A Câmara Municipal de Feira de Santana passou a adotar, a partir desta quarta-feira (19), um novo protocolo de segurança que inclui revistas com detectores de metal na entrada do plenário. A medida visa garantir a segurança de parlamentares, servidores e cidadãos que acompanham as sessões legislativas. No entanto, a decisão gerou debates entre os vereadores, com oposição de alguns parlamentares.
A vereadora Eremita Mota foi uma das que mais se manifestaram contra a nova abordagem, classificando-a como excessiva e desnecessária para os frequentadores da Casa Legislativa.
“Quando eu sugeri isso, só faltaram me matar, dizendo que era um absurdo. Não aceitaram porque a presidente era mulher. Agora que o presidente é homem, tudo bem, aceitaram”, criticou.
Ela também relatou uma situação desconfortável ao passar pela revista. “Eu estou aqui como uma mulher honrada, que nunca deu problema para ninguém. Não vou aceitar que um homem passe o detector de metais em todas as partes do meu corpo, entre as minhas pernas. Quando vamos a lugares que têm esse tipo de segurança, eles chamam uma mulher para fazer a revista. Isso tem que ser respeitado”, afirmou.
Diante das reclamações, a parlamentar pediu ao presidente da Câmara que revisse o procedimento. “Com toda a educação, pedi ao presidente que pudesse rever essa abordagem e ele acatou meu pedido. Ele percebeu que era uma abordagem errada”, completou.
Apesar das críticas, a nova medida de segurança continua em vigor na Casa Legislativa. A implementação de revistas e detectores de metal reflete uma preocupação crescente com a segurança dentro do plenário.
De Olho na Cidade