O cinema brasileiro vive um momento histórico. A atriz Fernanda Torres recebeu nesta segunda-feira (06), em Los Angeles, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama.
A premiação, entregue pela primeira vez a uma brasileira, é um reconhecimento ao trabalho de Fernanda no filme Ainda Estou Aqui. Na produção, ela interpreta a advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971.
Fernanda concorria com grandes estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Pamela Anderson e Kate Winslet.
Há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, disputou a mesma categoria pela atuação em Central do Brasil. Ela não venceu, mas o filme ganhou o Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro.
“Isso é uma prova que a arte dura na vida, até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou e com tanto problema hoje em dia no mundo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, disse Fernanda, ainda durante o discurso de agradecimento.
Tanto Ainda Estou Aqui como Central do Brasil foram dirigidos pelo cineasta Walter Salles.
Este ano, na categoria de melhor filme estrangeiro, o Globo de Ouro ficou com a produção francesa Emilia Pérez.
Informações Bahia.ba
A cantora Adele foi condenada a retirar a música Million Years Ago de todas as plataformas digitais após uma acusação de plágio. A decisão, emitida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determina que a música seja retirada imediatamente após notificação judicial. Caso a ordem não seja cumprida, a cantora e as partes envolvidas serão multadas em R$ 50 mil. Ainda cabe recurso à decisão.
O processo foi movido por Toninho Geraes, autor da composição Mulheres, interpretada por Martinho da Vila, que alega que a melodia de Million Years Ago tem semelhanças com a sua música. O juiz Victor Agustin Cunha, responsável pela sentença, afirmou que houve “quase integral consonância melódica” entre as duas faixas, com indícios de simetria nas melodias e nas palavras.
Além da retirada da música, Geraes solicita R$ 1 milhão de indenização à cantora, ao produtor Greg Kurstin e às gravadoras Sony e Universal, que detêm os direitos da canção. O compositor também requer o pagamento de direitos autorais com juros e correção monetária, sendo o valor final a ser definido por meio de um mandado judicial.
Informações Metro1
O clima de descontração que o Lady Night, programa de entrevistas comandado por Tatá Werneck no Multishow e na Globo, passa aos telespectadores, aparentemente, não é o mesmo que o vivido pela produção da atração. Um ex-assistente de direção da emissora carioca fez um desabafo após ser demitido e acusou a humorista de assédio.
Gabriel Muller, que trabalhava como assistente de direção do Lady Night, fez um desabafo e afirmou que trabalhar nos bastidores da atração de Tatá Werneck era “um horror”. Ele foi desligado do programa neste ano. “Vai e não volte nunca mais 2024! Assim como Lady Night e Tatá [Werneck] na minha vida”, escreveu ele, numa postagem feita no Instagram. O perfil dele é fechado, mas a coluna teve acesso à publicação.
De acordo com o ex-assistente, a última temporada do programa foi “a pior” e que quem passa pela atração coleciona “problemas” com Tatá Werneck. “Seis temporadas de horror. A última temporada a pior, sendo acusado por algo que não fiz, ficando desempregado. Todos que passam pelo Lady [Night] saem com problemas com a apresentadora”, apontou.
Gabriel acusou a humorista de “assédio” e disse que precisou fazer terapia após trabalhar no Lady Night. “São incontáveis os assédios que toda temporada a equipe passa. Tenho vergonha de ter ficado tanto tempo em um lugar desses. Eu aceitei, e hoje pago o preço, a terapia, para lidar com as dores e problemas causados por tantas situações absurdas vividas. Que venha 2025”, finalizou.
A coluna Fábia Oliveira procurou Tatá Werneck para comentar as acusações do ex-assistente, mas, até o fechamento dessa reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para um posicionamento da artista.
Nesta semana, Tatá Werneck surpreendeu os fãs e seguidores com a notícia de que está internada. Sem dar muitos detalhes, a apresentadora usou as redes sociais para contar que tudo correu bem. Ela está no hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
“As pessoas estão me perguntando se está tudo bem, está tudo bem. Estava com essa cirurgia marcada há muito tempo, mas não tive tempo de folga e recuperação”, disse. Tatá ainda explicou que a decisão foi por causa de compromissos profissionais: “Iam ser dois dias de recuperação, fiquei com medo de não conseguir fazer o prêmio [Multishow, na última terça-feira (3/12)]”.
No entanto, a mulher de Rafael Vitti esclareceu que vai precisar de mais tempo de repouso do que o previsto. “Eu já estou ótima, graças a Deus, um pouco inchada do soro. Um pouco mais feia, talvez, sem nada definido”, atualizou.
“Vocês sabem que eu sempre tive e reclamei de umas cólicas bizarras, vocês acompanharam isso”, ressaltou ao surgir ao lado da médica cardiologista dra. Ludhmila Abrahão Hajjar. A atriz ressaltou o motivo: “Eu tenho muito medo de anestesia. Quando alguém vai me furar para ver a glicose, eu não deixo, eu vou lá e eu mesma furo. Eu sou bem medrosa, não gosto de fazer cirurgia, mas peço para ter um cardiologista acompanhando”, disse Tatá Werneck.
Informações Metrópoles
Criados para o clássico filme O Mágico de Oz(1939), os sapatos de rubi se tornaram um dos itens mais icônicos da história de Hollywood. A relíquia foi leiloada por R$ 170 milhões no último sábado, 7, nos Estados Unidos.
No livro original, Dorothy usava sapatos prateados, mas a decisão de alterá-los para rubi foi estratégica. A Technicolor, tecnologia inovadora na época, permitia que cores vibrantes brilhassem na tela. Os designers do filme, portanto, optaram por transformar os sapatos em algo visualmente mais impressionante.
Gilbert Adrian, lendário figurinista da MGM, foi o responsável pela criação dos sapatos. Ele escolheu uma base de couro vermelho, sobre a qual foram costuradas milhares de lantejoulas rubi. Além disso, completou o design com um laço decorado com pedras falsas.
Os sapatos desempenham um papel central na narrativa do filme. Eles são entregues a Dorothy (Judy Garland) depois da morte acidental da Bruxa Malvada do Leste e se tornam um símbolo de poder e proteção.
Além de ser um objeto de desejo, o par de sapatos também representa a jornada pessoal de Dorothy e sua capacidade de encontrar o caminho de volta para casa, pois bastavam três batidas de salto para realizar o desejo.
Vários pares de sapatos de rubi foram produzidos para o filme, como era prática comum em Hollywood para garantir substituições em caso de desgaste durante as filmagens. Pelo menos cinco pares são conhecidos hoje, mas acredita-se que outros possam existir. O par mais famoso é aquele exposto no Instituto Smithsoniano, mas nem sempre foi assim.
Em 1969, o antigo sistema dos estúdios desmoronou sob o controle de Wall Street, e a MGM foi vendida ao magnata Kirk Kerkorian. Ele não se importava com a história de Hollywood, queria apenas o terreno do estúdio, onde pretendia construir enormes condomínios. Antes disso, o empresário precisou esvaziar o conteúdo dos galpões.
Por apenas US$ 1,5 milhão, o veterano leiloeiro David Weisz comprou tudo o que está armazenado lá, como navios, trens, tanques, aeronaves, carros, móveis, adereços e figurinos de 50 anos de cinema.
Neste cenário, surgiu o jovem nova-iorquino Kent Warner, fã ávido da Era de Ouro de Hollywood e conhecedor da história do cinema. Ele chegou a Hollywood na década de 1960, quando conseguiu um emprego em uma locadora de figurinos. Assim, presenciou os estúdios jogarem fora suas próprias histórias.
Warner começou, então, a resgatar figurinos de forma clandestina, desde vestidos de Ginger Rogers até casacos de Clark Gable. Ele foi reconhecido por salvar as roupas da destruição e as preservar para a posteridade histórica. No começo de 1970, Weisz contratou Warner para organizar a vasta coleção de figurinos da MGM, cerca de 350 mil peças separadas, e preparar um leilão.
Até hoje, ninguém sabe exatamente quantos pares dos sapatos de rubi ele realmente encontrou, mas foram pelo menos quatro. Primeiro, Warner levou todos os sapatos para casa, examinou cada um, juntou os pares e decidiu como irá distribuí-los. Ele entregou um par ao leiloeiro e deixou a entender que era o único existente.
Em maio de 1970, o par de sapatos de rubi que Kent Warner entregou para o leilão da MGM foi vendido a um comprador anônimo por US$ 15 mil. A notícia se espalhou rapidamente pelos Estados Unidos.
Na época do leilão, Kent Warner vendeu silenciosamente um par dos sapatos de rubi — o par leiloado nesta semana — para Michael Shaw. Em 1979, o comprador anônimo dos sapatos do leilão da MGM doou o par para o Instituto Smithsonian, onde eles permanecem até hoje.
Um dos eventos mais dramáticos sobre os sapatos de rubi foi o roubo de um par emprestado ao Judy Garland Museum, em 2005. Os ladrões quebraram o vidro da vitrine e desapareceram com os sapatos na calada da noite.
Durante mais de uma década, o caso permaneceu sem solução, o que gerou especulações sobre o destino dos sapatos. Alguns acreditavam que eles haviam sido contrabandeados para o mercado negro de colecionadores clandestinos. A recuperação ocorreu em 2018, graças a uma denúncia anônima e a uma operação do FBI.
O perito forense Randy Struthers analisou cada cena do filme em que os sapatos aparecem, quadro a quadro, por meio de tecnologia de alta definição. Com base em diferenças sutis, Struthers determinou que o par encontrado foi usado por Judy Garland em diversas cenas do filme.
O criminoso foi identificado como Terry Jon Martin, hoje com 77 anos. Ele foi indiciado em maio de 2023 e, cinco meses depois, confessou o crime e admitiu ter usado um martelo para invadir o museu e quebrar a vitrine que guardava os sapatos. Em janeiro deste ano, Martin teve sua pena extinta por causa de seus problemas de saúde.
O par de sapatos de rubi foi vendido por US$ 28 milhões, equivalente a R$ 170 milhões, em um leilão realizado nos Estados Unidos no último sábado, 7. Quando é somada a comissão do leiloeiro, o valor total gasto chega a US$ 32,5 milhões.
A Heritage Auctions, casa de leilões responsável pela venda, estimava que os sapatos arrecadariam pelo menos US$ 3 milhões. Os lances on-line começaram no mês passado e, na sexta-feira 6 já atingiam US$ 1,5 milhão.
“É difícil encontrar algo mais desejável neste campo do que esses sapatos de Rubi”, afirmou a Heritage. “Vivem no coração de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo e serão o ponto central de qualquer coleção.”
A casa descreve os sapatos como um par de saltos de seda vermelha, com parte superior e saltos cobertos por seda com lantejoulas costuradas à mão. No forro interno de couro branco de ambos os sapatos, está inscrito o nome “Judy Garland”, escrito em letras maiúsculas com tinta preta.
Como afirma Rhys Thomas, autor do livro The Ruby Slippers of Oz (sem tradução no Brasil), os sapatos de rubi “transcenderam Hollywood, a ponto de representarem a poderosa imagem de inocência para toda a América”.
Informações Revista Oeste
O Brasil conquistou alguns gramofones dourados, nesta quinta-feira (14), durante a cerimônia do Grammy Latino 2024, realizado pela Academia Latina da Gravação.
Entre os artistas que foram premiados estão Thalles Roberto, Xande de Pilares, Jota.pê e Erasmo Carlos, que morreu em 2022. Os cantores foram coroados no Kaseya Center, em Miami, na Flórida.
Veja lista
“Mariana e Mestrinho” – Mariana Aydar, Mestrinho, na categoria ‘Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa’
“Se o Meu Peito Fosse o Mundo” – Jota.Pê, nas categorias ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro Portuguesa Brasileira’ e ‘Melhor Álbum de Engenharia de Gravação’;
“Ouro Marrom” – Jota.Pê, na categoria ‘Melhor Canção em Língua Portuguesa’
“Deixa Vir – Vol II (Ao Vivo)” – Thalles Roberto, na categoria ‘Melhor Álbum Cristão em Língua Portuguesa’
“Tembla” – Hamilton De Holanda & C4 Trío, na categoria ‘Melhor Música Instrumental’
“Cachimbo da Paz 2” – Gabriel O Pensador, Lulu Santos, Xamã, na categoria ‘Melhor Música Urbana em Português’
“Xande Canta Caetano” – Xande De Pilares, na categoria ‘Melhor Álbum de Samba/Pagode’
“Erasmo Esteves” – Erasmo Carlos, na categoria ‘Melhor Álbum de Rock ou Alternativo em Português’
“Os Garotin De São Gonçalo” – Os Garotin, na categoria ‘Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Português’
“Boiadeira Internacional (Ao Vivo)” – Ana Castela, na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja
Informações Bahia.ba
O rapper 50 Cent quebrou o silêncio sobre o caso envolvendo Sean Diddy Combs, preso por uma série de crimes, incluindo tráfico sexual e estupro. A voz de 21 Questions apontou que fala há “10 anos” sobre tudo que envolve Diddy Combs.
“Olha, parece que estou fazendo algumas coisas extremamente ultrajantes, mas não estou. Na verdade, sou eu apenas dizendo o que venho dizendo há 10 anos”, disse Cent à revista People, citando os comentários e brincadeiras que fazia com o caso do produtor.
“Agora isso está se tornando mais evidente nas notícias com as coisas do Puffy, mas, fora isso, eu fico tipo: ‘Cara, é só a minha perspectiva, porque fiquei longe dessas coisas o tempo todo, porque esse não é meu estilo’”, desabafou.
A briga de 50 Cent com Diddy começou em 2006, após o rapper lançar uma música onde acusa Combs de assassinar Notorious BIG. Desde então, os dois trocam acusações públicas.
50 Cent está produzindo uma série documental para a Netflix sobre os crimes de Sean Diddy Comb. À Variety, o cantor afirmou que se trata de uma “narrativa complexa que abrange décadas”.
“Esta é uma história com um impacto humano significativo. É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora”, disse 50 Cent e Alexandria Stapleton, responsável por dirigir a série documental, ao site.
Os dois ainda disseram: “Mantemos nosso compromisso de dar voz aos sem voz e apresentar perspectivas autênticas e nuances. Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que lembrem que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e sua cultura.”
“Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura”, finaliza.
Ainda não há informações sobre data de estreia e título da série documental.
Informações Metrópoles
Reprodução/redes sociais.
Raquel Brito, irmã do ex-participante do reality show “Big Brother Brasil” Davi, foi recentemente hospitalizada após ser diagnosticada com miocardite aguda. A inflamação do tecido muscular do coração é uma condição que pode ocorrer de forma aguda, crônica ou fulminante, e entender os detalhes dessa doença é crucial para a conscientização sobre seus riscos e tratamentos. Este artigo busca esclarecer as causas, sintomas, métodos de diagnóstico e tratamentos disponíveis para a miocardite.
A miocardite é uma inflamação do miocárdio, o músculo que compõe o coração. Responsável pela função de bombear sangue para todo o corpo por meio de contrações involuntárias, qualquer inflamação nesse músculo pode prejudicar os batimentos cardíacos e, consequentemente, a circulação sanguínea. Embora Raquel Brito tenha apresentado uma forma aguda da doença, é importante ressaltar que a miocardite pode se manifestar, também, de maneira crônica ou fulminante.
Embora alguns pacientes possam ser assintomáticos e a doença regredir por conta própria, a miocardite geralmente exibe sintomas que incluem:
O diagnóstico de miocardite envolve uma avaliação clínica inicial seguida por exames de sangue e de imagem, como o ecocardiograma. Esses procedimentos são essenciais para detectar anomalias no músculo cardíaco e estabelecer a presença da inflamação.
De acordo com o Hospital Albert Einstein em São Paulo, a maioria dos casos de miocardite são tratados com reposo, medicação e suspensão de exercícios físicos de alta intensidade. Medicamentos como vasodilatadores e diuréticos são comumente utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca associada. É crucial que os pacientes continuem sob acompanhamento médico mesmo após a resolução inicial dos sintomas, uma vez que a condição pode retornar ou conduzir a complicações crônicas.
Enquanto Raquel Brito ainda se recupera sob observação médica, sua equipe emitiu comunicados pedindo compreensão e apoio dos fãs. Entretanto, essa situação destaca a importância da conscientização sobre a miocardite, seus sinais e tratamentos, para garantir melhor prognóstico e qualidade de vida para os afetados.
Informações TBN
Ela superou Rihanna, que até então ocupava o primeiro lugar com US$ 1,4 bilhão (R$ 7,65 bilhões), segundo o ranking da Forbes.
Taylor Swift fez história foi coroada a cantora mais rica do mundo nesta segunda-feira (7), com um patrimônio avaliado em US$ 1,6 bilhão (R$ 8,74 bilhões). Ela superou Rihanna, que até então ocupava o primeiro lugar com US$ 1,4 bilhão (R$ 7,65 bilhões), segundo o ranking da Forbes.
Na sequência, estão Madonna, com US$ 850 milhões (R$ 4,64 bilhões); Beyoncé, com US$ 760 milhões (R$ 4,15 bilhões); Céline Dion, com US$ 550 milhões (R$ 3,00 bilhões); Barbra Streisand, com US$ 460 milhões (R$ 2,51 bilhões); e Dolly Parton, com US$ 450 milhões (R$ 2,46 bilhões).
É importante destacar que, antes de alcançar esse título, Taylor se tornou bilionária em outubro de 2023, sendo a primeira artista a integrar a lista de bilionários da Forbes apenas com rendimentos de suas músicas e shows.
Em 2024, com 65 apresentações programadas pela Europa, Ásia e Oceania, a cantora arrecadou US$ 1,15 bilhão (R$ 6,29 bilhões) antes de impostos e taxas, com ganhos de US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) — US$ 100 milhões (R$ 546 milhões) a mais do que no ano anterior, de acordo com estimativas da Forbes.
Informações Revista Oeste
Com mais de 200 páginas, documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas.
Sean ‘Diddy’ Combs — Foto: Chris Pizzello/Invision/AP
O caso Diddy ainda parece distante de uma conclusão, mas, sem dúvidas, já é um marco na indústria da música. Há, inclusive, expectativas de que se torne o próximo MeToo, movimento que chacoalhou Hollywood em 2017 com uma onda de denúncias de crimes sexuais.
Preso em 16 de setembro, Diddy se diz inocente e aguarda julgamento. Mas ele não foi o único músico a entrar na mira da Justiça nessas últimas semanas. Quem também foi processado é o astro country Garth Brooks, acusado de estupro, o que é negado por ele.
Dominado por homens, o setor musical tem uma extensa lista de denúncias e condenações por assédio e abuso. Isso é tão frequente que há uma naturalização do problema, o que acaba levando à chamada cultura do estupro.
“Por décadas, a indústria da música tem tolerado, perpetuado e, muitas vezes, comercializado uma cultura de abuso sexual contra mulheres e meninas menores de idade. Milhares de artistas, executivos e acionistas lucraram bilhões de dólares, enquanto se envolviam e/ou encobriam comportamentos sexuais criminosos”, diz o texto introdutório do relatório “Sound Off: Make the Music Industry Safe” (ou “Som desligado: Torne a Indústria da Música segura”, em português), publicado em fevereiro deste ano.
Com mais de 200 páginas, o documento reúne dezenas de casos de magnatas da música americana acusados de cometer crimes sexuais e de assumir posturas controversas. São histórias que vão dos anos 1950 a 2024.
A constante negligência de denúncias, investigações e até sentenças judiciais estimula crimes sexuais no mercado musical. É o que aponta o relatório, elaborado por uma coalizão entre os grupos feministas Lift Our Voices, Female Composer Safety League e Punk Rock Therapist.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
“Para desenvolver uma marca estética de alguns artistas, a indústria usa essa cultura a seu favor”, diz Nomi Abadi, pianista e fundadora da Female Composer Safety League, rede de suporte a compositoras vítimas de abuso sexual e assédio. Ela conversou com o g1 por videochamada. “É por isso que tem tanto músico acusado impune.”
Ela cita o famoso lema “sexo, drogas e rock n’ roll”. Para a artista, a ideia é menos sobre um espírito roqueiro e mais sobre uma dinâmica de poder que está presente em todos os gêneros musicais. É uma forma de relativizar histórias de mulheres que alegam terem sido drogadas e violadas sexualmente em festas com músicos, executivos, produtores e outros profissionais do setor.
De fato, não é raro encontrar esse tipo de queixa no meio musical. O próprio Diddy é acusado de drogar e estuprar mulheres durante seus festões luxuosos, chamados de “white parties” e “freak-off”. Inclusive, há relatos de que ele teria coagido algumas convidadas a usar fluidos intravenosos para recuperação física após submetê-las a longas e violentas performances eróticas.
O músico nega todas as acusações que levaram à sua prisão. Quanto ao caráter libertino de suas festas, ele sempre gostou de fazer menções, se gabando dos eventos.
Sean ‘Diddy’ Combs em foto de 2017, em Nova York. — Foto: Lucas Jackson/Reuters
“Todos nós já sabíamos. Por muito tempo, ouvimos histórias sobre essas festas”, afirma Nomi. “Eu conheci uma vítima de P. Diddy. Minha amiga esteve em uma dessas festas… Ninguém a escutou. Ninguém se importou com ela.”
Os eventos, que rolavam desde os anos 2000, eram privados — a lista de convidados do rapper reunia atores, músicos, empresários e políticos. Jay-Z, Will Smith, Diana Ross, Leonardo DiCaprio, Owen Wilson, Vera Wang, Bruce Willis e Justin Bieber são algumas das celebridades que compareceram aos encontros.
“O que tinha nessas festas era coisa muito ruim. E mesmo envolvendo tantas pessoas, continuava acontecendo”, continua Nomi. É mais ou menos o que também afirmou a cantora Cassie, ex-namorada de Diddy, em 2023, quando ela abriu um processo contra ele, alegando ter sido estuprada e violentada por mais de uma década. Na ação, que já foi encerrada (sem os detalhes divulgados), a artista afirmou que os supostos crimes do rapper eram testemunhados por muita gente “tremendamente leal” que nunca fazia nada para impedi-lo.
Sean ‘Diddy’ Combs — Foto: Richard Shotwell/Invision/AP
Desde que fundou a Female Composer Safety League, Nomi tem tido contato com várias denúncias de agressão sexual no setor da música. “Uma coisa que me surpreendeu quando comecei a frequentar esse meio [de dar suporte a vítimas] é que cada sobrevivente tem sua própria versão da mesma história. As circunstâncias são diferentes. O que aconteceu com cada pessoa é único. Mas todas elas querem ser validadas, compreendidas e terem seus empregos mantidos”, afirma ela. “São os mesmos medos e os mesmos desejos.”
Anos atrás, a artista moveu processos contra Danny Elfman, compositor de trilhas de blockbusters como “Batman” e “Beetlejuice”. Nas ações, ela alegou ter sido vítima de crimes sexuais. Ele nega. Os dois entraram em um acordo com termos não divulgados.
Também em entrevista ao g1, a pesquisadora de rap Nerie Bento analisa que, na indústria, a cultura do estupro é atrelada à desigualdade de gênero do mercado, além da própria influência de quem está de fora.
“É uma cultura que permeia toda a sociedade, então, obviamente vai estar aqui também”, diz ela. “E a própria música em si… A gente tem muita música misógina que contribui com isso.”
Neire menciona, então, a erotização de corpos femininos em videoclipes de cantores famosos como o próprio Sean Diddy, o que, segundo ela, também endossa a cultura do estupro, ao objetificar a figura da mulher.
O relatório “Sound Off” também faz menções à erotização feminina no setor. Além disso, critica as três maiores empresas do mercado fonográfico (Warner Music, Universal Music e Sony Music), propondo que adotem as seguintes demandas:
Demandas que surgem porque, segundo a coalizão do relatório, essas gravadoras “ignoraram acusações, silenciaram vítimas e até permitiram o abuso” por décadas.
O g1 entrou em contato com as assessorias da Warner, Universal e Sony, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem.
Informações G1
O rapper 50 Cent irá produzir uma série documental sobre os crimes de Sean Diddy. A produção será lançada pela Netflix, mas ainda não tem título ou previsão de estreia.
A direção ficará a cargo de Alexandria Stapleton. Em entrevista à revista Variety, 50 Cent e Stapleton disseram que “essa é uma história com um impacto humano significativo”.
– É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora – comentaram.
Eles destacaram ainda o compromisso de “dar voz aos sem voz e apresentar perspectivas autênticas e nuances”.
– Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que lembrem que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e sua cultura. Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura – disseram.
Nas redes sociais, 50 Cent fez várias postagens sobre Sean e apontou que vinha expondo o caso, mas as pessoas não acreditavam.
– Aposto que vocês acreditam em mim agora – escreveu o rapper em uma publicação.
ENTENDA
Não são poucos os detalhes bizarros contidos nas denúncias contra o rapper Sean Diddy, preso desde o último dia 16 de setembro. Revelada na última terça-feira (17), uma acusação federal de 14 páginas o acusa de participar de diversos crimes, que incluem tráfico sexual, trabalho forçado, sequestro, incêndio criminoso, suborno e obstrução da justiça.
No entanto, o ponto central da apuração envolve o fato de que Sean teria usado seu poder para “intimidar, ameaçar e atrair” mulheres, sob o pretexto de um relacionamento romântico, para depois forçá-las a se envolver nas denominadasfreak offs, que eram “performances sexuais elaboradas e produzidas que Combs organizava, dirigia e frequentemente gravava eletronicamente”.
De acordo com uma reportagem do jornal The New York Times, as freak offs “envolviam o uso abundante de drogas e sexo coagido, deixando os participantes tão exaustos e debilitados que precisavam de fluidos intravenosos para se recuperar”. A acusação diz que Combs usava os vídeos que gravava para impedir que qualquer participante o denunciasse.
Informações Pleno News