntos pela Mudança, representam “a oportunidade de ‘adiós’ ao kirchnerismo”.
Já a base governista afirma que a eleição do ultraliberal teria consequências drásticas para a Argentina e também para o Brasil. “Propaganda na TV Argentina faz uma comparação do candidato da extrema-direita à presidência, Javier Milei, com o inelegível genocida do Brasil. Que o povo argentino tenha lucidez e não cometa o mesmo erro que os brasileiros em 2018”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitetr) a deputada federal Fernanda Melchhionna (Psol-RS). Jandira Feghali declarou que “Milei é feito do mesmo material que Bolsonaro: ódio, mentiras, retrocesso e submissão ao capital estrangeiro”. Já o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso expressou apenas seu desejo de que a democracia prevaleça. Ainda que repudie Milei, o Planalto não deseja um rompimento total com o país vizinho.
Fonte: Jovem Pan.