Por J.R. Guzzo para a Revista Oeste
Juntos, o STF e o Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos
O Brasil, dia após dia, está se transformando num país cubano/soviético.
Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população.
Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba e Coréia do Norte à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas ainda não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos.
Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe.
Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema.
Há um Congresso Nacional; em Cuba há e na Rússia Soviética também havia. Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF, quando ele quer, e seja o assunto que for.
É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto.
A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes. Funciona, na realidade, como um grande Pravda,ou Granja, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português.
Ainda falta um bom caminho para chegar lá, e a República Soviética do Brasil, pelo menos por enquanto, está se limitando a eliminar a liberdade política. (Na Rússia comunista, por exemplo, não havia, nem há, Parada Gay, nem gays parados nas esquinas e também era preciso passaporte interno para ir de uma cidade à outra, e a lista telefônica de Moscou era segredo de Estado, entre outras curiosidades que só o comunismo é capaz de criar.)
Mas é exatamente para lá, um regime totalitário mais ao estilo do século 21 e fabricado basicamente com peças de produção nacional, que o país está indo.
Faça uma pergunta simples: quem vai impedir, se são o STF e o Sistema “L” que escrevem as leis e decidem o que é legal e o que é ilegal?
Não vão ser, com certeza, as Forças Armadas, que de cinco em cinco minutos declaram-se a favor da “legalidade”, ou seja, do que o consórcio STF-Lula diz que é a legalidade.
De mais a mais, os comandantes militares estão a favor desse partido único que hoje governa o país; entregaram para a polícia, trancados em ônibus, os cidadãos que protestavam contra o resultado das eleições, em manifestação legítima, em frente ao QG do Exército em Brasília.
Não será o Judiciário, que é apenas uma grande repartição pública comandada pelo STF. Não será, obviamente, o Congresso, que não existe mais como força política efetiva.
Não serão os 150 milhões de brasileiros que estão ocupados o dia inteiro com a sua sobrevivência física, e não têm tempo para tratar de política. Em suma: não é ninguém.
Em que país sério do mundo, esses mesmos onde Lula faz “política externa” turística se hospedando em hotéis com diária de mais de R$ 40 mil, o presidente, rei ou primeiro-ministro nomeia seu advogado pessoal para a Suprema Corte? Nem Stalin fez isso.
A união soviética brasileira não é um “copiar e colar” da antiga URSS; embora leve mais ou menos aos mesmos resultados, em termos de criar uma ditadura efetiva na vida pública, é basicamente coisa de construção tupiniquim, sem maiores filosofias políticas como o original em alemão.
Não houve nenhuma revolução, nem a tomada do Palácio de Inverno ou a descida da Sierra Maestra. Sua chave é o acordo de acionistas entre o STF e o Poder Executivo, tal como ele é encarnado por Lula — juntos, governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos. Os ministros, para ficar só no mais grosso, eliminaram as leis brasileiras para tirar Lula da cadeia, onde cumpria pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e para anular todos os processos penais contra ele, de modo a possibilitar a sua candidatura à Presidência da República.Agora avançam contra os efeitos da Lava-jato anulando todas as suas sentenças e penalidades que incidiram sobre os corruptos e sobre as empresas envolvidas no maior esquema de corrupção jamais visto na história desse País.
Foram todos inocentados e deverão receber de volta todos os bilhões que roubaram da Nação e que a Lava-jato 9s obrigou a devolver aos cofres públicos.
Através do TSE e com o apoio do STF, comandaram a campanha mais escura, contestada e parcial da história eleitoral brasileira, com um sistema de urnas eletrônicas que não é utilizado em nenhuma democracia do planeta; contaram os votos e declararam que Lula tinha ganhado. Em troca, o Sistema “L” aceita tudo o que o Supremo quer que se faça, em qualquer área ou ocasião.
Juntos, escolhem os novos integrantes do TSE, que passa a ser 100% controlado pelo consórcio, e combinam quem serão os comparsas que assumirão os cargos chaves dos poderes da República como agora, no caso do novo procurador-geral da República, o que elimina o Ministério Público como força independente na vida pública brasileira, conforme estabelecido na Constituição.
São decisões tomadas em churrascos hermeticamente fechados e isolados do resto do mundo em Brasília, com a proibição da entrada de celulares no recinto.
Que diabos de “instituições” resultam de um negócio desses?
Na verdade, as instituições e os deveres obrigatórios de uma república ou das verdadeiras democracias estão sendo eliminados, um depois do outro, pelas decisões tecnicamente legais do consórcio STF-Lula. O presidente, em meio à indiferença da população e à anestesia moral que marca o Brasil de hoje, nomeia o seu advogado pessoal para a vaga existente no STF — o seu advogado pessoal, nada menos que isso. A mídia, o mundo político e as classes intelectuais fingem que a nomeação é uma coisa normal, ou quase normal.
Não chama a atenção de ninguém um fato muito simples: é impossível, no mundo das realidades, que o novo ministro tome qualquer decisão minimamente contrária aos interesses do presidente da República — ou alguém acredita, honestamente, que ele possa ser imparcial nas suas sentenças, como é exigência elementar de qualquer democracia decente?
Lula, na verdade, governa sem nenhum freio — pois um dos freios, o Judiciário, é seu sócio no partido único, e o outro, que seria o Legislativo, não é capaz de frear nada, mesmo porque, quando tenta frear alguma coisa, o STF vem e diz que não vale.
O resultado prático é que Lula compra sofás de R$ 65 mil para a decoração de sua residência — com dinheiro do pagador de impostos, é claro. Compra um novo Airbus para o seu transporte pessoal. Recebe em Brasília um ditador que tem a cabeça a prêmio por US$ 15 milhões, por tráfico internacional de drogas. Faz o que quer, e o que o STF deixa.
Há eleições no Brasil, mas também há o TSE — e enquanto houver o TSE as eleições não valem nada, ou só valem o que a “Justiça Eleitoral” diz que valem.
O TSE, hoje, é uma polícia política integralmente a serviço do governo.
É uma aberração que consegue gastar R$ 10 bilhões por ano, mesmo nos anos em que não há eleição nenhuma, e não tem similar em nenhum outro País do mundo,— a começar pelo fato de que se dá o direito de cassar mandatos de deputados federais ou de quem lhe der na telha.
Cassaram o mandato do deputado Deltan Dallagnol, por vingança pessoal de Lula, sem o mais remoto vestígio de legalidade; foi uma decisão de AI-5, com umas fumaças de procedimento jurídico que não enganariam uma criança com dez anos de idade.
O resultado é que o consórcio anulou a decisão legítima dos eleitores do Paraná; pior ainda, nomeou de forma grosseira o novo ocupante da vaga que foi aberta pela cassação, colocando no lugar de Dallagnol, que teve 350 mil votos, um outro que teve 12 mil.
Em seguida vão cassar o Sérgio Moro dando continuidade à sanha vingativa do Lulinha do AMOR.
Que tal, como limpeza, ou mera lógica, do sistema eleitoral?
Já cassaram os direitos políticos de Jair Bolsonaro, única e exclusivamente porque identificam nele um possível candidato que se opõe com chances de sucesso ao partido único STF-Lula.
É uma medida preventiva, ou de back-up antecipado — estão agindo como se as próximas eleições presidenciais pudessem ser diferentes das de 2022, do ponto de vista operacional do TSE. De novo, como no caso do deputado Dallagnol, a proibição para Bolsonaro disputar eleições, ou ter qualquer participação na política brasileira, é 100% ilegal.
A desculpa é que ele manifestou dúvidas sobre a perfeição do atual sistema de urnas eletrônicas, só adotado, além do Brasil, em dois países, Butão e Bangladesh.
Poderia ser qualquer outra coisa: genocídio, assassinato de índios, quilombolas e gays, defesa da cloroquina,tudo dá motivos para a cassação do Bolsonaro. O objetivo é eliminar a direita da vida política do Brasil.
Como é possível, com um mínimo de racionalidade, tornar alguém inelegível porque ele disse que tinha dúvidas sobre um sistema de votação obviamente sujeito a todo tipo de dúvida?
E o próximo passo será prendê-lo como uma espécie de vingança do Lula que até hoje não absorveu a sua justa prisão e quer dar o troco cometendo uma injustiça contra o Bolsonaro.
A implacável perseguição ao ex-presidente que até o momento não conseguiu reunir razões que justifiquem sua prisão, será coroada com sucesso pela delação premiada do seu ex ajudante de ordens, o Coronel Cid que foi pressionado ardilosamente com uma prisão injusta de mais de três meses por supostas falsificações de cartões de vacinas e que no decorrer do processo foi sendo engrossado com novas acusações de venda fraudulenta de jóias, lavagem de dinheiro e outras que se caracterizaram como uma verdadeira tortura psicológica que resultou finalmente, na obtenção da forçada “delação premiada” com o único objetivo de prender o Bolsonaro e satisfazer os instintos vingativos do Lula.
Além, por um despacho do ministro Alexandre de Moraes, o STF cassou sem nenhuma formalidade legal o mandato do governador de Brasília. Depois devolveu, por outro despacho do mesmo Alexandre de Moraes — mas o governador, hoje, é capaz de jurar que o triângulo tem quatro lados, se os ministros assim quiserem.
Com o Congresso é o mesmo tipo de calamidade.
O que adianta pagar R$ 14 bilhões por ano para manter um Congresso cujas leis podem ser anuladas a qualquer momento, e sem razão nenhuma, pelo Supremo?
Não é só o marco temporal.
Já foi a mesma coisa com a anulação da lei que determinava o cumprimento da pena em prisão fechada para réus condenados em segunda instância, o que tirou Lula do xadrez da Polícia Federal onde ficou trancado durante 20 meses.
Também será assim, daqui a pouco, com a lei, perfeitamente aprovada pelo Congresso, que tornou voluntário o pagamento do imposto sindical — o efeito imediato dessa lei, obviamente, foi que nenhum trabalhador brasileiro quis pagar mais.
Nessa área, o STF já exarou decisão sobre a legalidade da cobrança pelos sindicatos da “contribuição sindical”, (o que é diferente do Imposto Sindical),a ser cobrada inclusive dos trabalhadores não sindicalizados.
O que poderia representar com mais perfeição a vontade do povo?
Mas Lula quer que o imposto volte a ser obrigatório, e o STF se prepara para atender a exigência.
O ministro que foi encarregado de resolver o problema argumenta que hoje os “tempos são outros” — um raciocínio realmente espantoso, levando-se em conta que os tempos estão em mudança perpétua e, por via de consequência, nenhuma lei aprovada no passado é válida no presente.
Fazer o quê?
Esse Congresso Nacional que está aí não é capaz sequer de proteger os mandatos dos seus próprios deputados; não é capaz de nada.
A “Mesa” da Câmara dos Deputados concordou oficialmente com a cassação de Dallagnol.
Já havia concordado, não faz muito tempo, com a prisão por nove meses do deputado Daniel Silveira, e das demais sanções contra ele,também por ordem do ministro Moraes.
É diretamente contra a lei.
A Constituição diz que um deputado federal só pode ser preso em flagrante, e pela prática de crime inafiançável; Daniel Silveira não foi preso em flagrante nem cometeu nenhum crime inafiançável.
E daí?
Foi preso do mesmo jeito.
Aliás, está preso de novo hoje, desta vez por não usar a tornozeleira eletrônica que o ministro lhe impôs, apesar de ter recebido um indulto absolutamente legal do ex-presidente Bolsonaro; o STF, como nas leis aprovadas pelo Congresso, decidiu que o indulto não vale.
Esperar o que, se o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, está disposto a assinar a cassação do seu próprio mandato, se receber ordem do STF?
Não há nada a esperar.
A República Cubano/ Soviética do Brasil ainda não acabou com a propriedade privada — e nem parece a ponto de acabar, quando se considera a ilimitada quantidade de propriedades estritamente privadas que os membros do consórcio têm e que por isso mesmo, estabeleceu que as propriedades privadas, que a critério do STF, não cumpram com os “objetivos sociais”, serão passíveis de serem cassadas.Assim, eles cassam as que quiserem ao seu critério.
Também não tornou legal, pelo menos até agora, a coletivização da terra — apesar da paixão de Lula pelo movimento semi terrorista que invade propriedades rurais, destrói bens e pratica a violência armada, sem que um único de seus agentes seja jamais incomodado pelo sistema judicial.
Mas já organiza e hospeda, em Brasília, reuniões do seu próprio Comintern, a que hoje se dá o nome de “Foro de São Paulo” e que cobra inscrições em dólar.
Está montando uma máquina estatal de estilo soviético, que só serve ao partido e está mais distante do povo brasileiro do que a Terra da Lua.
O Ministério da Justiça, logo esse, já é comandado por um comunista de carne e osso; ele mesmo, aliás, já disse que é comunista “graças a Deus”.
É para aí que vai a procissão…
E agora brasileiros, o que vamos fazer para evitar que isso se torne cada vez mais realidade?
Como vamos impedir que isso aconteça?
Proposta: Vamos começar divulgando esse texto em todas as mídias sociais, para uma conscientização geral.
É uma esperança.
Eram por volta das 19h do dia 14 de agosto de 1922, quando Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, dois irmãos e mais um grupo de cangaceiros foram até Água Branca, no sertão alagoano, fazer uma tocaia e cumprir uma missão que juraram a si mesmos.
Eles esperavam a passagem de um homem: Manoel Cipriano de Souza, que foi morto com três tiros, um dado por cada um dos irmãos Ferreira.
Revelação importante
Segundo Lampião, foi ele quem delatou o local onde estava seu pai, José Ferreira dos Santos, no dia 18 de maio de 1921. Nessa data, ele foi morto pelo tenente José Lucena de Albuquerque Maranhão, em Mata Grande, sertão de Alagoas.
A morte do pai de Lampião é um episódio marcante para o cangaço. A história conta que os irmãos Ferreira resolveram entrar na vida do crime para vingar os ataques que o pai sofria de um vizinho —que virou inimigo— chamado Zé Saturnino. A morte do pai foi o estopim para eles entrarem no cangaço.
Justiça acha processo
O processo judicial que denunciou Lampião e mais quatro cangaceiros pelo crime estava guardado no Fórum de Maceió. Ele traz detalhes que eram desconhecidos do crime.
O documento foi encontrado recentemente, junto com outros processos, pelo juiz e historiador Claudemiro Avelino. Todas são denúncias que acusam Lampião ou cangaceiros do seu bando por crimes de mortes, roubos e estupros.
No assassinato do suposto delator Cipriano foram denunciadas cinco pessoas:
Lampião
Livino Ferreira, irmão de Lampião
Antônio Ferreira, conhecido como Esperança e também irmão de Lampião
Antônio Rozendo, conhecido como Antônio Gelo
Antônio Bagaço
Em depoimento à polícia, a testemunha Manoel Pedro de Alcântara narrou tudo que houve naquela noite. Diz que ele e Manoel Cipriano estavam cruzando a cancela do Mané, vindos da feira de Água Branca, quando homens armados com rifles o abordaram.
Lampião mandou eles descerem dos cavalos e perguntou o nome deles. Cipriano, o primeiro a responder, recebeu logo uma resposta do chefe: “É esse mesmo que estamos esperando.”
Ao reconhecer seu alvo, ele mandou que a testemunha se afastasse e não saísse até ele dar uma “ordem expressa.”
Cipriano foi então arrastado para um local ao lado do cavalo em que estava, quando Lampião perguntou sobre o dinheiro que ele levava. Ele tinha apenas 10 mil contos de reis, pouco para a época.
Tortura e morte
Outra testemunha do crime, Silvino Antônio dos Santos afirmou à polícia que Cipriano ainda perguntou o que Lampião queria, e disse que “ele daria para salvar a vida.”
A frase dita por Cipriano, segundo testemunhas que depuseram, foi:
“Lampião, não me mate. Deixe eu criar minha família.”
-Manoel Cipriano
Não adiantou. Lampião ainda “judiou” de Cipriano (não há detalhes de como) e o sentenciou em seguida.
“Agora você conhece Lampião. Foi você quem indicou onde meu pai estava para o matarem. Agora você é quem vai pagar.”
-Lampião
Lampião então se afasta para trás e dá o primeiro tiro. Os dois irmãos de Lampião que o acompanhavam deram mais dois em seguida.
“Foram três tiros; no segundo tiro ele caiu por terra.”
-Manoel Pedro de Alcântara, testemunha
Após os tiros, e vendo a vítima no chão, um do cangaceiros disse: “Basta, vamos embora.” Foi quando outros integrantes do bando saíram do meio do mato, onde estavam na espreita para dar segurança aos irmãos Ferreira. Na fuga, um dos cangaceiros montou e levou o cavalo da vítima.
A morte não foi a única vingança dos irmãos. Após matarem, eles foram até a casa onde morava Cipriano. Ao chegarem, um filho da vítima perguntou aos cangaceiros o que eles queriam e o que tinham sido os tiros na cancela. Lampião então respondeu: “Vá lá examinar.”
As testemunhas narram que eles em seguida empurraram o filho e entraram na casa, onde quebraram portas, baús, celas, móveis e roubaram “tudo que “tudo que puderam”. Logo depois, fugiram em cavalos.
Lampião e mais quatro denunciados
A promotoria pública de Alagoas, após os depoimentos, denunciou Lampião e outros quatro cangaceiros identificados pelas testemunhas no dia 9 de outubro de 1922. Cinco dias depois, o juiz da comarca de Água Branca acolheu e pronunciou (mandou a julgamento) os réus.
Só que o processo nunca andou, e ninguém foi julgado.
Foram dadas várias ordens de intimação dos réus, mas sempre falavam que não os achavam, ou creio que não iam atrás para notificar. Naturalmente, todos tinham medo de Lampião
Claudemiro Avelino, historiador e juiz
Nenhum dos cangaceiros foi levado a julgamento em nenhuma das denúncias encontradas até aqui em Alagoas.
Em 1939, um ano após Lampião ser morto na grota do Angico, em Sergipe, um dos processos foi declarado extinto. “Nós demais processos não achamos isso essa extinção, mas talvez tenha havido uma ordem para que todos fossem arquivados, mas não encontramos”, diz.
Esse e os outros processos achados fazem parte da pesquisa de Claudemiro, que vai render um livro sobre o cangaço. A obra está em fase final de seleção de imagens para publicação.
Todos também serão digitalizados aos poucos e colocados para acesso público.
“Esses documentos são essenciais, porque sobre o cangaço há muita fantasia e folclore. O processo é um documento primário, original. Ele serve para espantar todas as dúvidas”.
Historiador, ele fez um curso de restauração de documentos antigos e passou a analisar cada um deles. O conhecimento sobre o tema o levou a ser chamado para ajudar na montagem do Museu do STF. Também foi ele responsável pelo museu no TJ (Tribunal de Justiça) de Alagoas.
Em Alagoas, diz, será montado um laboratório de restauração de documentos históricos.
Fonte: Carlos Madeiro/Uol Notícias
O papel do ativismo judicial tem sido um tópico amplamente debatido na arena política e jurídica brasileira. Recentemente, a nomeação do novo ministro da Suprema Corte, Cristiano Zanin, trouxe à tona discussões sobre a interpretação da Constituição e o papel dos juízes em moldar a legislação.
Zanin tem chamado a atenção por sua abordagem de seguir regularmente a Constituição em suas decisões judiciais. Isso representa uma abordagem mais conservadora em comparação com a prática anterior de ativismo judicial, na qual juízes muitas vezes extrapolavam os limites da Constituição para promover causas específicas ou impor penalidades, mesmo quando não havia previsão legal expressa.
A nomeação de Zanin pelo presidente Lula, um líder historicamente ligado à esquerda política, causou surpresa dentro desse espectro ideológico. Havia a expectativa de que o novo ministro seguisse a tradição de outros juízes que, em casos relacionados a temas como homofobia, aborto e legalização das drogas, tendiam a legislar através de suas decisões, contornando o processo legislativo tradicional.
A abordagem de Zanin, baseada em seguir a Constituição “ipsis litteris”, ou seja, conforme o texto literal, tem sido vista como uma volta à legalidade estrita e ao papel tradicional dos juízes como intérpretes da lei. No entanto, essa postura não foi bem recebida por todos os setores. Ativistas de extrema esquerda, incluindo o conhecido humorista Felipe Neto, criticaram o ministro por não aderir ao ativismo judicial que, de certa forma, contribuía para avanços em pautas sociais.
A abordagem de Zanin tem causado um debate intenso na sociedade brasileira, dividindo opiniões entre aqueles que veem sua atuação como uma garantia do Estado de Direito e aqueles que enxergam a necessidade de flexibilidade judicial para promover mudanças sociais mais rápidas. Independente da posição adotada, a nomeação de Zanin e sua abordagem na Suprema Corte continuam a gerar reflexões sobre o equilíbrio entre a interpretação da lei e a criação de jurisprudência para guiar a sociedade.
Junior Melo (advogado e jornalista).
Informações TBN
(J.R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 9 de agosto de 2023)
O ministro Alexandre de Moraes acaba de apresentar uma inovação no conceito universal da liberdade de expressão. De acordo com o que disse numa palestra, o direito de pensar não se aplica ao que o cidadão possa achar das urnas eletrônicas do TSE. Apresentar dúvidas, ou críticas, sobre o seu funcionamento é um ato contra a democracia, sustenta Moraes. “De forma alguma podemos aceitar essa afirmação totalmente errônea de que isso é liberdade de expressão”. Não se admite tal coisa, segundo ele, “nem nos Estados Unidos”. Não dá para entender direito esse “nem”, e menos ainda a revelação de que falar mal do sistema de votação é um delito na lei americana – nunca se ouviu falar, desde Thomas Jefferson, que alguém tenha sido indiciado em processo penal nos Estados Unidos por fazer alguma coisa parecida. Mas, seja como for, Moraes está dizendo o seguinte: é proibido achar que as urnas usadas no Brasil possam dar problema. Isso, em sua opinião, é atentar contra o regime democrático – e “atentados contra a democracia”, segundo afirmou na palestra, “não são exercício da liberdade de expressão”.publicidade
Desde que surgiu a ideia de que os seres humanos têm o direito de dizer o que pensam, na Grécia de 2.500 anos atrás, ninguém tinha sustentado que esse direito não se aplica a quem duvidar de algum mecanismo declarado infalível pela autoridade pública. E porque seria ilegal contestar alguma coisa, qualquer coisa, que o STF e os sábios da hora consideram infalível? Era infalível, por exemplo, a noção de que o Sol girava em volta da Terra – o sujeito podia acabar na fogueira da Inquisição por dizer uma coisa dessas. É óbvio que a vida humana se tornaria impossível se os governos continuassem pensando assim; por isso, justamente, mudaram de ideia a respeito. Mais difícil de entender, ainda, é a conclusão de que as urnas do TSE não falham.
Quem disse que as urnas do TSE são infalíveis? O sistema de votação e apuração de eleições em vigor no Brasil não é uma lei da física – é o produto de máquinas, e por definição qualquer máquina pode falhar. Os maiores bancos brasileiros, por exemplo, investiram R$ 35 bilhões em tecnologia de informação no ano passado – isso mesmo, 35 bi, e só em 2022. Apesar de todo esse esforço, o Banco Itaú, o maior banco do país, acaba de passar quase um dia inteiro sem funcionar, paralisado por falhas nos seus sistemas eletrônicos. Porque não poderiam acontecer problemas de funcionamento nas urnas do TSE? Além do mais, elas não são utilizadas em nenhuma democracia séria do mundo; nenhuma. Será que refletir sobre isso é tentativa de golpe de Estado? Não fecha.
Informações Revista Oeste
Quando médicos dissidentes relatam o poder das grandes indústrias farmacêuticas, muitas pessoas acreditam se tratar de teorias de conspiração, afinal, sempre soa como exagero. Entretanto, a reportagem difamatória do Jornal O Estado de S. Paulo sobre nós: “Associação de médicos condenada por propaganda pró-cloroquina agora aposta em discurso antivacinas“, publicada dia 23 de julho, se torna um exemplo da onipresença e domínio da indústria farmacêutica, o que evidencia a corrupção sistêmica em toda a medicina e no jornalismo.
Além de mostrarmos as ligações de todos os envolvidos na reportagem com as grandes corporações do ramo, checamos as falsidades presentes na reportagem, a falta de ética jornalística e os métodos utilizados pelos jornalistas para que os leitores fossem distraídos do real debate.
O MPV – Médicos Pela Vida, é um grupo de médicos que resolveu estudar as melhores evidências disponíveis para tratamento da COVID-19 desde o início da pandemia. Os primeiros medicamentos com estudos positivos foram a hidroxicloroquina, ivermectina, vitaminas e minerais, entre outros.
Com isso, obtivemos uma redução de mais de 90% de mortalidade. Nossos dados são irrefutáveis. Enquanto no Brasil tivemos, em média, um óbito a cada 53 infectados, entre os médicos que tratam COVID-19, houve um óbito a cada cerca de 600 pacientes. Muitos médicos, no mundo todo, tiveram resultados semelhantes seguindo os mesmos princípios.
Com esses resultados, desde o começo, nossa mensagem foi: a doença tem tratamento eficaz, principalmente na fase inicial da doença – daí a importância do diagnóstico precoce – e, portanto, as vacinas experimentais eram desnecessárias. Havia tratamentos com medicamentos baratos, genéricos, sem patentes, seguros e eficazes para doenças com etiologia e fisiopatogenia semelhantes. Obviamente, isso incomodou os poderosos e um mercado de mais de US$ 1 trilhão de dólares pronto para ser explorado. Todos, no mundo todo, que transmitiam a mesma mensagem, passaram a ser atacados impiedosamente.
A repórter Fabiana Cambricoli, ao produzir a reportagem, nos enviou questionamentos. Nós respondemos de modo público no dia 29 de junho. A base principal de seu questionamento se tornaria o título da matéria no Estadão. Ela queria saber porque divulgamos conteúdos “contra as vacinas COVID-19”.
Nossa resposta foi óbvia. Afirmamos que não divulgamos conteúdos “contra as vacinas Covid-19”, mas sim que divulgamos estudos científicos, estatísticas e fatos sobre as vacinas COVID-19. E afirmamos que diante disso, caberia a cada leitor interpretar os dados e fatos.
São fatos e estudos rigorosos. As respostas aos questionamentos do Estadão podem ser lidas aqui: “Resposta pública ao Estadão“.
A seguir, apresentaremos uma lista completa dos interlocutores e entidades citadas na matéria do Estadão. São eles que endossam as críticas à MPV.
A reportagem ouviu Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). No canal do Youtube da SBIm, podemos ver o logo da Pfizer. (Link para o vídeo: 5m24).
Em outro documento publicado no site da SBIm, eles informam que foram apoiados por GSK, MSD, Pfizer e Sanofi Pasteur.
Em outro website, de 2021, a SBIm agrega seu logotipo em uma campanha de comunicação da Pfizer. É a campanha “Crie mais proteção“.
Outra pessoa ouvida pela reportagem é Natália Pasternak, personagem sempre presente nas reportagens de televisão. Ela é colunista de O Globo e presidente de um instituto fundado por ela mesma: o Instituto Questão de Ciência, onde seu marido é editor chefe.
Natália faz parte do Conselho Consultivo da gigante farmacêutica Janssen, produtora de vacinas contra a COVID-19. Ainda em fevereiro de 2022, a vacina da Janssen foi retirada do mercado em diversos países, como na França, conforme noticiado pelo site RFI, devido os riscos superarem os benefícios.
O “Instituto Questão de Ciência” afirma que tem como objetivo orientar políticas públicas no Brasil. Ao que consta, a informação que a França baniu a Janssen não foi divulgada nem pelo Instituto nem por Natália em sua coluna em O Globo, um dos maiores jornais do país. Deste modo, a Janssen continuou sendo oferecida pelas autoridades brasileiras.
Ou seja, no Brasil, os lucros da Janssen não foram ameaçados, mesmo sendo uma vacina que os riscos superam os benefícios para a maior parte da população.
Além de ser vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Kfouri declara, em documento disponibilizado no site do Ministério da Saúde, vínculos com grandes corporações farmacêuticas. Na lista, entram fabricantes de vacinas como Pfizer, Astrazeneca e o Butantan.
Na mídia, Kfouri defendeu os passaportes sanitários, que serviu apenas para aumentar os lucros da big pharma com coerção da população para que tomassem os produtos.
A checagem de fatos do Estadão, usada pelas plataformas de mídia social como referência para censurar matérias, é patrocinada pela Johnson & Johnson, que fabrica as vacinas COVID-19 Janssen. Ou seja, a checagem de fatos sobre vacinas é patrocinada pela fabricante de vacinas.
No fim da matéria há a explicação de quem financiou a reportagem: “Esta reportagem foi produzida com o apoio do programa Disarming Disinformation, do International Center for Journalists (ICFJ), e financiada pelo Instituto Serrapilheira. O Disarming Disinformation é um esforço global de três anos com financiamento principal do Scripps Howard Fund“.
Conforme reportagem de 2021 na Businesswire, a Muck Rack, empresa de relações públicas, fez parceria com a International Center for Journalists (ICFJ). A Muck Rack possui, entre seus clientes, a Pfizer.
O objetivo das empresas de relações públicas é o de moldar a opinião pública conforme os desejos das corporações dominantes. A Muck Rack explica sua missão: “permite que as equipes de relações públicas trabalhem juntas para encontrar os jornalistas certos para suas histórias”.
“Há uma discussão sobre um fenômeno do que seria uma tolerância imunológica, no qual muitas doses da vacina poderiam ter resposta menor do que a esperada, mas jamais foi demonstrado em nenhum estudo que isso aumenta o risco de infecção”, afirmou Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, para a reportagem.
Entretanto, isso foi, sim, demonstrado em um estudo robusto feito pela Cleveland Clinic, dos EUA. A Cleveland Clinic é considerada a segunda instituição hospitalar mais prestigiada do mundo pela Newsweek. “Quanto maior o número de vacinas recebidas anteriormente, maior o risco de contrair COVID-19”, concluíram os cientistas no estudo.
A Cleveland Clinic fez a pesquisa envolvendo mais de 50 mil funcionários. O controle de quem tomou as vacinas, quantas doses e se, posteriormente, teve infecções, foi rigoroso. Além disso, o estudo confirma estudos anteriores, como o da Islândia, que encontrou dados semelhantes.
Este estudo segue sem nenhuma crítica que o desqualifique. Portanto, Kfouri, ao afirmar isso ao jornal, gera duas opções:
Leia matéria completa sobre o estudo da Cleveland Clinic aqui: “Quanto mais doses você toma, maior sua chance de contrair COVID-19, revela estudo“
A reportagem fala sobre o manifesto publicado pelo MPV: “Em 2021, chegou a publicar na imprensa informe publicitário defendendo a prescrição do chamado ‘kit covid’, conjunto de drogas que, segundo diversos estudos científicos internacionais e autoridades sanitárias, não têm eficácia contra a doença”.
Neste manifesto de 2021 elencamos diversos medicamentos, como hidroxicloroquina e ivermectina, entre outros. Vamos aos mais polêmicos:
Hoje existem 402 estudos da hidroxicloroquina contra a COVID-19. Desses, 37 pertencem a uma condição específica: o tratamento precoce. Ou seja, o início das medicações com até 5 dias de sintomas. Entre esses 37 estudos em tratamento precoce, 16 medem mortalidade como desfecho. Mortalidade é algo que não dá para ter viés de interpretação. E todos os 16 estudos evidenciam redução da mortalidade. Todos. Por unanimidade.
Link para todos os estudos aqui.
Leia matéria completa no site do MPV aqui: “Quais são as evidências atuais da hidroxicloroquina contra a COVID-19?“.
Na conclusão desta matéria, escrevemos: “É impossível, diante dos dados científicos, dizer que hidroxicloroquina ‘não funciona’ contra a COVID-19. Conclusões assim só podem partir de pessoas que não entendem nada de ciência ou possuem interesses escusos”.
Hoje existem 99 estudos sobre o uso da ivermectina contra a COVID-19. Desses, 17 são em duas condições específicas: profilaxia pré-exposição e profilaxia pós-exposição. E todos os 17 estudos de profilaxia, por unanimidade, são positivos.
Leia todos os estudos da ivermectina aqui.
Leia matéria no site do MPV sobre as evidências da ivermectina aqui: “COVID-19: estudo ‘padrão ouro’ comprova eficácia da ivermectina“.
A matéria diz que “autoridades sanitárias” não recomendam os medicamentos. Para continuar a explicação de como a indústria farmacêutica domina todo o estabelecimento médico, trazemos os dados disponibilizados em uma reportagem investigativa publicada na BMJ – British Medical Journal, um dos mais prestigiados periódicos médicos do mundo, em 2022.
A reportagem traz números de quanto dos orçamentos desses órgãos são derivados das indústrias farmacêuticas. Eis os números:
O nome disso é captura regulatória. Essas agências funcionam como departamento de marketing das grandes indústrias farmacêuticas. Um resumo simples? Quem paga a banda escolhe a música.
Leia a matéria completa no site do MPV: “Artigo da BMJ questiona se órgãos reguladores foram comprados pela indústria farmacêutica“
A matéria do Estadão não consegue atravessar as fronteiras do Brasil na hora de analisar o contexto geral, mesmo com a pandemia sendo no mundo todo. Devido a um determinado anunciante de um dos congressos MPV, a jornalista tenta vincular todo o MPV à movimentos de direita no espectro político. Deste modo, Cambricoli busca distrair o público do real debate.
Entretanto, ao atravessar nossas fronteiras, o que o MPV defende também pertence a outro espectro: a esquerda. Afinal, hidroxicloroquina está no protocolo oficial de Cuba contra a COVID-19, desde a primeira versão. Ou seja, a mensagem do MPV sempre foi: Cuba está certa e os EUA, errados.
O pior é saber que tudo que estamos passando é apenas uma repetição da história da AIDS. Havia tratamento eficaz desde o meio da década de 80, mas os médicos da linha de frente, mesmo com resultados incontestáveis, por contrariarem os interesses da big pharma, eram perseguidos. Centenas de milhares foram deixados à morte por lucro. Tudo isso foi bem retratado no filme “Clube de Compras Dallas”, vencedor de três estatuetas do Oscar. Mas ninguém aprende nada com a história.
A reportagem do Estadão é como a ponta de um iceberg. Além do próprio veículo, absolutamente todos os especialistas ouvidos na reportagem possuem ligações com a big pharma. Não sobrou um sequer. Isso não é jornalismo. É uma peça de propaganda das grandes indústrias farmacêuticas. Exatamente por isso precisaram fingir que os dados trazidos pela Cleveland Clinic não existem.
Percebam que não há qualquer reconhecimento pelo muito realizado e por tantas vidas salvas pelos médicos do tratamento precoce, nem há qualquer menção aos estudos científicos exitosos e independentes.
E para darmos a fotografia completa aos leitores, vamos a mais dados não explicitados na matéria: a big pharma possui o maior lobby do mundo. Eles dominam as revistas científicas. Eles dominam as pesquisas, dominam a academia e destroem as carreiras dos dissidentes. A big pharma domina as sociedades médicas. Nos EUA, a big pharma gasta mais com anúncios do que com pesquisa e desenvolvimento. E de todos os anúncios na TV dos EUA, a big pharma é responsável por 75% do total. Ou seja, eles compram a mídia. E além de tudo isso, a big pharma domina a big tech e censura quem ela achar que deve.
E toda questão é que ciência é a busca pela verdade, o que significa debate científico, exatamente o fundamento, o motor do progresso científico. Como debater quando nossos críticos centram ataques em nós e ignoram estudos sólidos? Os comitês políticos-científicos e a grande mídia vão aceitar o debate científico honesto ou vão continuar a intimidar, difamar, caluniar os médicos e cientistas que fazem ciência?
De qualquer modo, mesmo com o domínio de amplo espectro das indústrias, um fato desmonta qualquer narrativa: resultado. São os números trazidos por médicos da linha de frente (do MPV e assemelhados do mundo todo) que continuam incontestáveis e imbatíveis.
*Fonte: Médicos pela vida covids
Voo entre Feira e Salvador, uma nova jornada,
Preço acessível, uma oportunidade abençoada,
Apenas 30 minutos de viagem a se realizar,
Uma curta travessia, prestes a decolar.
Seu Norato já sonha com a sua partida,
Sonhou que voava com personalidades conhecidas,
Na poltrona da frente, ACM Neto sorria,
De Feira para Salvador, novos horizontes ele via.
Ao seu lado, Dilton Coutinho estava presente,
Querido na cidade, seu talento é evidente.
Comendador de Feira, radialista sem igual,
Seguido pelo passarinho, seu fiel animal.
No mesmo voo, Madalena Braga também embarcou,
Folga da TV Subaé, essa viagem encarou,
Conhecida na cidade, em toda sua trajetória,
Primeiro voo entre Feira e Salvador, uma nova memória.
Eremita, presidenta da Câmara, decidiu voar,
Conhecer esse novo trajeto aéreo em seu caminhar,
Se não for do seu agrado, vetará na Câmara, é seu direito,
Mas pareceu apreciar a paisagem, uma conquista no peito.
Ao lado, o prefeito Colbert Martins, tranquilo a viajar,
Nem a turbulência o abalou, sereno em seu olhar,
Com sabedoria de médico, ensina a cuidar,
Viajou o mundo inteiro, no voo feirense a apreciar.
José Ronaldo, ex-prefeito, descansou os pés,
Trocou a estrada pelas nuvens, uma nova fé,
Deu folga à sola do sapato, que tanto correu,
Continua incansável, seu espírito sempre venceu.
Todos se assustaram com a entrada de Dayane Pimentel,
“Vai cair!”, gritou o rei momo Dilsinho,
Mas um habilidoso cientista político deu seu parecer,
“Já desceu o que tinha que descer, meu nobre gordinho”.
Quem também embarcou foi o deputado Zé Neto
Adora viajar, seja pra longe ou pra perto
Elogiou o avião, máquina rápida a voar
“Mais rápido só o Trivia, que ainda vai decolar”
Foi apenas um sonho, breve ilusão,
A viagem está por vir, em breve emoção,
No dia 4 de julho, Feira para Salvador.
Seu Norato já comprou passagem e vai sem temor.
(Por: Ordachson Gonçalves)
*A coluna Cordel News traz para os leitores do Protagonista o Cordel Jornalístico, uma forma de narrativa inspirada no estilo literário do cordel. Notícias e fatos do cotidiano são contados de maneira poética, com métrica e rima, incorporando elementos da cultura popular.
Fonte: O Protagonista
“Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria, que foi isto maquinista?”
(Trem de ferro, de Manuel Bandeira e Tom Jobim)
Há exatos 851 dias, completados nesta sexta, 16, foi suspensa a circulação dos trens que faziam a ligação Paripe-Calçada. Era o fim de um serviço de transporte barato que há mais de 160 anos atendia aos moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador.
A medida atendia a uma causa nobre: a substituição dos antigos trens por uma versão mais moderna, o VLT (sigla para veículo leve sobre trilhos), um transporte que se situa entre o metrô e o ônibus convencional e não precisa de faixa exclusiva, circulando no nível da rua.
O novo modal (para usar um jargão dos técnicos em transporte apropriado por velhos políticos e jovens jornalistas na intenção de conferir um falso tom de modernidade a seus discursos) teria 21 modernas estações e a capacidade de transportar 150 mil passageiros por dia.
Passaram-se oito anos desde a apresentação oficial do projeto, devidamente embalada pela propaganda oficial. A promessa de trens modernos, confortáveis, climatizados, silenciosos e operando em horários precisos, sem atrasos, porém, até hoje não saiu do papel, abatida por percalços de diversas ordens.
De concreto, apenas a alteração do projeto, trocando-se o veículo leve por um monotrilho (que é mais caro, pois exige via exclusiva e há apenas um fornecedor do trilho), a demolição de antigas estações e a colocação de tapumes isolando as áreas por onde passavam os trilhos do velho trem.
O início das obras depende da superação de impasses, inclusive o aumento dos valores do contrato de parceria público-privada (PPP) firmado entre o Governo do Estado e o consórcio Skyrail Bahia, controlado pelo grupo chinês BYD. Começou em R$ 1,5 bilhão e, atualmente, chega a R$ 5,2 bilhões. Mas ainda não há sinais concretos de que os impasses serão superados a curto prazo.
A fábrica de projetos, porém, não para de produzir. Na próxima segunda-feira, 19, técnicos do Governo do Estado e da CCR Metrô Bahia, empresa que administra e opera o metrô de Salvador, iniciam os estudos de viabilidade para a implantação de um sistema de transporte de massa – que pode ser trem ou metrô – ligando Feira de Santana à capital.
O anúncio foi feito na quarta passada, 14, pelo próprio governador Jerônimo Rodrigues. A rigor, não é nenhuma novidade. Há 10 anos, em maio de 2013, Rui Costa, então secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, anunciou a mesma coisa, inclusive informando que seria um trem de passageiros veloz, que circularia com a velocidade de 140 km/h, e que o traçado da linha já estava sendo feito. Mas ficou nisso.
De todo modo, o trem-bala unindo a capital à Princesa do Sertão deverá ser o cavalo de batalha da campanha eleitoral do PT nas eleições municipais do próximo ano, quando o deputado federal Zé Neto disputará pela sexta vez a prefeitura feirense – perdeu nas outras cinco, mas isso é apenas um detalhe.
Jerônimo, que é professor da Universidade Estadual de Feira de Santana e morou naquela cidade por uns tempos, está declaradamente empenhado em conquistar para o PT o comando da maior cidade do interior da Bahia. Tem visitado Feira regularmente – só na micareta, foi duas vezes.
O governador chegou a anunciar que coordenará pessoalmente a campanha eleitoral do correligionário – um equívoco, aliás, pois se o candidato perder, o que em circunstâncias normais passaria apenas como mais um insucesso de Zé Neto se transformará numa derrota pessoal do governador.
Zé Neto, já ungido pré-candidato do PT pelo diretório municipal do partido, tem experiência tanto em disputar a prefeitura como em incluir projetos mirabolantes nos planos de governo que apresenta ao eleitorado. Certa vez, ele propôs, como solução para o trânsito no centro da cidade a construção do que denominou “trivia” – uma espécie de elevado, com mais de 15 km de extensão, ligando o campus da UEFS ao final da Avenida Getúlio Vargas, por onde circulariam exclusivamente ônibus urbanos.
Para o deputado, transformar-se no pai do trem-bala Salvador-Feira durante a campanha eleitoral será moleza. Mesmo que tudo indique que o projeto tão cedo não vai sair do papel, tomando o mesmo caminho do VLT de Salvador. A conferir.
Por: Informe Baiano
Por Frei Jorge Rocha
Olá, no meu modesto ponto de vista, o ex-presidente Bolsonaro incomoda mais cassado que elegível.
Entendo que os herdeiros desse modelo político, conseguem reter alguns votos dessa ideologia sem, necessariamente, carregar a rejeição que o ex presidente tem.
Os novos herdeiros, se forem inteligentes, não comprarão briga Contra as urnas eletrônicas, não lutarão contra a ciência nem tampouco poderão desprezar os pobres.
Se tiverem expertise, a chamada direita, vai trabalhar a sua “harmonização facial”, segundo Otávio Guedes, e vai dar muito trabalho ao Governo atual.
Que continue o jogo!
A indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal é, além e acima de qualquer outra coisa, uma vergonha. Deveria ser, logo de cara, uma vergonha para ele. Todo o mundinho oficial, parasita e subdesenvolvido que prospera em Brasília, às custas do erário público e em permanente estado de coma moral, vai fingir que não há nada de errado com mais essa aberração. Mas ele, Zanin, vai saber no fundo da alma, a cada minuto dos próximos 27 anos, que está no seu cargo unicamente porque é, ou foi, o advogado pessoal do presidente Lula — e não por qualquer mérito de sua parte. Pode ser, é claro, que Zanin não sinta vergonha de nada e apenas diga para si próprio: “Me dei bem”. Para o Brasil e para os brasileiros, em todo caso, é uma humilhação. Em que país sério do mundo o presidente nomeia o seu próprio advogado para a Corte Suprema de Justiça? Em nenhum. Isso é coisa de Idi Amin, ou de alguma dessas ditaduras primitivas que desgraçam o quinto mundo, da Venezuela à Nicarágua, e que encantam cada vez mais o presidente da República.
É possível, humanamente, esperar que o novo ministro seja imparcial em alguma decisão que tome a respeito de quem até outro dia era o seu patrão? É claro que não. Se o Brasil tivesse um Senado, a quem cabe aprovar ou rejeitar a indicação, Zanin não iria resistir a quinze minutos de sabatina – seu nome, aliás, nem seria enviado para consideração. Mas o Brasil não tem Senado nenhum. O que tem é um escritório de despachantes a serviço do governo que aprova tudo o que Palácio do Planalto manda fazer. Vai ser apenas mais um espetáculo de hipocrisia, em que os senadores vão fingir que perguntam e o nomeado vai fingir que responde. Todo mundo, incluindo-se aí a maior parte da mídia e toda a elite que manda no país, vai fazer de conta que as “instituições” funcionaram mais uma vez e o caso fica resolvido. Pronto: Zanin estará no STF até o ano de 2050, quando não vão mais existir Lula, nem o seu governo e nem o mundo político como ele é hoje.
A influência de Zanin no conjunto do STF, em termos aritméticos, será de três vezes zero. Lula já tem ali, hoje, uma maioria infalível de 8 votos a 2; com Zanin, passará a ter de 9 a 2. Qual a diferença, na hora da votação? O STF já tirou Lula da cadeia, onde cumpria pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, alegando que o CEP do seu o processo estava errado. Anulou as quatro ações penais que havia contra ele – e, com isso, fez sumir a sua ficha suja. Mais que tudo, através dos serviços do TSE, colocou Lula na Presidência da República. Não foi preciso ter nenhum Zanin para isso. Também não será preciso daqui para a frente. O STF, há muito tempo, deixou de ser um tribunal de justiça e se transformou numa seita política que trabalha para Lula e para o sistema de interesses em torno dele – atende a todas as suas exigências e persegue todos os seus adversários, numa espécie de sociedade de assistência mútua onde uma parte se serve da outra e, ao mesmo tempo, é servida por ela. O Congresso ou alguma lei estão atrapalhando o governo? Nenhum problema. Manda tudo para o Supremo, seja lá o que for, e os ministros resolvem. Zanin vai ser apenas um voto a mais nessa farsa.
O novo ministro, cujo escritório recebeu R$ 1,2 milhão do PT durante a campanha eleitoral de 2022, fora o que já havia ganho antes para cuidar da sua defesa, nunca vai tomar alguma decisão contra Lula. O STF também não – com ou sem Zanin no plenário. Sua nomeação, na verdade, acaba sendo apenas mais um deboche por parte de um presidente da República que trata o Brasil, cada vez mais, como uma republiqueta bananeira qualquer.
Fonte: Revista OESTE
Por Frei Jorge Rocha, ofmcap
Foto: Confederação Brasileira de Vôlei
Wallace Souza é um dos jogadores de vôlei que mais recebeu recursos do Bolsa Atleta na última década. O oposto do Sada Cruzeiro já recebeu quase R$ 350 mil de um programa de governo.
Ele era, para mim, um símbolo da representatividade negra, da favela que venceu, do talento que extrapolou barreiras. Eu me via nele.
Ademais, o atleta era símbolo da superação, pois sofreu racismo muitas vezes, sendo chamado de macaco pela torcida adversária, o que gerou repúdio da comunidade e apoio ao atleta.
Um menino pobre que conseguiu avançar na vida por causa do seu talento, certamente, mas, também, porque alguém acreditou e investiu.
Analisando o acontecimento apenas pelo ponto de vista do fenômeno, eu me pergunto:
O que nos faz esquecer a nossa origem, os primeiros passos? A empáfia? A vergonha do começo? Certa mesmo está a minha avó que repetia: a ingratidão tira afeição e, por isso mesmo, apaga a memória!
Uma vez alcançada a fama, o atleta, como que sofrendo de um surto de memória, reproduz atitudes opressoras que achincalham a vida de outrem, com desdém e humor cinza. Parece que passou por um processo de embranquecimento que lhe autoriza a humilhar os iguais, os diferentes e, sobretudo, os que lhes ajudaram na primeira hora.
Oh, o ser humano: estranho mistério!
Prof. Frei Jorge Rocha, ofmcap.