O café é, talvez, um dos alimentos mais curiosos do mundo pelo seu potencial de causar efeitos diferentes de pessoa para pessoa. Tem quem sinta dor de estômago ao tomar muito café, quem tenha enxaqueca, perca o sono ou sinta uma vontade quase que instantânea de ir ao banheiro. Por outro lado, há pessoas que se sentem mais estressadas, com dor de cabeça e cansadas se ficam um dia sem tomar a bebida – o que abre um debate sobre uma possível dependência.
Isso acontece principalmente pelo poder estimulante da cafeína, um dos seus principais compostos. Segundo a nutricionista doutoranda em ciência dos alimentos pela Universidade de São Paulo (USP) Juliana Gimenez Casagrande, a substância atinge diretamente os nervos receptores de todo o corpo, mas acaba tendo maior impacto em pontos de sensibilidade, que podem variar de pessoa para pessoa.
Confira as respostas de Juliana e de outros especialistas ouvidos pelo Estadão sobre como o café impacta o seu dia a dia e a sua saúde.
De forma geral, os especialistas recomendam que não se tome café após as 18 horas para evitar insônia, já que a propriedade estimulante da cafeína deixa as pessoas mais acordadas. No entanto, Juliana explica que a interferência do café no sono depende de fatores genéticos.
“Geneticamente, há dois principais grupos de metabolizadores de cafeína: os metabolizadores rápidos e os metabolizadores lentos. O metabolizador rápido é aquele que toma um cafezinho e logo em seguida já se sente mais acordado e disposto. Já o metabolizador lento pode sentir os efeitos no longo prazo e ter dificuldades para dormir mesmo horas depois que bebeu café”, diz a especialista.
Por isso, o que vale é a autoanalise. Se a pessoa toma café e tem problema com insônia, é recomendável que passe a fazer testes, diminuindo aos poucos o horário em que bebe o último do dia até que chegue a um horário ideal, que não atrapalha o seu sono.
O excesso de cafeína pode afetar a absorção de alguns nutrientes, como o cálcio, que é essencial para as crianças por elas estarem em um momento de crescimento. Ao mesmo tempo, os pequenos têm uma imaturidade fisiológica, o que faz com que tenham menos resistência a possíveis efeitos negativos da cafeína, como a insônia.
Por isso, o médico cardiologista Bruno Mahler Mioto, que dedicou seu doutorado ao estudo dos efeitos do café no corpo humano, recomenda que o consumo comece aos poucos na infância.“A criança pode começar experimentando da xícara dos pais, para se familiarizar com a bebida, e então começar a beber o café com leite no café da manhã quando começar a ir para a escola”, diz.
Segundo os especialistas, quando consumido com moderação, o café pode ajudar no rendimento escolar. A recomendação é que crianças até 10 anos bebam no máximo 2/3 de xícara de chá de café por dia (o equivalente a 200 ml), de preferência descafeinado e com leite.
Dos 10 aos 15 anos, o consumo pode aumentar um pouco: uma xícara de chá e meia ou 350 ml por dia, ainda com preferência para o descafeinado, acompanhado do leite. Depois dos 15, até os 20 anos, a quantidade diária máxima recomendada é de quatro xícaras pequenas e meia de café, ou 450 ml.
Assim como as crianças, as gestantes também demandam muitos nutrientes que podem ter a sua absorção comprometida pelo excesso de cafeína no corpo. “O consumo excessivo de café pela gestante pode levar à restrição de crescimento intrauterino, ou seja, o bebê vai crescer menos, além de uma diminuição do fluxo placentário”, diz Mioto.
Além disso, o potencial estimulante da cafeína pode intensificar alguns sintomas comuns na gravidez, como o refluxo, o que causa desconforto. Por esses motivos, os especialistas recomendam que gestantes tomem no máximo duas xícaras de chá de café com leite por dia – o que corresponde de 240 a 340 ml de café coado por dia. “A gente agrega o leite pelo benefício em relação à fonte de cálcio”, justifica Mioto.
Após os 60 anos, as pessoas têm suas atividades metabólicas reduzidas e, consequentemente, metabolizam de maneira mais lenta e menos eficaz as substâncias presentes no café. Por isso, consumir em excesso a bebida pode trazer alguns efeitos indesejados, como queimação no estômago, dores de cabeça, refluxo e insônia – a depender principalmente se os idosos têm outras doenças ou sensibilidades nessas áreas.
Os especialistas recomendam que idosos que têm o hábito de beber café todos os dias mantenham a prática, pois a retirada da bebida pode causar oscilações de humor e até diminuir aspectos sociais importantes, como a reunião com amigos para o cafezinho da tarde.
No entanto, é preciso reduzir as doses para no máximo três xícaras pequenas de café coado por dia, ou 300 ml. Se for café expresso, eles recomendam diminuir para a metade.
*Terra Brasil Notícias
Os senadores Sérgio Moro (União-PR) e Rogério Carvalho (PT-SE), discutiram na terça-feira 14, acusações da operação Lava Jato durante sessão no plenário do Senado Federal.
Enquanto Moro discursava sobre corrupção dentro do Senado, o parlamentar petista o acusou de atuar de maneira criminosa na condução da Lava-Jato, que culminou na prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado por corrupção.
“Notadamente nós sabemos do caso que foi a anulação de todas as condenações do presidente Lula”, disse Carvalho. “E me parece que houve um caso de corrupção ao julgar o presidente Lula e portanto isso também precisa ser avaliado.”
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Ao se defender, Moro disse que o problema todo de corrupção foi criado pelo Partido dos Trabalhadores e pediu respeito dos opositores enquanto estiver falando.
“Quem gerou esses problemas todos foi a corrupção do seu partido, senador, desculpe”, rebateu. “Peço que seja tratado com urbanidade nessa tribuna e não de maneira inapropriada, ferindo, inclusive, o regimento. Eu peço respeito quando estou na tribuna e peça que não seja acusado.”
Carvalho justificou seu corte na fala de Moro acusando o ex-ministro da Justiça de ter destruído milhares de empregos e cassado os direitos políticos de Lula em processos que foram anulados.
Moro encerrou a discussão dizendo que quem gerou as oportunidades autoritárias foi a corrupção dos governos do PT, que acabou gerando descrença na democracia.
*REVISTA OESTE
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de cinco ações penais fundamentadas em provas obtidas a partir de documentos e da delação de executivos da Odebrecht, uma das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
As decisões liminares de segunda-feira 13 beneficiam seis réus, incluindo o ex-senador Edison Lobão, que foi ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff (PT).
Também foram beneficiados o filho e a nora do ex-ministro: Márcio Lobão é empresário e ex-presidente da Brasilcap, braço de planos de capitalização do Banco do Brasil, e Marta Martins Fadel Lobão é advogada.
Os outros três réus que tiveram as ações liminarmente suspensas por Lewandowski são Rodrigo Tacla Duran, advogado que trabalhou para a Odebrecht; Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear; e o empresário Jorge Theodocio Atherino da Silva.
As novas medidas de Lewandowski são extensões de uma decisão de 2021, na qual o ministro declarou inválidas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht com relação ao presidente Lula. Em uma das investigações, Lula era acusado de ter recebido R$ 12 milhões da Odebrecht em propina, valor que seria usado para a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula.
As acusações contra Lula na Lava Jato se baseavam tanto no acordo quanto em cópias dos sistemas MyWebDayB e Drousys, do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ou seja, o setor de propinas. As planilhas da Odebrecht teriam sido adulteradas.
Em fevereiro, Lewandowski trancou as últimas três ações penais contra Lula originadas na Lava Jato, também pelo mesmo motivo — de que as provas são inválidas. Em outra ação, trancada no mês passado pelo STF, foram beneficiados o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e um dos diretores do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Informações Revista Oeste
Suspeito foi de avião até o Rio, encontrou a jovem na porta da escola, em Sepetiba, e começou uma corrida de 3.100 km, de pelo menos dois dias, que custou R$ 4 mil. Família tenta arrecadar o dinheiro para as passagens a fim de buscá-la.
Menina foi resgatada no bairro Divinéia, em São Luís — Foto: Reprodução/TV Globo
A garota de 12 anos que era procurada desde o dia 6 e foi encontrada nesta terça-feira (14) no Maranhão estava trancada em uma quitinete em São Luís. Um homem foi preso por cárcere privado.
Segundo a polícia maranhense, a menina foi levada da porta da escola em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, em um carro de aplicativo até Divinéia, em São Luís. Foram 3,1 mil quilômetros de viagem, em pelo menos dois dias dentro do automóvel, numa corrida que custou R$ 4 mil.
A polícia investiga ainda se a garota foi estuprada.
“Nós conseguimos, através de informações entre a delegada do Rio de Janeiro e a nossa equipe de inteligência, chegar ao local do possível cárcere da jovem. Ela se encontrava trancada em uma quitinete no bairro da Divinéia. Estávamos tentando abrir a porta, quando ela abriu a janela. Percebemos realmente que ela ficava trancada dentro da casa. Um crime de sequestro, ela só tem 12 anos de idade”, detalhou o delegado Marcone Matos.
Homem foi preso por cárcere privado — Foto: Reprodução/TV Globo
Os pais agora tentam juntar dinheiro para buscá-la, pois a menina é menor de idade e não possui documentação.
“A polícia explicou que ela é menor e está sem documentos. Então nós vamos ter que ir lá buscá-la. Só que nem eu nem a mãe dela temos condições financeiras. Estamos vendo como vamos fazer para arrecadar o valor das passagens de ida e volta”, disse o pai ao g1.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que os pais precisarão buscar a jovem e informou que eles podem pedir ajuda ao estado para custear a passagem.
Até o reencontro com a família, a garota ficará na Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência em São Luís.
Mesmo preocupado em como fazer a viagem, o pai comemorou o encontro da filha pelas polícias do Rio e do Maranhão, onde a menina era mantida.
“Pediram para a família manter a calma e reiteraram que ela estava bem. Estou aliviado. Finalmente minha filha vai voltar para casa”, disse.
O pai contou ainda que a mãe da menina passou mal durante a semana com pressão alta e nos últimos dias chegou a perder a voz. “Ela está ansiosa para dar um abraço na filha”, disse.
Policiais civis da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), com apoio de agentes da Polícia Civil do Maranhão, localizaram a menina na terça-feira (14). A menina, que sumiu após ir para a escola, foi encontrada em São Luís, capital do estado do Maranhão.
Segundo apurado, a menina saiu de sua casa, em Sepetiba, Zona Oeste do Rio, e foi para o Maranhão após conhecer um homem, de 25 anos, por meio de um aplicativo de compartilhamento de vídeos. Ele teria vindo ao Rio de Janeiro buscá-la.
Os crimes cometidos pelo homem serão apurados pelas polícias dos dois estados.
Preso em São Luís suspeito de manter em cárcere privado adolescente de 12 anos
O homem de 25 anos, que é suspeito de manter a adolescente em cárcere privado, também foi preso na terça-feira (14) (Veja no vídeo acima).
Agentes da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) foram até o bairro de Vila Luizão, em São Luís, e acharam a garota vivendo isolada em uma quitinete com o suspeito.
Informações G1
O então ministro da Casa Civil do governo Temer, durante um pronunciamento oficial | Foto: Beto Barata/Agência Brasil
Segundo a assessoria, o velório vai ocorrer na quarta-feira 15, entre 10 horas e 17 horas, no Palácio Piratini, sede do governo estadual, na capital gaúcha. Depois, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório, para cerimônia restrita aos familiares.
Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde 1966, foi ministro em governos do PSDB (assumiu a pasta dos Transportes entre 1997 e 2001, na gestão FHC), do PT (secretário de Aviação Civil de Dilma Rousseff em 2015) e do MDB (ministro-chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de ministro do Trabalho, por cinco dias, em 2018, ambos no governo de Michel Temer).
Natural de Canela, na Serra do Rio Grande do Sul, advogado e empresário, Eliseu Padilha começou a carreira política em sua cidade natal no movimento estudantil. Em 1967, passou a morar em Tramandaí, no Litoral Norte do Estado, onde se elegeu prefeito em 1989. Obteve o primeiro mandato de deputado federal em 1995, a partir de quando começa a ocupar cargos no Executivo e na direção do PMDB nacional.
Informações Revista Oeste
Um deslizamento de terra que aconteceu durante a forte chuva que caiu neste domingo (12) sobre a cidade de Manaus, capital do Amazonas, matou ao menos oito pessoas, entre elas quatro crianças. A tragédia aconteceu na Comunidade Nova Floresta, que fica na Zona Leste da cidade.
O Corpo de Bombeiros seguiu com as buscas ao longo da madrugada e, na manhã desta segunda-feira (13), encerrou os trabalhos após confirmar que não havia mais vítimas soterradas. Durante a noite de domingo, o prefeito da capital amazonense, David Almeida, e o governador do estado, Wilson Lima, estiveram no local onde o fato aconteceu.
Ao todo, cerca de nove casas foram atingidas pelo deslizamento. Os corpos das vítimas da tragédia foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML).
Informações Pleno News
Os brasileiros que vivem em Portugal podem obter autorização de residência de forma on-line a partir desta segunda-feira (13.mar.2023). O documento será liberado em até 72 horas, conforme anunciado na sexta-feira (10.mar) pelo governo português.
A medida é parte de um acordo de mobilidade entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), de julho de 2021. Paralelamente, Portugal anunciou, em junho do ano passado, um pacote de mudanças para reduzir as filas na obtenção de vistos.
A nova regra beneficiará cidadãos da CPLP, grupo formado por 9 países cujo português é a 1ª língua. Além de Portugal e Brasil, fazem parte: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Antes, quem saía do Brasil sem um visto e entrava em solo português como turista, tinha um caminho complicado para regularizar a situação e obter o título de residência. O processo durava, em média, cerca de 2 anos.
De acordo com o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), órgão português que regula a permanência de estrangeiros no país europeu, há cerca de 150 mil processos de autorização de residência de cidadãos de estados-membros da CPLP pendentes. O governo estima que aproximadamente 60% do total sejam brasileiros.
Portugal também acumula outros 150 mil pedidos de imigrantes de outras localidades, mas não foi apresentada uma solução para esses casos.
O novo sistema está disponível no site do SEF e no portal eportugal.gov.pt.
Poder360
Morreu, neste sábado (11), em São Paulo, a socióloga e cofundadora do Instituto Datafolha, Mara Kotscho. Ela tinha 70 anos. As informações são do G1.
A informação sobre o falecimento foi confirmada, nas redes sociais, por familiares de Mara.
A causa da morte não foi divulgada. Kotscho tratava um tumor cerebral descoberto em 2022.
A socióloga era casada com o jornalista Ricardo Kotscho. Ela deixa duas filhas.
O velório está sendo realizado na manhã deste domingo (12), no Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.
Informações Pleno News
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 9.037 itens nos seus primeiros 2 mandatos (2003-2010). Tudo foi retirado em 11 contêineres, armazenados por 5 anos com o custo de R$ 1,3 milhão pago pela empreiteira OAS.
O TCU analisou em 2016 parte deste acervo, composto por 568 itens recebidos nos seus 2 primeiros mandatos apenas em visitas oficiais de chefes de Estado (2003-2006 e 2007-2010).
Do montante analisado, o petista incorporou 559 itens ao seu acervo pessoal, segundo dados do Gabinete Pessoal da Presidência de 2016 cedidos para o relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) e aprovado no plenário da Corte em 31 de agosto de 2016. Leia a íntegra do acórdão (2 MB).
Na época, o Tribunal determinou à Secretaria de Administração da Presidência da República e ao Gabinete Pessoal do Presidente da República que todos os documentos e presentes recebidos por presidentes durante visitas oficiais e viagens no Brasil ou exterior deveriam ser incluídos no patrimônio da União.
O processo relatado pelo ministro Walton Alencar Rodrigues foi baseado no decreto 4.344 de 2002. De acordo com o dispositivo, todos os documentos bibliográficos e museológicos recebidos pelos presidentes durante cerimônias de trocas de presentes, visitas oficiais, viagens ao exterior, audiências e viagens de chefes de Estado deveriam ser incorporados ao patrimônio da União.
O TCU também determinou a incorporação de 144 itens recebidos pela ex-presidente Dilma Rousseff(PT) ao conjunto de bens públicos. A ex-chefe do Executivo, no entanto, entregou apenas 6 objetos e deixou 138 no seu acervo pessoal.
Segundo o relator do processo, ministro Walton Alencar Rodrigues, a interpretação da lei que trata da incorporação de bens pela Presidência da República e de sua regulamentação extrapolaram os limites constitucionais.
“Graves irregularidades ocorreram em toda a gestão do patrimônio público, referente a ‘presentes’, recebidos pela Presidência da República. A interpretação gramatical do inciso II do Decreto 4.344/2002 apenas admite a conclusão de que não só os documentos bibliográficos e museológicos, recebidos em eventos formalmente denominados de ‘cerimônias de troca de presentes’, devem ser excluídos do rol de acervos documentais privados dos presidentes da República, mas, também, todos os presentes, da mesma natureza, recebidos nas audiências da referida autoridade com outros chefes de Estado ou de governo, tanto nas viagens que realiza ao exterior, como nas visitas que recebe em território brasileiro, independentemente do nome dado ao evento pelos cerimoniais”, disse na decisão.
“O decreto não poderia admitir interpretação segundo a qual os presentes recebidos em cerimônias realizadas com finalidades públicas idênticas e retribuídos com a utilização de recursos públicos da União possam ser classificados, ora como públicos, ora como privados, a depender unicamente do nome da cerimônia e da burocracia, definidos de maneira absolutamente casuística pelos integrantes do Palácio do Planalto”, acrescentou.
“Imagine-se, a propósito, a situação de um Chefe de Governo presentear o Presidente da República do Brasil com uma grande esmeralda de valor inestimável, ou um quadro valioso. Não é razoável pretender que, a partir do título da cerimônia, os presentes, valiosos ou não, possam incorporar-se ao patrimônio privado do Presidente da República, uma vez que ele os recebe nesta pública qualidade.”
O Poder360 procurou a Presidência para saber se a determinação do Tribunal foi acatada. A Secom (Secretaria de Comunicação Social) respondeu que “a recomendação disposta no Acórdão 2255/16 do TCU foi cumprida”.
A decisão do Tribunal, contudo, fixou uma exceção para:
A Secom não detalhou quantos e quais objetos foram devolvidos por Lula e Dilma. O espaço permanece aberto para outras manifestações.
De acordo com o TCU, a auditoria realizada no Gabinete da Presidência foi realizada para apurar o desvio ou desaparecimento de bens pertencentes à União nos palácios do Planalto e da Alvorada. O pedido para inspeção atendeu ao requerimento do então senador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), hoje governador de Goiás. Leia a íntegra da requisição (19 KB).
No relatório, a Corte de contas estabeleceu prazo de 120 dias para que fossem identificados todos os responsáveis por guardar os bens, assim como a localização dos 568 bens recebidos pelo então ex-presidente Lula. A mesma determinação se estendeu a Dilma em relação aos 144 itens recebidos durante seus mandatos.
Em outro acórdão, de 6 de fevereiro de 2019, o TCU informa que a Secretaria de Administração da Presidência da República criou uma comissão especial para cumprir as determinações da decisão de 2016. Leia a íntegra (333 KB).
De acordo com o documento, o grupo identificou que Lula deveria ter resolvido 434 presentes dos 568 recebidos. O petista, no entanto, devolveu 360 que estavam armazenadas no galpão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na região metropolitana de São Paulo. Ainda restavam localizar 74 peças, segundo o relatório do Tribunal.
Já Dilma deveria ter devolvido 117 dos 144 presentes. A ex-presidente teria devolvido 111 –disse à época que 6 objetos estavam nas dependências da Presidência. Os itens estavam guardados no galpão da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados, em Eldorado do Sul, na região de Porto Alegre.
Apesar do relatório do TCU ter registrado 559 presentes de Lula, o Tribunal limitou-se a documentos bibliográficos e museológicos recebidos pelos presidentes durante cerimônias de trocas de presentes, visitas oficiais, viagens ao exterior, audiências e viagens de chefes de Estado deveriam ser incorporados ao patrimônio da União.
O acervo de Lula é composto por um número maior de “tralhas”, como foram descritos os itens pelo próprio presidente em várias ocasiões. Em novembro de 2016, um levantamento minucioso foi apresentado pelo diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, ao juiz Sérgio Moro, em “resposta à acusação” em ação penal da Lava Jato que apurava suposto pagamento de propina da OAS a Lula.
A apuração foi feita porque a empresa foi responsável pelo pagamento do armazenamento do acervo do presidente. A empresa desembolsou, de 1º de janeiro de 2011 a 16 de janeiro de 2016, R$1,3 milhão para que a transportadora Granero guardasse a coleção. Foram 61 pagamentos mensais, no valor de R$ 21.536,84 cada.
Okamotto enviou a Moro 987 páginas de fotografias e uma planilha de 1.032 páginas descrevendo todos os itens, conforme mostrou o Poder360. Na manifestação que acompanha a lista, Okamotto admite ter pedido ajuda à empreiteira para guardar os itens. Ele diz, porém, que os procuradores não conseguiram relacionar o pagamento a alguma vantagem obtida pela OAS.
Segundo o levantamento, a coleção de Lula tinha 9.037 peças e ocupava 11 contêineres. À época, o valor da mudança de Lula chegou a R$ 22.721 por causa do transporte dos itens –22% em relação ao previsto inicialmente.
Em depoimento a Moro, em 9 de fevereiro de 2017, o dono da transportadora Granero, Emerson Granero, falou em defesa de Okamotto. Afirmou que a Construtora OAS pagou pelo armazenamento de parte do acervo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como uma empresa apoiadora do instituto. Segundo ele, a empresa foi contratada para fazer o transporte da carga climatizada, que consistia em 2 caminhões. Outra empresa foi contratada para fazer o transporte de dez contêineres de material “seco”, que não precisava de climatização. Assista (36min38seg):
O acervo do então ex-presidente trazia presentes de Emilio Odebrecht, Eduardo Campos e até de Aécio Neves. A “tralha” do petista havia sido acumulada durante os anos em que ocupou a Presidência da República (2003-2010).
Entre os objetos estão camisetas, pinturas que retratam Lula e a então primeira-dama, Marisa Letícia (1950-2017), bonés, estatuetas, troféus e imagens sacras. Há também um fuzil modelo AK-47 de fabricação norte-coreana e um par de chuteiras personalizadas.
Há também itens mais valiosos, como uma espada de ouro vermelho com pedras de rubi, esmeralda e brilhantes, dada pelo rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Abdulaziz Al-Saud. E um conjunto de taças de prata da rainha Elizabeth, da Inglaterra.
No documento produzido pela instituição, a expressão “em ouro” aparece 40 vezes na lista de presentes. Eis as fotos (2 MB) e descrições desses itens (147 KB).
Veja alguns dos presentes do acervo de Lula:
O Poder360 traz a íntegra do inventário de Lula. Leia aqui (parte 1 e parte 2) a descrição de cada item. Clique nos links abaixo para acessar as fotografias:
Parte 1
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou na última 6ª feira (3.mar.2023) que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria tentado trazer joias com diamantes ao Brasil sem pagar impostos. As peças, avaliadas em R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O conjunto de joias era composto por colar, anel, relógio e brincos de diamante com um certificado de autenticidade da Chopard, marca suíça de acessórios de luxo.
As peças foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Estavam na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), que integrou a comitiva do governo federal no Oriente Médio, em outubro de 2021.
A Receita Federal reteve as joias. A legislação obriga que sejam declarados os bens que entrem no país e ultrapassem o valor de US$ 1.000. No caso, Bolsonaro teria que pagar imposto de importação equivalente a 50% do valor do produto e multa com valor igual a 25% ao total do item apreendido –um total de R$ 12 milhões.
Para entrar no país sem pagar o imposto, era necessário dizer que era um presente oficial para a primeira-dama e o presidente da República. Dessa forma, as joias seriam destinadas ao patrimônio da União.
Segundo a reportagem, o ex-chefe do Executivo tentou recuperar as joias outras 8 vezes, utilizando o Itamaraty e funcionários do Ministério de Minas e Energia e da Marinha. Não conseguiu recuperá-las.
Bolsonaro negou a ilegalidade das peças e disse estar sendo acusado de um presente que não pediu nem recebeu. Michelle também disse não ter conhecimento do conjunto.
Depois da publicação da matéria, o ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, publicou uma série de documentos referentes ao caso e afirmou que as joias iriam para o acervo presidencial.
Apesar dos ofícios divulgados por Wajngarten, a Receita Federal disse no sábado (4.mar) que o governo Bolsonaro não havia seguido os procedimentos necessários para incorporar as joias ao acervo da União.
Na 3ª feira (7.mar), a PF (Polícia Federal) teve acesso a documento que mostra o 2º pacote de joias vindos da Arábia Saudita listado como acervo privado do ex-presidente. O novo documento contraria a versão de Bolsonaro, que alegou que as joias doadas pelo governo saudita seriam encaminhadas para o acervo da União.
Com a declaração da PF, Bolsonaro confirmou que a 2ª caixa de joias da marca de luxo suíça Chopard foi listada como acervo pessoal. O ex-presidente nega ilegalidade quanto ao manejo das peças.
A lei que estabelece regras para o recebimento de presentes por presidentes foi assinada em 1991 pelo ex-presidente Fernando Collor. Desde então, a legislação passou por alterações em 2002 e em 2016 para definir critérios para as trocas de presente entre chefes de Estado.
A lei 8.394 de 1991, assinada por Collor, legisla sobre os documentos do acervo privado do presidente da República. Os itens passam a integrar o patrimônio cultural e o governo teria preferência em caso de venda.
Em 2002, o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou um decreto que regulamentava a legislação. A partir disso, foi determinado que documentos adquiridos em “cerimônias de troca de presentes” durante visitas oficiais ou viagens de Estado ao exterior seriam incorporados à União.
O decreto fez com que por anos os chefes do Executivo considerassem os bens adquiridos somente em cerimônias oficiais de presente como patrimônio público, desconsiderando itens recebidos em visitas oficiais.
A ambiguidade na lei fez com que o TCU (Tribunal de Contas da União) se manifestasse.
10.mar.2023 (21h35) – diferentemente do que o postacima informava, o TCU determinou a incorporação de 144 itens –e não 117– recebidos pela ex-presidente Dilma Rousseff, mas a petista devolveu só 6 –e não 111. O texto foi corrigido e atualizado.
Informações Poder 360
Em Manaus (AM), a Polícia Civil investiga o estupro de uma garota de 4 anos. O crime ocorreu dentro do provador de loja, em um shopping da Zona Norte da cidade. As informações são do G1.
Imagens das câmeras de segurança mostram um homem entrando sozinhos nos provadores. Em seguida, uma mulher aparece com a filha e vai para as cabines femininas. No entanto, a criança se distrai, não vê a direção para onde a mãe foi e acaba indo para o lado masculino.
A garotinha retornou após um tempo, quando a mãe começou a procurar por ela do lado de fora. Ela disse à polícia que entrou para experimentar roupas e ao sair do espaço encontrou a filha saindo do espaço masculino e pedindo para ir embora. A filha relatou o estupro para ela.
Um boletim de ocorrência foi formalizado. A Delegacia Especializada em Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Depca), que está responsável pela investigação, já ouviu a vítima e trabalha para identificar o suspeito.
Informações Pleno News